Oratório São José

SÃO CASIMIRO, Confessor – 3ª classe (04/03)

Santo do dia

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São Casimiro, a quem os polacos chamam de “o Pacificador”, foi o terceiro dos treze filhos de Casimiro IV, rei da Polônia, e de Isabel da Áustria, filha do imperador Alberto II. Casimiro foi o segundo dos filhos do sexo masculino. Tanto ele como seus dois irmãos, Ladislau e João, tiveram como tutor John Dlugosz, o historiador, que era um cônego de extraordinária erudição e piedade. Os três príncipes professaram grande carinho pelo seu tutor, mas Casimiro foi quem mais beneficiou dos seus ensinamentos e exemplo. Muito devoto desde criança, Casimiro dedicou-se à oração e à penitência, rejeitando toda suavidade para consigo mesmo.

Dormia frequentemente no chão e não era incomum passar a noite inteira contemplando a Paixão de Cristo. Seus vestidos, muito simples, escondiam um cilício. Casimiro viveu sempre na presença de Deus e era calmo, feliz e amigo de todos. O seu amor a Deus traduziu-se no amor aos pobres, que são membros de Cristo. O santo deu-lhes tudo o que possuía e influenciou tudo o que pode a favor deles junto ao seu pai e ao seu irmão Ladislau, quando este último ocupava o trono da Boêmia.

Casimiro recitava frequentemente, em honra da Santíssima Virgem, o longo hino latino denominado “Omni die dic Mariae” e queria que uma cópia dele fosse depositada no seu túmulo. Embora este hino tenha sido por vezes atribuído a São Casimiro, certamente é anterior a ele em três séculos.

Em 1471, os nobres da Hungria, insatisfeitos com o seu rei, Matias Corvino, pediram ao rei da Polônia que entronizasse o seu filho Casimiro. O santo, que não tinha mais de quinze anos, teve pouca vontade de aceitar, mas teve que fazê-lo por obediência ao pai e partiu para a fronteira, à frente de um exército.

Ao chegar, soube que Matias vinha ao seu encontro com um exército muito maior; e como, por outro lado, os seus próprios soldados desertavam em grande número, por não terem recebido o seu salário, Casimiro teve que voltar atrás depois de ouvir os seus conselheiros. A notícia de que o Papa Pio VI tinha enviado uma embaixada ao seu pai para dissuadi-lo da expedição veio confirmar a sua decisão. Mas o rei, furioso com o fracasso de seus projetos, não permitiu que Casimiro retornasse a Cracóvia, mas em vez disso o relegou ao Castelo Dobzki. O jovem obedeceu e ali permaneceu durante três meses.

Convencido de que estava prestes a lançar uma guerra injusta e determinado a não participar novamente nos conflitos mortais, que apenas facilitaram o avanço dos turcos na Europa, recusou-se a pegar novamente em armas, apesar das petições do seu pai e dos senhores da Hungria. Em vez disso, dedicou-se novamente ao estudo e à oração, sem interrompê-los mesmo quando serviu como vice-rei, durante a ausência do pai.

Na corte falava-se em casá-lo com a filha do imperador Frederico III, mas Casimiro nem queria pensar em renunciar ao celibato que se impôs. As austeridades que praticou agravaram a doença pulmonar de que sofria, e Casimiro morreu em 1484, quando tinha apenas vinte e três anos.

Suas relíquias ainda estão preservadas na igreja de Santo Estanislau em Vilnius, onde foi sepultado. Numerosos milagres foram realizados em seu túmulo. A canonização ocorreu em 1521.

(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. I, ano 1965, pp. 460-461)

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