SÃO CRISPIM DE VITERBO (21/05)

SÃO CRISPIM DE VITERBO, Confessor

Os romanos professam grande devoção a São Crispim de Viterbo, cujas relíquias repousam num dos altares laterais da igreja da Imaculada Conceição, em Roma. A sua mãe incutiu-lhe, desde criança, a devoção filial à Virgem Santíssima que o caracterizou ao longo da sua vida. Seu nome de batismo era Pedro.

Estudou as primeiras letras no colégio jesuíta e, imediatamente, foi trabalhar na oficina de um tio seu que era sapateiro. Atraído pela ordem seráfica, aos vinte anos obteve ingresso no convento capuchinho de Viterbo, onde adotou o nome de Crispim em homenagem ao padroeiro dos sapateiros. O mestre noviço de Paranzana hesitou em abrir-lhe as portas do claustro porque era muito magro e pequeno; mas o provincial, que já o havia admitido, deu ordem para recebê-lo.

Como se viu mais tarde, o Irmão Crispim era capaz de cumprir todas as tarefas; ele se autodenominava asno e queria que todos o considerassem um animal de carga. Em Viterbo foi jardineiro e cozinheiro; Em Tolfa, onde foi enfermeiro durante uma epidemia, realizou diversas curas milagrosas.

Após uma curta estadia em Roma, foi enviado para Albano e posteriormente para Bracciano. Lá ele também curou muitos doentes durante outra epidemia. Em Orvieto, onde era encarregado de pedir esmolas para o convento, o povo o amava muito.

Quando os superiores decidiram enviar o Irmão Crispín para outro lugar, as donas de casa fecharam a porta ao seu sucessor; como o convento vivia da esmola dos habitantes, o guardião devia restituir o Santo ao seu cargo. O bom irmãozinho passou seus últimos anos em Roma, onde ainda são lembradas suas profecias, suas multiplicações de pães e suas sábias máximas.

Alguns deles chegaram até nós. Crispim morreu aos oitenta e dois anos, em 19 de maio de 1750. Foi beatificado em 1806.

(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, p. 347)