Oratório São José

NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO (27/06)

Santo do dia

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NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro difundiu-se grandemente no ano de 1870, graças ao zelo da Congregação do Santíssimo Redentor. Nas igrejas e nos lares cristãos, a imagem popular da Virgem do Socorro, com seu Filho, foi exposta à veneração, como fruto das missões pregadas pelos valentes padres redentoristas.

Os filhos de Santo Afonso de Ligório (1696-1787) formaram uma congregação muito devota à Santíssima Virgem. Adotaram como emblema desta devoção a imagem de Nossa Senhora do Bom Conselho, a quem os eremitas de Santo Agostinho também prestaram especial homenagem. Em 1866, a Virgem confiou aos Redentoristas o tesouro de uma de suas imagens milagrosas: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Era uma pintura sobre madeira, de estilo bizantino (século XIII ou pouco depois), com cinquenta e dois centímetros de comprimento por quarenta e um de largura. A Virgem carrega o Menino no braço esquerdo com uma expressão embaraçada porque o arcanjo Gabriel lhe presenteia com quatro pregos e uma cruz. O tema tem certa analogia com o poema de Goethe, “O Rei dos Aulnes”, em que um pai abraça o filho, assustado com uma aparição misteriosa.

Esta pintura foi levada para Roma, no final do século XV, por um comerciante cretense e colocada na igreja de São Mateus in Merulana, em 1499. Lá foi venerada até 1812. Nessa data o antigo santuário foi demolido, pelo que a imagem gloriosa permaneceu nas sombras no segredo de um oratório de padres agostinianos. Em 1866, sob o comando do Reverendíssimo Padre Mauron, os Redentoristas obtiveram de Pio IX a venerável imagem que colocaram em sua igreja dedicada a Santo Afonso, no Esquilino, entre São João de Latrão e Santa Maria Maior. Inúmeras foram as graças obtidas através da mediação desta santa imagem.

A figura da Virgem tem uma expressão séria e melancólica. Ela parece dizer a quem a contempla: “Vede como o meu Jesus tem medo: é por vós… e eu também tenho medo por vós… Por que não me pedes de todo o coração que vos ajude?”

Não é ela a ajuda dos cristãos, o “auxílio dos cristãos”, como dizem amanhã as litanias? Nossa Mãe Celestial não exige nada mais do que vir em nosso auxílio, em todos os momentos e em todos os lugares.

(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, p. 662)

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