SANTO ISIDORO DE SEVILHA (04/04)

SANTO ISIDORO DE SEVILHA, Bispo, Confessor e Doutor – 3ª classe (570-639)
“Ilustre mestre da nossa época e glória da Igreja Católica”[1]
Contexto – Entre todas as províncias do cristianismo, há uma que mereceu o nome de “católica” por excelência: é a Espanha. Desde o início do século VIII, a Providência divina a submeteu à uma dura prova, permitindo que o dilúvio sarraceno a submergisse quase inteiramente: de modo que seus filhos precisaram ser heroicos durante oito séculos de batalha para finalmente recuperar sua pátria. As vastas regiões da Ásia e da África que, ao mesmo tempo, sofreram a invasão muçulmana, permaneceram sob o jugo do islamismo. Como é que a Espanha triunfou sobre seus opressores, e que o sentimento da dignidade humana nunca se extinguiu em seu povo? A resposta é fácil de dar: a Espanha, na época da invasão, era católica, a vida católica animava esta vasta região; enquanto os povos que sucumbiram sob a cimitarra[2] muçulmana já haviam rompido com o cristianismo por heresia ou por cisma. Deus os abandonou, porque eles rejeitaram a verdade da Fé, a unidade da Igreja; eles não passavam de presas e quase não ofereciam resistência a seus ferozes conquistadores.
A Espanha também corria um grave perigo. A raça dos godos, ao subjugá-la, havia ao mesmo tempo depositado a heresia em seu seio. O arianismo ergueu seus altares sacrílegos na Península Ibérica; mas Deus não permitiu que esta terra privilegiada permanecesse muito tempo sob o jugo do erro. Antes da chegada dos sarracenos, a Espanha já estava reconciliada com a Igreja; uma família tão ilustre quanto santa teve a glória de consumar esta grande obra.
É neste cenário que aparece o Santo de hoje, Isidoro, que foi o personagem mais ilustre da Igreja de Espanha e a alma e a coragem do que foi feito no seu tempo para manter a fé e a boa moral.
Infância – Santo Isidoro era de uma família principesca e foi natural de Cartagena, onde seu pai, o duque Severiano, foi governador. Embora Severiano pareça vim de família romana, estava aparentado com os reis visigodos. Santo Isidoro foi irmão e sucessor de São Leandro na sede arquiepiscopal de Sevilha, era irmão também de São Fulgêncio, que também foi bispo, e de Santa Florentina[3], virgem e religiosa, abadessa de vários conventos[4] e famosa pelos seus cânticos sagrados.[5]
Santo Isidoro nasceu em 570. Quando a enfermeira deixou a criança sozinha por um momento no jardim do seu pai, Santa Florentina viu um enxame de abelhas cercando o irmão mais novo, algumas das quais pousaram no seu rosto e lábios sem o ferir: um prenúncio das suas palavras cheias de eloquência persuasiva que um dia iriam brotar como mel da boca do grande Doutor.[6]
Assim que o santo menino cresceu o suficiente, os pais o entregaram ao estudo e para isso confiaram a educação do filho mais novo ao seu irmão mais velho, São Leandro que já era arcebispo, que o amava como a um filho, mas que era muito rigoroso e severo com ele. Preocupava-se muito com a formação intelectual do irmãozinho, mas sem despreocupar dos cuidados de sua alma santa, e nisso, em sua severidade, não negava os castigos que achava necessário.
Estudos – Embora Santo Isidoro levasse à serio os estudos e empregasse todo cuidado e boa vontade, ele realmente tinha muitas dificuldades nos estudos. Um dia, desencorajado pelo fracasso dos seus esforços, desconfiando de seu aproveitamento e repelido pelas correções enérgicas do seu irmão e arcebispo, fugiu da escola de Sevilha. Depois de vaguear durante algum tempo pelo campo, exausto de sede e fadiga, sentou-se junto a um poço e começou a olhar com curiosidade para os sulcos na borda do poço. Ele perguntava-se de onde vinha este trabalho, quando uma mulher que veio buscar água ao poço, tocada pela beleza e humilde inocência do aluno, lhe explicou que as gotas de água, caindo repetidamente no mesmo local, tinham cavado a pedra. Então a criança voltou a si própria e disse consigo mesmo que se a dureza da pedra pode ser assim escavada gota a gota pela água, a sua inteligência também poderia aos poucos reter os estudos.
