Início do santo Tempo da Quaresma

INÍCIO DO SANTO TEMPO DA QUARESMA
Com a celebração da Quarta-feira de Cinzas a Igreja começa o tempo penitencial da Quaresma, embora a própria Quaresma só comece oficialmente com o I Domingo da Quaresma.
A tocante cerimônia das Cinzas, sua bênção e imposição, são um resquício de antigas práticas penitenciais da Igreja que, em épocas diversas, conduzia seus filhos penitentes à reconciliação com Nosso Senhor. No princípio esta cerimônia era reservada aos chamados penitentes públicos que na quarta-feira se confessavam e recebiam as cinzas, depois eram despedidos e se retiravam da igreja para irem praticar penitências até a Semana Santa, quando então retornavam para receber a absolvição de seus pecados. Quando a Igreja foi modificando a sua prática a respeito dos penitentes públicos, achou por bem conservar, no entanto, o rito das cinzas por seu profundo significado, mas agora estendendo-o a todos os seus filhos, pobres pecadores, procurando com isso exercitá-los na prática da penitência.
Ao cobrir seus filhos de cinzas, a Igreja lhes faz uma grave advertência: “Memento, homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris! – Lembra-te, ó homem, que és pó e ao pó retornarás!” Assim, procura mostrar-lhes que esta vida passageira, seus bens e prazeres, tudo é nada, pó e cinza, comparado à vida vindoura e eterna. É esta vida que está na mira da Igreja. É está vida que ela quer que seus filhos alcance. Para isso, serve a Quaresma e todo o ciclo da vida de Nosso Senhor que acompanharemos até a Páscoa.
Embora a Quaresma comece propriamente com o I Domingo da Quaresma, a Igreja antecipa as práticas penitenciais para a Quarta-feira de Cinzas, pois, conforme a prática tradicional da Igreja, o Domingo (Páscoa semanal) nunca admite as práticas penitenciais no dia do Senhor. Então, para se completar os 40 dias de penitência da Quaresma, conta-se com os chamados “dias das Cinzas”, de Quarta a Sábado antes do I Domingo da Quaresma.
Um dos exercícios quaresmais mais tradicionais é o da Via Sacra (Via Crucis), a piedosa meditação dos passos do Senhor em seu caminho entre o pretório de Pilatos e a sua morte e sepultura.

