Oratório São José

Ritual da Comunhão fora da Missa

Ritual Sacramentos

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RITUAL DA COMUNHÃO FORA DA MISSA

(Rit. Rom., tit. V, cap. II)

O sacerdote que vai administrar a Comunhão fora da Missa, com partículas consagradas conforme a necessidade do povo, de veste talar, lava as mãos, e põe sobrepeliz e estola, que pode ser sempre branca ou da cor do Ofício do dia, roxa no dia de Finados. Precedido de um ajudante, vai ao altar, de mãos postas ou segurando a bolsa do corporal ante o peito.

O altar deve haver velas acesas, e no lugar onde se distribuirá a comunhão, uma toalha estendida. Genuflete no plano. Abre o sacrário, genuflete, tira a âmbula, põe-na sobre o corporal e descobre-a. O ajudante, ajoelhado no degrau, em nome do povo, ou todo o povo, faz a confissão:

Confiteor Deo omnipotenti, Beatæ Mariæ semper Virgini, Beato Michaëli Archangelo, Beato Ioanni Baptistæ, Sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos, porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor Beatam Mariam semper Virginem, Beatum Michaëlem Archangelum, Beatum Ioannem Baptistam, Sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.

O sacerdote genuflete de novo e, de mãos postas, voltado para o povo, cuidando, conforme caso, para não dar as costas ao Santíssimo, diz:

Misereátur vestri omnípotens Deus et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat ad vitam ætérnam. R. Amen. O Deus todo-poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados e vos conduza á vida eterna. R. Amém.
Indulgéntiam, absolutiónem,  et remissiónem peccatórum vestrórum tríbuat vobis omnípotens et miséricors Dóminus. R. Amen. O Senhor todo-poderoso cheio de misericórdia vos conceda a indulgência,  a absolvição e a remissão dos vossos pecados. R. Amém.

Ao dizer Indulgéntiam, etc., traça com a mão direita o sinal da cruz sobre os comungantes.

Virado para o altar – genuflete, se o altar não for “versus populum” – pega a âmbula com a mão esquerda, e com o polegar e o indicador da direita toma uma partícula, elevando-a um pouco sobre a âmbula. Virado para o povo, no centro do altar, diz em voz alta:

Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta mundi. Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo.

Logo os comungantes dizem, por três vezes:

Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum, sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva.

Aproxima-se então dos comungantes, começando pelo seu lado esquerdo. Se houver sacerdotes ou outros clérigos para comungar, dá-lhes antes a Comunhão, nos degraus do altar ou no recinto do altar (presbitério). Os sacerdotes e diáconos comungantes usam estola da mesma cor que a do sacerdote que administra a Comunhão, ou branca.

O sacerdote apresenta a cada um a Hóstia, levantando-a um pouco sobre a âmbula, e diz:

Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.

Depois que todos comungaram, o sacerdote regressa ao altar, põe a âmbula sobre o corporal, e diz:

O sacrum convívium, in quo Christus súmitur, recólitur memória passiónis ejus, mens implétur grátia, et futúræ glóriæ nobis pignus datur. Ó sagrado banquete, em que se recebe Cristo, renova-se o memorial da sua paixão, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da glória futura.

No tempo pascal e na festa do Corpo de Deus, acrescenta Aleluia.

V. Panem de cælo præstitísti eis. V. Do céu lhes destes o pão.

No tempo pascal e na festa do Corpo de Deus, acrescenta Aleluia.

O ajudante responde:

R. Omne delectaméntum in se habéntem. R. Que contém todo o sabor.

No tempo pascal e na festa do Corpo de Deus, acrescenta Aleluia.

O sacerdote continua:

V. Dómine, exáudi oratiónem meam. V. Ouvi, Senhor, minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat. R. E chegue a vós meu clamor.
V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com teu espírito.

Orémus.

Deus, qui nobis, sub Sacraménto mirábili, passiónis tuæ memóriam reliquísti: tríbue, quǽsumus; ita nos Córporis et Sánguinis tui sacra mystéria venerári, ut redemptiónis tuæ fructum in nobis júgiter sentiáus: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. R. Amen.

Oremos.

Deus, que neste admirável Sacramento nos deixastes o memorial da vossa paixão, concedei-nos tal veneração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. R. Amém.

Oração para o Tempo Pascal:

Spíritum nobis, Dómine, tuæ caritátis infúnde: ut, quos Sacraméntis paschálibus satiásti, tua fácias pietáte concórdes. Per Dóminum nostrum Jesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte ejúsdem Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. R. Amen. Derramai em nós, Senhor, o Espírito da vossa caridade, para que sejam unidos em vosso amor aqueles que saciastes com os mistérios pascais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do mesmo Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos. R. Amém.

Durante essas orações, antes de repor a âmbula, se houver algum fragmento pegado nos dedos, limpa-os cuidadosamente sobre a âmbula.

Depois purifica os dedos com que pegou nas hóstias, num vaso contendo água, e enxuga-os com um sanguinho. A água da ablução será oportunamente deitada na piscina ou, na falta desta, no fogo. Em seguida, repõe a âmbula, genuflete e fecha a portinhola do sacrário com chave.

Levanta os olhos, estende, eleva e junta as mãos, inclina a cabeça à cruz, dizendo:

Benedíctio Dei omnipoténtis, Desça sobre vós a bênção de Deus todo-poderoso,

e, voltado para o povo, prossegue, traçando apenas um sinal da cruz:

Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti, descéndat super vos, et manéat semper. R. Amen. Pai, e Filho, e Espírito Santo, e permaneça para sempre. R. Amém.

Também o diácono, quando administrar a Comunhão, observe o rito acima descrito. O bispo, depois de distribuir a Comunhão fora da Missa, dá a bênção como de costume, dizendo: Bendito seja o nome do Senhor, etc., e traça três vezes o sinal da cruz.

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