Voltou para o seu irmão que o prendeu por um tempo num quarto para que não fugisse mais. Santo Isidoro completou a sua educação de modo que logo aprendeu com perfeição o latim, o grego e o hebraico, e tornou-se o colaborador ativo de São Leandro no trabalho de conversão dos arianos. O nosso Santo chegou a ser um dos homens mais sábios de sua época, sempre muito interessado pelo tema da educação.[7]
Vida monástica – O ímpio rei Leovigildo, fanático ariano, martirizou o próprio filho Santo Hermenegildo por ter se convertido à Igreja Católica e desterrou São Leandro e São Fulgêncio. Isso afligiu muito Santo Isidoro, mas não o desanimou, pelo contrário, quis prosseguir a luta empreendida pelos seus santos irmãos contra os hereges, aos quais se opôs valorosamente. Disputou com eles com tanto zelo, eloquência e doutrina que, não podendo vencê-lo, irritaram-se de tal forma que resolveram matá-lo, pois recebiam como afronta o fato de serem vencidos por alguém tão jovem, mas a Providência o salvou de suas mãos.
Quando o rei Leovigildo aproximou-se da hora da sua morte, procurou apaziguar a ira divina arrependendo-se de seus horrendos delitos. Por isso, trouxe São Leandro do seu exílio, chamou-o para junto de si e confiou-lhe a educação do jovem príncipe Ricaredo. Foi com grande alegria que Santo Isidoro recebeu o retorno de seus irmãos.
Foi então que, a fim de aprofundar ainda mais o conhecimento da fé, entrou num mosteiro, onde se dedicou tanto às virtudes religiosas como ao estudo. Embora não tenha sido monge (conforme alguns autores), de fato, professava grande amor às ordens religiosas; os monges pediram que ele compusesse o código de regras que leva o seu nome e que se generalizou na Espanha. Neste código Santo Isidoro insiste que não deve existir no mosteiro nenhuma distinção entre homens livres e servos, porque todos são iguais diante de Deus. Provavelmente ajudou seu irmão no governo da diocese de Sevilha.
São Leandro teve uma inspiração do Senhor de que Ele queria introduzir também em Seu servo Isidoro a extraordinária santidade da vida e prática monástica e, por ele, santificar ainda mais este estado de vida. De fato, embora pouca coisa esteja escrita sobre o tempo em que viveu no mosteiro não há dúvida de que se exercitou em todas as virtudes que brilharam nele durante toda sua vida e foi ali formado pelo próprio Senhor para o futuro episcopado. Mesmo neste tempo em que se encerrou no claustro, ninguém tinha esquecido a figura impressionante do jovem clérigo que, com tanto zelo e eloquência, tinha defendido a verdadeira e santa Religião.
Episcopado – Com a morte de São Leandro, vacando a sede da Igreja de Sevilha,o rei Recaredo desejava nomear para ela alguém que fosse singular e verdadeiro doutor católico, assim chegou a Santo Isidoro que foi eleito no lugar de seu irmão, recebendo o aplauso unânime do povo em 600. Toda a Igreja e o reino concordavam com a nomeação com satisfação, por causa da sua conhecida santidade e doutrina. Enquanto todos se regozijavam com a sua elevação, só ele chorava (chegou a pedir, chorando, ao rei que retirasse sua nomeação), pois receber aquela mitra e báculo pastoral era a mesma coisa que tornar a sua vida um sacrifício perpétuo (como se fossem o sinal externo de sua cruz), e nunca deixou de se gastar pelo seu rebanho, de tal modo que é incompreensível como a vida de um homem tão ocupado com o ministério externo poderia conciliar uma escrita tão erudita. O Papa São Gregório Magno também o nomeou seu Núncio em toda a Espanha.
Logo o mundo ficou assustado com resplendor de suas virtudes e ciência, agora muito mais elevadas do que quando jovem clérigo. Era admirável a sua grande humildade, mas também sua caridade, sua benignidade, afabilidade, modéstia, paciência e mansidão.
