SANTOS MARCELINO E PEDRO (02/06)

SANTOS MARCELINO E PEDRO, Mártires
Marcelino e Pedro estão entre os santos romanos comemorados diariamente no cânon da Missa. Marcelino foi um sacerdote proeminente em Roma durante o reinado de Diocleciano, enquanto Pedro era, como se afirma, um exorcista. Devido a uma leitura errada do Hieronymianum, concluiu-se que outros mártires morreram com eles, totalizando quarenta e quatro, mas não há evidências concretas para apoiar esta afirmação.
Um relato pouco confiável de sua “paixão” afirma que ambos os cristãos foram detidos e lançados na prisão, onde tanto Marcelino quanto Pedro demonstraram zelo extraordinário em encorajar os fiéis cativos e catequizar os pagãos, a obterem novas conversões, como a do carcereiro Artemio, com sua esposa e filha. Segundo a mesma fonte de informação, todos foram condenados à morte pelo magistrado Sereno ou Severo, como também é chamado.
Marcelino e Pedro foram levados secretamente para uma pequena floresta chamada Floresta Negra, para que ninguém soubesse o local do seu enterro, e tiveram as cabeças decepadas. Contudo, o segredo foi revelado, talvez através do mesmo carrasco que mais tarde se converteu ao cristianismo.
Duas piedosas mulheres, Lucilla e Fermina, exumaram os corpos e deram-lhes um digno sepultamento na catacumba de São Tibúrcio, na Via Lavicana, mas não sem antes recolher algumas relíquias. O Papa Dâmaso, autor do epitáfio do túmulo dos dois mártires, declarou que, quando criança, soube dos detalhes de sua execução com o próprio carrasco. O imperador Constantino ordenou a construção de uma igreja sobre o túmulo dos mártires e quis que sua mãe, Santa Helena, fosse enterrada ali.
No ano de 827, o Papa Gregório IV doou os restos mortais destes santos a Eginhard, antigo homem de confiança de Carlos Magno, para que as relíquias pudessem ser veneradas nos mosteiros que ele havia construído ou restaurado; finalmente, os corpos dos mártires repousaram no mosteiro de Seligenstadt, a cerca de vinte e dois quilômetros e meio de Frankfurt.
Ainda estão preservadas as histórias onde todos os detalhes dos milagres ocorridos durante aquela famosa trasladação foram meticulosamente registrados. A prova de que na Roma antiga se prestava grande culto a estes dois santos é que existem muitas inscrições para os comemoram, como esta: “Sancte Petr (e) Marcelline, suscipite vestrum alumnum”.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, pp. 435-436)

