Oratório São José

SÃO JANUÁRIO, BISPO E MÁRTIR E SEUS COMPANHEIROS (19/09)

Santo do dia

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SÃO JANUÁRIO, BISPO E MÁRTIR E SEUS COMPANHEIROS, Mártires – 3ª classe

A testemunha – O mártir é uma testemunha de Cristo. Ao derramar o seu sangue, o homem atesta que Deus é o dono da vida; afirma também a sua confiança em Deus, que lhe devolverá aquela vida generosamente sacrificada pelo seu amor. E chegará o dia em que os corpos dos mártires sairão vivos do túmulo, e o sangue que derramaram por Cristo voltará a circular pelos membros em que sofreram, que serão vistos gloriosos aos olhos de todos.

O sangue de São Januário – São Januário também derramou seu sangue por Cristo. Mas este sangue continua a dar o seu testemunho e à sua maneira anuncia em voz alta como será fácil para Deus restaurar a vida aos seus escolhidos no último dia.

Em Nápoles, três vezes por ano, a cabeça do santo Bispo é exposta. O sangue é colocado em frente ao relicário: uma substância dura e escura, encerrada em dois frascos de vidro. Às vezes esta substância diminui ou aumenta de volume, sem ser motivada pela temperatura do momento. Mas muitas vezes acontece que esse sangue se torna líquido e se manifesta em estado de ebulição. A relíquia, dizem os historiadores, é de autenticidade muito duvidosa; mas o fenômeno ainda não recebeu uma explicação natural.

Não parece exagerado, portanto, usarmos a palavra “milagre” para explicá-lo. “Deus, diz o Cardeal Schuster, quer demonstrar ao seu povo de Nápoles que o sangue do padroeiro da cidade está sempre vivo e vermelho diante do Senhor, porque na eternidade e em Deus não há passado, mas tudo está presente e tudo vive diante Dele. O martírio do glorioso Bispo não cessa de proteger a bela cidade napolitana, rica pelo engenho dos seus filhos e pelas magníficas virtudes dos seus Santos”.[1]

Vida – São Januário foi provavelmente bispo de Benevento e hoje é o principal padroeiro da cidade de Nápoles, que possui a relíquia de sua cabeça e também de seu sangue. O padre Urânio conta-nos que, quando São Paulino de Nola estava para morrer, foi consolado pelo aparecimento de São Martinho de Tours e de São Januário “bispo e mártir, glória da Igreja de Nápoles”. Mas será São Januário I, que morreu mártir por volta do ano 305, ou São Januário II, que participou no Concílio de Sardes em 342-343? Se a história não nos dá informações sobre a sua morte, a sua legenda diz-nos que morreu mártir com seis companheiros em Pozzuoli.

Oração – Santos Mártires e, sobretudo, vós, ó Januário, que fostes seu chefe pela coragem e dignidade do pontificado, vossa glória atual aumenta nosso desejo pelo céu; vossas lutas passadas nos encorajam no combate da vida; vossos milagres sempre perenes nos confirmam na fé. Também vos devemos louvor e gratidão neste dia de triunfo. E satisfazemos a dívida com alegria em nossos corações.

Dignai-vos, no entanto, a trazer-nos a proteção de que as cidades que vivem sob o vosso poderoso patrocínio, com razão, se orgulham. Protegei essas cidades fiéis quando o inferno quiser atacá-las. Oferecei a Cristo Rei, contra as carências sociais, a fidelidade crescente daqueles que, de perto ou de longe, vos honram.

(GUERANGER, Dom Prospero. El Año Litúrgico: tomo V, ano 1954, pp. 449-452)

[1] Liber Sacramentorum, VIII, 304 (tradução espanhola).

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