Oratório São José

Absolvição dos Fiéis Defuntos

Ritual Sacramentos

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A absolvição dos Defuntos é uma piedosa cerimônia na qual a Igreja pede a Deus o perdão dos pecados das almas dos fiéis defuntos, já que ela mesma não pode perdoá-las, pois estão fora de sua jurisdição. Constitui, portanto, esta cerimônia um sacramental muito edificante para os vivos e muitíssimo salutar para os mortos.

A absolvição dos Defuntos é obrigatória nas exéquias, quer o cadáver esteja presente fisicamente, quer moralmente. Pode-se dar a absolvição, ainda que seja cantada, depois de qualquer Missa de Requiem, mesmo rezada (D. 4215). Deve ser dada pelo mesmo sacerdote que celebrar a Missa, acolitado pelos mesmos Ministros, a não ser que o Bispo diocesano a queira dar (D. 3029, 10; 3798, 2; Cfr. Epkem. Lit., 1932, p. 111). É proibido dar a absolvição depois duma Missa que não seja de Requiem (D. 2186; 3014, 1). Mas pode dar-se, independentemente da Missa, a qualquer hora do dia, exceto nas festas de 1 classe (D. 3780, 4183), por qualquer sacerdote, revestido de sobrepeliz e estola e pluvial preto, em assistência de Ministros sagrados. A absolvição pode ser sobre o cadáver, sobre a essa, ou sobre um pano preto.

A seguir as orações que devem ser ditas nesta absolvição no dia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos.

 

Rito da Absolvição dos Defuntos

No dia da Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos

Terminada a Missa, omitido o Último Evangelho, o celebrante, deposta a casula e o manípulo in plano no lado da Epístola, se reveste com pluvial preto. Diante do Catafalco ou simples pano preto, e tendo o livro aberto diante do celebrante (omitida a oração Non intres), os Cantores iniciam o Responsório:

Repete-se o Líbera me até ao versíulo V. Tremens.

Tradução do Líbera me: Livrai-me, Senhor, da morte eterna nesse dia de terror, * quando o céu e a terra serão abalados, * quando vierdes julgar o mundo pelo fogo. Ponho-me a tremer e encho-me de medo, ao ver chegar o juízo e a cólera que se aproximam, * quando o céu e a terra serão abalados. Dia de cólera, esse dia, de calamidade e de miséria; o grande dia, cheio de amargura! * Quando vierdes julgar o mundo pelo fogo. V. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno. R. E para sempre brilhe sobre eles a vossa luz.

 

Enquanto se repete o Responsório, o Sacerdote, impõe o incenso no turíbulo, benzendo-o como de costume. Terminado o Responsório:

E todos continuam em silêncio o Pai Nosso.

Enquanto isso, o Sacerdote recebe o aspersório de água benta e, o ministro acompanhando-o à direita e levantando a borda frontal da capa, circunda o catafalco e asperge-o com água benta, três vezes no lado esquerdo e três vezes no direito. Quando ele passa diante do altar e diante da cruz se inclina profundamente, o ministro faz genuflexão. Então, retornando ao seu lugar, ajudado pelo ministro, o Sacerdote pega o turíbulo e, da mesma forma que havia aspergido, circunda o catafalco e incensa-o; depois, tendo devolvido o turíbulo, de pé em seu lugar, o ministro segurando o livro aberto diante dele, o Sacerdote diz com as mãos unidas:

V. Et ne nos inducas in tentationem. V. Não nos deixeis cair em tentação.
R. Sed libera nos a malo. R. Mas livrai-nos do mal.
V. A porta inferi. V. Do poder do inferno.
R. Erue, Dómine, animas eorum. R. Livrai, Senhor, a sua alma.
V. Requiescant in pace. V. Descanse em paz.
R. Amen. R. Amém.
V. Domine, exaudi orationem meam. V. Ouvi, Senhor, minha oração.
R. Et clamor meus ad te veniat. R. E chegue a vós meu clamor.
V. Dominus vobiscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com teu espírito.

Oremus.

Absolve, quaesumus, Dómine, animas famulorum famularumque tuarum ab omni vínculo delictorum: ut, in resurrectionis gloria, inter Sanctos et electos tuos resuscitatae respirent. Per Christum Dóminum nostrum.

 

Oremos.

Absolvei, Senhor, a alma dos vossos servos e das vossas servas de todos os laços do pecado, a fim de que, na ressurreição gloriosa, entre os vossos Santos e eleitos, possam eles ressuscitados em seus corpos, de novo respirar. Por Cristo, nosso Senhor.

R. Amen. R. Amém.

Depois, fazendo o sinal da Cruz sobre o catafalco, o Sacerdote diz:

V. Requiem aeternam dona eis, Domine. V. Dai-lhes, Senhor, o descanso eterno.
R. Et lux perpetua luceat eis. R. E para sempre brilhe sobre eles a vossa luz.

Depois, os Cantores cantam:

 

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