Santa Missa Diária (15/03/25) Sábado das Têmporas da Quaresma II classe, paramentos roxos Estação em São Pedro Já não podemos ter ideia da solenidade que a Igreja antiga dava à celebração das Quatro Têmporas. Os cristãos reuniam-se, depois de terem jejuado o dia todo, no sábado à noite. Passavam a noite inteira orando, lendo e cantando perto do túmulo de São Pedro e celebravam a Sagrada Eucaristia bem cedo na manhã de domingo. Era durante esta Missa que as Ordens eram conferidas. A Igreja brilhantemente iluminada no meio da noite, o povo reunido em grande número, todo o clero reunido em torno do Papa, os cantos celestes da Schola, as…

Santa Missa Diária (14/03/25) Sexta-feira das Têmporas da Quaresma II classe, paramentos roxos Estação nos Doze Apóstolos O Intróito extrai sérios acentos de penitência do Salmo 24: “Olhai para a minha miséria e para o meu sofrimento, perdoai todos os meus pecados.” Ouvimos os enfermos (que estamos) clamando ao Senhor. Na lição, nosso pregador quaresmal, Ezequiel, escreve em nossos corações duas palavras contundentes, uma palavra de consolo e uma palavra de advertência: “Deus perdoará todos os seus pecados se você se converter seriamente; Deus rejeita o justo quando ele se afasta do bem.” Nenhuma certeza hipócrita de salvação, nenhum orgulho em méritos passados. O Gradual faz a ligação entre a…

Santa Missa Diária (13/03/25) Quinta-feira da I Semana da Quaresma III classe, paramentos roxos Estação em São Lourenço “in Panisperna” Segundo a tradição, foi nesta igreja estacional que São Lourenço foi torturado na grelha; a cripta é honrada como o local do martírio do santo. É nesta igreja, desde a introdução do ofício de estação às quintas-feiras (sob Gregório II, finais do século VII), que se celebra a Missa de hoje. A estação influenciou os textos da Missa. O Intróito canta a morte gloriosa do mártir (no dia da sua festa, 10 de agosto, é o mesmo Intróito). Além disso, a igreja da estação era famosa por sua beleza. O…

Santa Missa Diária (12/03/25) Quarta-feira das Têmporas da Quaresma II classe, paramentos roxos Estação em Santa Maria Maior  Moisés e Elias jejuaram por quarenta dias e quarenta noites, porque Deus lhes pediu que se aproximassem d’Ele. O homem deve se purificar, deve desabafar, pelo menos em parte, do corpo que o deprime, se ele entrar em comunicação com Aquele que é o Espírito. E ainda a visão de Deus, concedida a estes dois personagens sagrados, era muito imperfeita: eles sentiam que Deus estava perto deles, mas eles não viram a sua glória. Mas, quando a plenitude do tempo veio, Deus se manifestou na carne, e o homem O viu, ouviu…

Santa Missa Diária (11/03/25) Terça-feira da I Semana da Quaresma III classe, paramentos roxos Estação em Santa Anastácia  A Missa começa com um verdadeiro Intróito: o Salmo 89 canta as aspirações do homem não redimido. O homem marcado com a cruz de cinzas dirige-se ao Deus eterno e implora ardentemente a luz do dia pascal (deve-se recitar todo o salmo). A resposta ao Intróito é a lição do nosso pregador quaresmal, Isaías: “Buscai ao Senhor enquanto o achais; deixe o ímpio abandonar o seu caminho, pois o Senhor está pronto para perdoar.” O Pai misericordioso espera de braços abertos, pronto para nos dar o beijo da paz e da reconciliação.…

Santa Missa Diária (10/03/25) Segunda-feira da I Semana da Quaresma III classe, paramentos roxos Estação em São Pedro “ad Víncula” No Introito, sob a impressão das cadeias de São Pedro, os catecúmenos (e nós também) aparecem diante de Cristo como escravos acorrentados; levantam para Ele os olhos, para que estenda a mão ao perdão, tenha piedade deles e lhes conceda a graça do batismo (este é um verdadeiro Intróito). Na oração pedimos a “conversão” – esta graça é pedida aos catecúmenos, aos penitentes e aos fiéis –: “que o jejum de quarenta dias promova o nosso progresso. “A lição e o Evangelho correspondem perfeitamente. Estes dois textos consideram primeiro os…

Santa Missa Diária (09/03/25) I Domingo da Quaresma I classe, paramentos roxos Estação em São João do Latrão  A Missa tem a simplicidade de um monumento clássico. No Intróito, Cristo acolhe-nos como seus companheiros de combate e dirige-nos estas palavras de consolação: Depois do combate da Quaresma virá a “glória” do Batismo e a “satisfação da vida eterna”. A oração diz-nos que Deus, ao jejuar durante quarenta dias, “purifica” a sua Igreja. É, portanto, a grande purificação do templo de Deus. Ao mesmo tempo, ela cita dois meios de purificação: a abstinência e a prática de boas obras. A Epístola é o convite solene da Igreja, bem como o seu…

Santa Missa Diária (08/03/25) Sábado depois das Cinzas III classe, paramentos roxos Estação em São Trifão  A Missa (Audivit) não forma, a rigor, uma unidade completa. Os missais antigos não indicam Missa para o dia de hoje, pois a vigília do primeiro domingo da Quaresma era celebrada durante toda a noite seguinte e, consequentemente, não havia Missa no sábado de manhã. A Missa de hoje não tem cânticos (são emprestadas da Missa de ontem). As leituras parecem provir de uma antiga Missa de vigília (tratam da noite e da vigília). Da mesma forma, a igreja da estação mudou muitas vezes. A igreja de São Trifão, citada no missal, já não…

Santa Missa Diária (07/03/25) VI Feira depois das Cinzas III classe, paramentos roxos Estação em São João e São Paulo É com uma oração de agradecimento nos lábios que vamos à casa de Deus. Por que essas ações de graças? Agradecemos a Deus por ter misericórdia de nós. Quer estejamos nas fileiras dos catecúmenos, quer nas dos penitentes, é à misericórdia de Deus que devemos a nossa “admissão” ao número dos seus filhos. Recitemos o Salmo 29 por completo; já é uma canção de Páscoa; isso nos levará ao verdadeiro espírito da Quaresma. Este espírito não é apenas um espírito de penitência. O que a Quaresma quer acima de tudo…

Santa Missa Diária (06/03/25) V Feira depois das Cinzas III classe, paramentos roxos Estação em São Jorge  Ontem a Igreja nos falou da certeza da morte. Todos nós devemos morrer: nós temos não só a infalível palavra de Deus para isso, mas nenhum homem razoável poderia considerar o pensamento de que ele seria uma exceção à regra. Mas se o fato de nossa morte for certo, o dia em que devemos morrer também é fixo. Deus, em sua sabedoria, ocultou o dia de nós; torna-se nosso dever não ser surpreendido. Naquela mesma noite, poder-se-ia dizer-nos, como foi dito a Ezequias: Põe em ordem a tua casa, pois morrerás (Is 38,1).…