Uma das coisas que mais afligia seu coração de pai e pastor era as desordens e abusos do próprio clero. Para reformar a vida do clero o santo bispo convocou um concílio em Sevilha no ano 619 e outro em Toledo no ano 633, restabelecendo assim nas igrejas da Espanha os estatutos apostólicos, os decretos dos Padres e as principais instituições da santa Igreja Romana.
Obras – Em sua vida pessoal experimentou um conflito interior permanente, muito semelhante ao que já São Gregório Magno e Santo Agostinho tinham sentido, entre desejo de solidão[8], para se dedicar unicamente à meditação da Palavra de Deus, e exigências da caridade para com os irmãos de cuja salvação, como Bispo, se sentia responsável. O Santo era piedosíssimo com os pobres, atencioso com os ricos, forte com os poderosos, devotíssimo na igreja, vigilante na reforma dos costumes, constante na disciplina eclesiástica, suavíssimo para com todos, mas rígido e severo consigo mesmo.
Por quase dois séculos os godos tinham controlado inteiramente a Espanha, e suas maneiras bárbaras e desprezo pelo saber ameaçavam grandemente fazer retroceder o progresso da civilização. Santo Isidoro pôs-se à obra de unir numa nação homogênea os vários povos que formavam o reino hispano-gótico. Para esse fim, utilizou-se de todos os recursos da religião e da educação. E seus esforços encontraram completo sucesso.[9]
Provavelmente levando em consideração sua própria experiência, procurou criar ambiente propício à aquisição e desenvolvimento das virtudes espirituais e intelectuais. Por isso, quis edificar meios para a instrução das crianças e jovens, com a construção de alguns colégios nos quais rapazes de toda a Espanha podiam ingressar. O próprio Santo bispo também dava aula sobre os assuntos mais elevados, ordenava o que era ensinado e, com seu zelo, era o mestre de todos os demais que ali dirigiam aquelas pequenas almas.
Seus colégios chegaram a ser verdadeiras universidades das quais saíram homens santos e insignes, como Santo Idelfonso e São Bráulio. Ali estudava-se Latim, Grego, Hebraico, História e Geografia, Astronomia e Matemática, além de Sagrada Escritura, Direito, Filosofia e Teologia[10]. Foi para estas suas escolas que escreveu o Santo a maioria dos seus livros, demonstrando sua erudição sobre todos os conhecimentos humanos, desde a sagrada Teologia até a agricultura e Economia rural.
Presidiu o IV Concílio toledano e o II hispalense, nos quais foi de grande peso o seu parecer para restabelecer os dogmas da nossa fé e desfazer os erros contrários[11] e para reformar a vida e os costumes de todos os fiéis. Por influência do Santo foram publicados decretos que, por exemplo, determinavam que os bispos erigissem seminários em suas dioceses para a formação intelectual do seu clero, nos moldes dos colégios fundados em Sevilha. Também trabalho na organização da unificação da Liturgia por meio de um novo Missal e Breviário que pertenceria a todo o reino, a pedido dos Padres conciliares, por isso estes livros ficaram conhecidos como “Santo Isidoro” e depois foram chamados de “toledanos”. Além disso, a pedido do rei Sisenando, reorganizou o sistema político seguindo os princípios do Direito Canônico.
Por causa de toda sua atividade e santidade, multidões se aglomeravam ao seus redor: alguns vinham para ouvir seu ensino salutar; outros, para ver os milagres que ele realizava em nome do Senhor; os enfermos vinham para serem curados de suas enfermidades, porque dele saiu um poder de Deus que curava a todos. Mesmo assim o Santo arcebispo visitava todos os povos que constituíam seu rebanho, pregando em todas as províncias do reino. Seu coração sofria especialmente com a cegueira dos judeus e aqueles que teimavam em permanecer na heresia.[12]
Morte – Apesar de seus quase oitenta anos, até o fim o Santo não abandonou sua habitual austeridade, mesmo com sua saúde cada vez mais fraca e debilitada. Nos últimos seis meses de sua vida ele aumentou de tal modo suas esmolas que os pobres chegavam a encher sua casa pela manhã e à noite.
Finalmente, depois de banir a heresia ariana de Espanha, presidiu ainda um concílio, durante o qual se levantou no meio da assembleia e, avisando e profetizando, anunciou a proximidade de sua morte e a devastação do reino pelos exércitos dos sarracenos, caso não se guardasse ali a santa Lei do Senhor.
