DEDICAÇÃO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES (05/08)

DEDICAÇÃO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DAS NEVES – 3ª classe

Maria é Mãe de Deus.

“Em Roma, no Monte Esquilino, Dedicação da Basílica de Santa Maria das Neves”. Esta basílica, uma das mais importantes de Roma, é um santuário que muito interessa à piedade da Igreja Romana. A dedicação de uma catedral ou igreja paroquial continua sendo uma celebração local; a dedicação das igrejas-mãe do cristianismo (a de Latrão, de São Pedro, de São Paulo, de Santa Maria Maior) é celebrada, pelo contrário, em todo o universo, como sinal da comunhão de todos os fiéis com Roma. Santa Maria Maior é uma das grandes estações do calendário litúrgico onde visitamos várias vezes por ano em pensamento (no Natal, na Páscoa, nas quartas-feiras dos Quatro Tempos)

Este santuário, originalmente chamado Basílica Sicinini, remonta à era Constantiniana. A história da sua fundação baseia-se numa legenda da qual não se encontram vestígios anteriores à Idade Média.

Eis os episódios segundo o breviário: “Sob o pontificado do Papa Libério (352-366), o patrício romano João e sua esposa, ambos sem filhos, decidiram dar a sua herança à Santíssima Virgem, implorando-lhe ardentemente que fizesse conscientes, de uma forma ou de outra, em que trabalho piedoso deveriam usar suas riquezas. Maria ouviu a oração deles e respondeu com um milagre.

No dia 5 de agosto, na época do grande calor de Roma, parte do Monte Esquilino ficou coberta de neve durante a noite. Naquela mesma noite, os piedosos esposos tiveram um sonho durante o sono, e a Mãe de Deus advertiu-os separadamente para construírem uma igreja dedicada a ela no lugar que veriam coberto de neve: assim ela queria ser estabelecida sua herdeira.

O patrício João relatou o assunto ao Papa Libério, que teve a mesma visão. Ele então foi em procissão, acompanhado pelo seu clero e pelo povo, até a colina coberta de neve, e determinou a localização da igreja ali.

A basílica foi reconstruída sob o pontificado de Sisto III (431-440) que a dedicou (432) a Maria, cujo título de Mãe de Deus acabava de ser proclamado pelo Concílio de Éfeso (431). A abside e as paredes do novo edifício foram decoradas com mosaicos representando a vida do Salvador.

No final do século IV, ali foi construída uma gruta à imagem da Gruta de Belém; daí o nome Santa Maria do Presépio que também lhe é dado. Foi Belém que os fiéis de Roma acreditaram encontrar neste templo. É também chamada de: Basílica da Libéria (do nome do papa que a construiu), Santa Maria Maior (devido à sua importância) e Santa Maria das Neves (de acordo com a legenda de sua origem).

(Dom Pius Parsch, Le guide dans l’année liturgique)