SANTO ESTEVÃO (02/09)

SANTO ESTEVÃO, Rei e Confessor – 3ª classe
“Libertadores” das nações – Bispos e padres aceitaram uma morte cruel para salvar a fé católica em França, ameaçada pela Constituição civil do Clero. E para salvar a Europa ameaçada pelo Islão, Deus levantou um rei e um santo, Estêvão da Hungria, que no século X, depois de fazer-se apóstolo de seu povo, deu-lhes uma organização cristã. Recebeu a dignidade real da Santa Sé, colocou uma cruz na sua coroa e consagrou o seu país a Nossa Senhora da Assunção.
O santo rei – As nações, como os indivíduos, devem cumprir uma missão na história e, para não falharem na sua missão, tiram da sua fé a coragem necessária. Ao distanciar-se da cismática Bizâncio, Estêvão garantiu ao seu país nove séculos de prosperidade e tranquilidade para a Europa.
De fato, foi em Budapeste, “onde graças à coragem das tropas magiares, treinadas para a defesa da civilização cristã, a horda invasora de infiéis foi derrotada; ali o orgulhoso crescente caiu para trás, derrotado, diante da cruz de Cristo Redentor.”[1] Estêvão levou uma vida pura e penitente como São Luís, rei da França, levaria mais tarde; amou os pobres e cuidou dos doentes, fez justiça aos humildes, construiu igrejas e mosteiros; ele professou fervorosa devoção à Santíssima Virgem.
“Ele é Santo Estêvão, escreveu Pio XI, o exemplo perfeito do príncipe cristão e é justamente invocado como proteção e glória do povo húngaro. Com efeito, não só lhe ensinou, através da prática da verdadeira religião, os meios para alcançar a salvação eterna, mas também o elevou e enobreceu através da cultura humana e civil. Daí vem, além de outras vantagens e distinções, aquele grande número de homens famosos que ilustraram o seu país com a honestidade da sua vida, com a sua sabedoria nas artes e nas letras e com outras obras.”[2]
Lealdade à Igreja – O Santo Rei queria receber sua coroa do Papa Silvestre II. Só a fúria das lojas maçônicas conseguiu arrebatar esta coroa ao seu virtuoso sucessor, e ser hoje a causa das tristes consequências que todos conhecemos muito bem.
Neste momento, a Igreja é perseguida; a escola é nacionalizada e o ensino cristão não é mais ministrado com a liberdade de outros tempos; há bispos e muitos padres presos pelo único crime de terem proclamado os direitos da consciência e da Igreja e de terem defendido a sua liberdade ameaçada. Mas, se os tempos são tristes para aquele infeliz país, não devemos esquecer que a Igreja tem palavras de vida eterna, que os sacrifícios realizados com tanto heroísmo não podem ficar sem frutos e que Deus trará dias de glória e de paz à Hungria. que mais uma vez deve derrotar o inimigo de Deus, pela sua perseverança e pela sua fidelidade a Deus e à Igreja.
Rezemos a Oração da Missa por toda a Igreja, mas de modo especial pela Hungria:
Ó Deus onipotente, nós Vos rogamos, concedei à Vossa Igreja que, assim como teve como propagador o Vosso Bem-aventurado Estêvão, Vosso Confessor, enquanto reinava na terra, assim o tenha como glorioso defensor no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.
(GUERANGER, Dom Prospero. El Año Litúrgico: tomo V, ano 1954, pp. 320-323)
[1] Discurso do Cardeal Pacelli em Budapeste, em 25 de maio de 1938.
[2] Carta “Praeclara Hungarorum” de 12 de maio de 1938.

