Comunhão dos Enfermos

COMUNHÃO DOS ENFERMOS
(Rit. Rom., tit. V, cap. IV)
Entrando no lugar onde se encontra o enfermo, o sacerdote diz:
V. Pax huic dómui. | V. A paz esteja nesta casa. |
R. Et ómnibus habitántibus in ea. | R. E com todos os seus moradores. |
Depois de pousar o Santíssimo Sacramento sobre a mesa, no corporal, adora-o, fazendo genuflexão, enquanto todos ficam de joelhos. Retira o véu de ombros, pega a água benta e asperge o enfermo e o quarto, dizendo:
Antífona
Aspérges me, Dómine, hyssópo, et mundábor: lavábis me, et super nivem dealbábor. | Aspergi-me, Senhor, e serei limpo, lavai-me e serei mais branco do que a neve. |
Salmo 50,3
Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam. | Tende piedade de mim, ó Deus, na vossa grande bondade. |
V. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto. | V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. |
R. Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen. | R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. |
Repete-se a antífona:
Aspérges me, Dómine, hyssópo, et mundábor: lavábis me, et super nivem dealbábor. | Aspergi-me, Senhor, e serei limpo, lavai-me e serei mais branco do que a neve. |
Repetida a antífona, diz:
V. Adjutórium nostrum in nómine Dómini. | V. A nossa proteção está no nome Senhor. |
R. Qui fecit cælum et terram. | R. Que fez o céu e a terra. |
V. Dómine, exáudi oratiónem meam. | V. Ouvi, Senhor, minha oração. |
R. Et clamor meus ad te véniat | R. E chegue a vós meu clamor. |
V. Dóminus vobíscum. | V. O Senhor esteja convosco. |
R. Et cum spíritu tuo. | R. E com teu espírito. |
Orémus. Exáudi nos, Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus: et míttere dignéris sanctum Angelum tuum de cælis, qui custódiat, fóveat, prótegat, vísitet atque deféndat omnes habitantes in hoc habitáculo. Per Christum Dóminum nostrum. R. Amen. |
Oremos. Ouvi-nos, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, e dignai-vos mandar do céu o vosso santo anjo, para que ele guarde, ajude, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta casa. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amém. |
Depois disto, o sacerdote aproxima-se do enfermo, para saber se está disposto a receber o sagrado Viático. Se quiser confessar-se, atende-o e absolve-o. Convém que já se tenha confessado antes, a não ser que uma necessidade premente não o permita.
A seguir, o enfermo mesmo, ou outro no lugar dele, reza o Confiteor.
Confiteor Deo omnipotenti, Beatæ Mariæ semper Virgini, Beato Michaëli Archangelo, Beato Ioanni Baptistæ, Sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. | Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos, porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. |
Ideo precor Beatam Mariam semper Virginem, Beatum Michaëlem Archangelum, Beatum Ioannem Baptistam, Sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. | Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor. |
O sacerdote acrescenta (no singular):
Misereátur tui omnípotens Deus et dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam. R. Amen. | O Deus todo-poderoso tenha compaixão de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna. R. Amém. |
Indulgéntiam, absolutiónem, ✠ et remissiónem peccatórum tuórum tríbuat tibi omnípotens et miséricors Dóminus. R. Amen. | O Senhor todo-poderoso e cheio de misericórdia te conceda a indulgência, ✠ e a remissão dos teus pecados. R. Amém. |
Se administrar a Comunhão a mais enfermos ao mesmo tempo e no mesmo quarto, o sacerdote dirá essas fórmulas no plural.
Genuflete, tira- a sagrada hóstia da teca, eleva-a e mostra-a ao enfermo, dizendo:
Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccáta mundi. | Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira os pecados do mundo. |
E, como de costume, acrescenta-se por três vezes:
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum, sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea. | Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva. |
Essas palavras pode dizê-las o enfermo sozinho ou junto com o sacerdote, ao menos uma vez. Se não puder, o sacerdote as pronuncia.
O sacerdote dá então a Comunhão ao enfermo, dizendo:
Accípe, frater (soror), Víaticum Córporis Dómini nostri Jesu Christi, qui te custódiat ab hoste malígno, et perdúcat in vitam ætérnam. Amen | Recebe, irmão (irmã), o Viático do Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo, para que ele te proteja contra o inimigo maligno e te conduza à vida eterna. Amém. |
Se a Comunhão não for dada como Viático, sacerdote dirá no modo ordinário:
Córpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen. | O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém. |
Se a morte estiver iminente e houver perigo na demora, omitem-se as orações precedentes, dizendo-se logo: Misereátur, etc., e administra-se imediatamente o Viático.