De fato, depois de governar a sua Igreja durante quase quarenta anos, preparou-se para o seu transito. O Santo chamou dois bispos, Eparcio e Juan, amigos seus, e pediu que o conduzissem à igreja de São Vicente onde, sentado no presbitério, deu sua bênção ao seu amado povo. Desfez-se das suas vestes e um dos bispos o cobriu com cilício (um pano de saco) e o outro colocou cinzas na sua cabeça, depois, com olhos erguidos e braços abertos, ele rezou: “Senhor Deus, que conheceis o coração dos homens; Vós que perdoastes ao publicano todos os seus pecados quando humildemente batia no peito, longe do altar porque não se achava digno de se aproximar; Vós que restituístes Lázaro à vida quatro dias depois de sua morte: ouvi agora a minha confissão e desviai os vossos olhos dos inúmeros pecados que cometi contra a vossa majestade soberana. Lembrai-vos, Senhor, que para mim, pecador, e não para os justos, Vós colocastes na vossa Igreja o salutar banho do sacramento da Penitência.”
Depois pediu a absolvição, e recebeu piedosamente o Santo Viático, recomendou-se às orações dos presentes. Tendo chamado todos os sacerdotes, perdoou aos seus devedores e o dinheiro que lhe restava distribuiu aos pobres. Sobre cinzas, diante do altar, deu a bênção aos presentes e depois entregou sua alma ao Senhor. Era o dia 4 de abril de 636, após 37 anos de laborioso episcopado, e foi sepultado (como ele mesmo tinha pedido) na catedral de Sevilha entre o seu irmão São Leandro e a sua irmã Santa Florentina. Porém, quando a cidade foi tomada pelos mouros, Fernando I, rei de Castela e Leon, conseguiu com grande dificuldade[13] do príncipe sarraceno, transportar o santo corpo a Leon, e foi construída uma igreja em sua honra, onde os seus milagres[14] o tornaram famoso e onde o povo o honrou com grande devoção. Em 1722, a Igreja o declarou Doutor de todos os fiéis.
Embora o culto ao Santo seja muito antigo, e a autoridade de que gozava na Igreja durante a Alta Idade Média fosse tão indiscutível que Beda, o Venerável, e os enciclopedistas do período carolíngio sejam seus devedores pelos seus conhecimentos eclesiásticos, o seu culto no calendário da Sé Apostólica data apenas do Renascimento, pois, além de ele não ser romano, sua festa quase sempre cai na Quaresma ou durante a semana da Páscoa.
Segundo o Papa Bento XVI, a síntese de uma vida que busca a contemplação de Deus, o diálogo com Deus na oração e na leitura da Sagrada Escritura, assim como a ação ao serviço da comunidade humana e do próximo, é o que encontramos na vida do nosso Santo que certa vez disse: “O Salvador Jesus ofereceu-nos o exemplo da vida ativa quando, durante o dia, se dedicava a oferecer sinais e milagres na cidade, mas mostrou a vida contemplativa quando se retirava no monte e ali pernoitava dedicando-se à oração… Por isso o servo de Deus, imitando Cristo, dedique-se à contemplação sem se negar à vida ativa. Não seria justo comportar-se de outra forma. Com efeito, assim como se deve amar a Deus com a contemplação, também se deve amar o próximo com a ação. Por conseguinte, é impossível viver sem a presença simultânea de uma e de outra forma de vida, nem é possível amar, se não se vive a experiência de uma e de outra”.
Santoral de Juan Esteban Grosez, S.J. Volume II, (Ed. ICTION, Buenos Aires, 1982)
Abbé L. Jaud, Vie des Saints pour tous les jours de l’année, Tours, Mame, 1950.
Gueranger, Ano Litúrgico, pp. 941-944.
PAPA BENTO XVI AUDIÊNCIA GERAL Quarta-feira, 18 de Junho de 2008
Fr. Justo Perez de Urbel, O.S.B., Año Cristiano, Ediciones Fax, Madrid, 1945, tomo II, p. 41.
Pe. Pedro de Ribadeneira, S.J., Flos Sanctorum, apud Dr. Eduardo Maria Vilarrasa, La Leyenda de Oro, L. González y Compañia – Editores, Barcelona, 1896, tomo II, p. 21.
