Hino “O insulto me partiu o coração – II”

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TEMPO DA PAIXÃO

200. O insulto me partiu o coração – II

Antífona e Isaías 53

Música: Abadia da Ressurreição

O insulto me partiu o coração; – Não suportei, desfaleci de tanta dor! – Eu esperei que alguém de mim tivesse pena, – Mas foi em vão, pois a ninguém pude encontrar; – Procurei quem me aliviasse e não achei! – Deram-me fel como se fosse um alimento, – Em minha sede ofereceram-me vinagre!

Ele apareceu como um pobre arbusto, – Como um rebento de uma terra ressequida; – Não tinha graça nem beleza aos nossos olhos, – O seu aspecto o nosso amor em nada excita.
Foi desprezado, como o último dos homens, – Homem de dores, experimentado nos sofrimentos; – Como aqueles, diante dos quais se esconde o rosto, – Foi desprezado, e não víamos seus lamentos.
Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, – Com todas as nossas dores foi carregado; – E nós pensávamos que fosse um castigado, – Um homem ferido por Deus e humilhado.
Mas foi ferido por causa dos nossos pecados, – Por causa de nossos crimes foi despedaçado; – O castigo que nos daria a paz caiu sobre Ele, – Por causa de suas Chagas nós fomos curados.
Andávamos desgarrados como ovelhas, – Cada um seguia sua própria estrada; – O Senhor colocou sobre os seus ombros – Todas as nossas iniquidades pesadas.
Foi maltratado e, resignado, não abriu a boca, – Como uma ovelha ao matadouro levada, – Como um cordeiro diante do que o tosquia, – Mesmo sofrendo, em silêncio, não reclamava.
Foi arrebatado por um juízo iníquo. – E quem dos seus pensou em o defender, – Quando era arrancado da terra dos vivos, – E pelas iniquidades do povo ia morrer?
Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, – E, na sua morte, foi posto entre os malfeitores, – Embora nunca tenha cometido iniquidade, – E nunca tenha sido como os pecadores.
O Senhor quis consumi-lo em sofrimentos: – Mas quando tiver Se oferecido pelo pecado, – Verá uma descendência perdurável, – E que a vontade do Senhor tem prosperado.
Livrado dos sofrimentos da sua alma, – Verá, e o que vir saciará a sua vontade. – Este mesmo Justo, meu Servo, diz o Senhor, – Justificará muitos, tomando sobre si a iniquidade.
Por isso, receberá multidões e seus despojos, – Porque entregou a sua própria vida morrendo – E foi posto no número dos malfeitores, – Carregando os pecados e pelos pecadores intercedendo.