Depois o sacerdote purifica em silêncio os dedos no vaso contendo água, e limpa-os com o sanguinho. A água da ablução será oportunamente deitada na piscina, ou, na falta desta, no fogo. Então diz:
V. Dóminus vobíscum. | V. O Senhor esteja convosco. |
R. Et cum spíritu tuo. | R. E com teu espírito. |
Por um ou por uma
Orémus. Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus, te fidéliter deprecamur, ut accipiénti fratri nostro (soróri nostræ) sacrosánctum Corpus Dómini nostri Jesu Christi Fílii tui, tam córpori, quam ánimæ prosit ad remédium sempitérnum: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæulórum. R. Amen. |
Oremos. Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, cheios de confiança vos pedimos que o Corpo sagrado de Jesus Cristo, vosso Filho e nosso Senhor, recebido em Comunhão por nosso irmão (nossa irmã), lhe seja, tanto para o corpo como para a alma, um remédio de eternidade. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. R. Amém. |
Por vários.
Orémus. Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus, te fidéliter deprecamur, ut accipiéntibus frátribus (soróribus) nostris sacrosánctum Corpus Dómini nostri Jesu Christi Fílii tui, tam córpori, quam ánimæ prosit ad remédium sempitérnum: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæulórum. R. Amen. |
Oremos. Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, cheios de confiança vos pedimos que o Corpo sagrado de Jesus Cristo, vosso Filho e nosso Senhor, recebido em Comunhão por nossos irmãos (nossas irmãs), lhe sejam, tanto para o corpo como para a alma, um remédio de eternidade. Pelo mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor. R. Amém. |
Se administrar a Comunhão a mais enfermos ao mesmo tempo e no mesmo quarto, o sacerdote dirá essa oração no plural.
Terminada a Comunhão, se sobraram partículas (deveriam sobrar sempre, a não ser que motivos razoáveis o desaconselhem), o sacerdote toma o véu de ombros, genuflete, levanta-se, e com a âmbula coberta com o véu de ombros, abençoa o enfermo, sem dizer nada. A seguir, levando reverentemente a âmbula, regressa à igreja como viera. Vai rezando o salmo 148, Louvai ao Senhor pelos céus, etc., e outros salmos ou hinos, conforme o tempo à disposição.
Chegado à igreja, põe a âmbula sobre o altar, genuflete, e diz:
V. Panem de cælo præstitísti eis. | V. Do céu lhes destes o pão. |
No tempo pascal e na festa do Corpo de Deus, acrescenta Aleluia.
R. Omne delectaméntum in se habéntem. | R. Que contém todo o sabor. |
No tempo pascal e na festa do Corpo de Deus, acrescenta Aleluia.
V. Dóminus vobíscum. | V. O Senhor esteja convosco. |
R. Et cum spíritu tuo. | R. E com teu espírito. |
Orémus. Deus, qui nobis sub Sacraménto mirábili passiónis tuæ memóriam reliquísti: tríbue, quǽsumus; ita nos Córporis et Sánguinis tui sacra mystéria venerári, ut redemptiónis tuæ fructum in nobis júgiter sentiámus: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. R. Amen. |
Oremos. Deus, que neste admirável Sacramento nos deixastes o memorial da vossa Paixão, concedei-nos tal veneração pelos sagrados mistérios do vosso Corpo e do vosso Sangue, que experimentemos sempre em nós a sua eficácia redentora. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. R. Amém. |
Cobre a âmbula com as extremidades do véu de ombros, abençoa com ela o povo, em silêncio. Por fim, repõe a âmbula no sacrário.
Caso não sobrarem partículas, o sacerdote dá simplesmente a bênção sacerdotal ao enfermo, depois de ter recitado as orações, dizendo:
Benedíctio Dei omnipoténtis, Patris, et Fílii, ✠ et Spíritus Sancti, descéndat super te (vos) et máneat semper. R. Amen. | A bênção de Deus todo-poderoso, Pai e Filho ✠ e Espírito Santo desça sobre ti (vós) e permaneça para sempre. R. Amém. |