Edelvives, El Santo de Cada Dia, Editorial Luis Vives, S.A., Saragoça, 1947, tomo II, p. 356.
Bhx Cardinal Schuster, Liber Sacramentorum
[1] VIII Concílio de Toledo, em 653 (Justo Perez de Urbel, op.cit., p. 49).
[2] Espécie de espada com lamina curva e mais larga na ponta.
[3] Dom Gueranger comentou que foi pelos esforços do zelo e eloquência de São Leandro, o Rei Recaredo e toda a nação dos godos abrasavam a fé católica no Concílio de Toledo, em 589; a ciência e o grande caráter do nosso Isidoro consolidaram esta feliz revolução; São Fulgêncio o sustentou por suas virtudes e sua doutrina, enquanto Santa Florentina cooperava para esta obra tão frutífera com os sacrifícios de seus suspiros e orações. Era, pois, uma família santa que, juntos e cada um a seu modo, trabalhavam pela salvação das almas.
[4] Diz-se que governou 40 conventos e cerca de mil monjas.
[5] Alguns dizem que também são irmãos de Santo Isidoro: Santa Teodósia (ou Teodora), esposa do rei Leovigildo e mãe do mártir Santo Hermenegildo; e o rei Recaredo. Sendo ou não irmãos do nosso Santo, a glória tanto de um quanto de outro fica ofuscada perto do nosso Isidoro.
[6] O mesmo fato se conta a respeito de Santo Ambrósio e de São Domingos, o que faz chegar a este prognóstico.
[7] Santo Isidoro escreveu muitos e excelentes livros sobre diversos e raros temas nos quais mostrou seu gênio e sabedoria, herdados pelos seus discípulos Santo Ildefonso, arcebispo de Toledo, e São Bráulio, arcebispo de Zaragoza.
Além dos livros sobre as Etimologias e sobre os Ofícios Eclesiásticos, ele compôs muitas outras obras tão úteis para a disciplina cristã e eclesiástica que o Papa Leão IV não hesitou em escrever aos Bispos da Bretanha dizendo as palavras de Santo Isidoro fossem tidas em consideração como as de São Jerônimo e Santo Agostinho quando surgisse uma nova dificuldade que não pudesse ser resolvida pelos Cânones. Assim vemos várias sentenças dos seus escritos colocadas entre as leis canônicas da Igreja.
[8] Coisa semelhante percebemos também mais recentemente na vida do Santo Cura d’Ars.
[9] John B. O’Connor, St. Isidore of Sevilla, The Catholic Encyclopedia, Volume VIII, Copyright © 1910 by Robert Appleton Company, Online Edition Copyright © 2003 by Kevin Knight.
[10] O Santo afirmava que “não é coisa supersticiosa o conhecer o curso dos astros, os movimentos das ondas, a natureza do raio e do trovão, as causas das tempestades, dos terremotos, da chuva e da neve, das nuvens e do arco-íris” (Fr. Justo Perez de Urbel, op.cit. pp. 45-46.).
[11] No Concílio hispalense, Santo Isidoro disputou publicamente na catedral de Sevilha, na presença de uma multidão, com um bispo sírio, chamado Gregório, que estava arraigado na heresia dos acéfalos. A disputa durou cinco horas, ao fim o bispo herege se deu por vencido e aceitou seus erros, voltou à sã doutrina. Por causa disso, o Santo logo foi chamado à Roma por São Gregório (que tinha sido amigo de seu irmão, São Leandro). Em Roma foi recebido com grande contentamento e alegria pela corte e por toda a cidade.
[12] A irmã de São Isidoro, Santa Florentina, dedicou-lhe um excelente tratado contra os erros dos judeus, e ao rei Sisenando insistiu que deveria ser feito um estudo para tentar trazer os judeus à verdadeira fé.
[13] E só depois de muitos rogos e “presentes”.
[14] Os dois mais famosos: a ressurreição de uma mulher asfixiada pela multidão e a cura de um cego ao tocar as luvas do Santo. Também nas guerras dos cristãos contra os sarracenos, a invocação do nome do Santo concedia-lhes socorro e auxílio.

