Oratório São José

Unção dos Enfermos

Ritual Sacramentos

0:00

UNÇÃO DOS ENFERMOS

(Rit. Rom., tit. VI, cap. II)

O sacerdote que vai administrar o sacramento da Unção dos enfermos cuide que na casa do enfermo, na medida do possível, se preparem: uma mesa coberta com toalha branca; um pratinho com seis bolas de algodão ou coisa semelhante, para enxugar as partes ungidas; miolo de pão para purificar os dedos; água para lavar as mãos do sacerdote; uma vela de cera. Cuide também que este sacramento seja administrado com o maior asseio e decoro possível.

Da igreja traz-se uma cruz sem haste, a água benta, o aspersório e o ritual. Todas estas coisas poderão ser levadas por ajudantes (ao menos um acólito) que acompanhem o sacerdote. Este pega dignamente o vaso do santo óleo dos enfermos e o levará numa bolsa de seda roxa, com cuidado, para não se derramar se o caminho for longo ou querendo evitar qualquer perigo de derramamento, põe a bolsa suspensa do pescoço, para ser levada mais cômoda e seguramente. Na ida para a casa do enfermo não se toca campainha.

O sacerdote, ao entrar no aposento onde se encontra o enfermo, diz:

V. Pax huic dómui. V. A paz esteja nesta casa.
R. Et ómnibus habitántibus in ea. R. E com todos os seus moradores.

Depõe o santo óleo na mesa. Reveste a sobrepeliz e a estola roxa. Dá a cruz a beijar ao doente. Asperge-o com água benta em forma de cruz. Asperge também o aposento e os assistentes, dizendo:

Antífona

Aspérges me, Dómine, hyssópo, et mundábor: lavábis me, et super nivem dealbábor. Aspergi-me, Senhor, e serei limpo, lavai-me e serei mais branco do que a neve.

Salmo 50,3

Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam. Tende piedade de mim, ó Deus, na vossa grande bondade.
Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Repete-se a antífona:

Aspérges me, Dómine, hyssópo, et mundábor: lavábis me, et super nivem dealbábor. Aspergi-me, Senhor, e serei limpo, lavai-me e serei mais branco do que a neve.

Se o enfermo quiser confessar-se, atende-o e absolve-o. Depois, se houver tempo, explica-lhe a virtude e a eficácia deste sacramento, consola-o e anima-o, avivando na sua alma a esperança da vida eterna.

Depois diz:

V. Adjutórium nostrum in nómine Dómine. V. A nossa proteção está no nome do Senhor.
R. Qui fecit cælum et terram. R. Que fez o céu e a terra.
V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com teu espírito.

Orémus.

Intróeat, Dómine Jesu Christe, domum hanc sub nostræ humilitátis ingréssu, ætérna felícitas, divína prospéritas serena lætítia, cáritas fructuósa, sánitas sempitérna: effúgiat ex hoc loco accéssus dæmonum: adsint Angeli pacis, domúmque hanc déserat omnis malígna discórdia. Magnífica, Dómine, super nos nomen sanctum tuum; et bénedic nostræ conversatióni: sanctífica nostræ humilitátis ingréssum qui sanctus et qui pius es, et pérmanes cum Patre et Spíritu Sancto in sǽcula sæculórum. R. Amen.

Oremos.

Senhor Jesus Cristo, fazei entrar nesta casa, juntamente com a nossa humilde visita, a felicidade sem fim, as bênçãos divinas, a alegria serena, a caridade benfazeja, a saúde duradoura. Deste lugar se retirem os demônios, e venham os anjos portadores da paz. Desapareça desta casa toda discórdia maligna. Manifestai, Senhor, em nós o poder do vosso santo nome e abençoai a nossa presença. Santificai esta nossa humilde visita, vós, que sois santo e bom, e que viveis pelos séculos dos séculos. R. Amém.

Orémus, et deprecémur Dóminum nostrum Jesum Christum, ut benedicéndo benedícat hoc tabernaculum, et omnes habitántes in eo, et det eis Angelum bonum custodem et fáciat eos sibi servíre ad considerándum mirabília de lege sua: avértat ab eis omnes contrárias potestátes: erípiat eos ab omni formidíne, et ab omni perturbatióne, ac sanos in hoc tabernáculo custodíre dignétur: Qui cum Patre et Spíritu Sancto vivit et regnat Deus in sǽcula sæculorum. R. Amen. Oremos e peçamos a nosso Senhor Jesus Cristo que cumule de bênçãos esta casa, assim como a todos os que nela habitam. Que ele os confie à guarda do anjo bom e os faça fiéis ao seu serviço, atentos às maravilhas da sua lei. Afaste deles todas as potências inimigas, liberte-os de temores e inquietudes, e guarde-os com saúde nesta casa. Ele, que vive e reina com o Pai e o Espírito Santo, Deus, pelos séculos dos séculos. R. Amém.

Orémus.

Exáudi nos, Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus: et míttere dignéris sanctum Angelum tuum de cælis, qui custódiat, fóveat, prótegat, vísitet atque deféndat omnes habitántes in hoc habitáculo. Per Christum Dóminum nostrum. R. Amen.

Oremos.

Ouvi-nos, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, e dignai-vos mandar do céu o vosso santo anjo, para que ele guarde, ajude, proteja, visite e defenda todos os que moram nesta casa. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amém.

Estas orações, em caso de urgência, podem ser omitidas no todo ou em parte.

Depois se faz a confissão geral, rezando o Confiteor:

Confiteor Deo omnipotenti, Beatæ Mariæ semper Virgini, Beato Michaëli Archangelo, Beato Ioanni Baptistæ, Sanctis Apostolis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quia peccavi nimis cogitatione, verbo et opere: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos, porque pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor Beatam Mariam semper Virginem, Beatum Michaëlem Archangelum, Beatum Ioannem Baptistam, Sanctos Apostolos Petrum et Paulum, et omnes Sanctos, orare pro me ad Dominum Deum nostrum. Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, e a todos os Santos que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.

E o sacerdote diz no singular:

Misereátur tui omnípotens Deus et dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam. R. Amen. O Deus todo-poderoso tenha compaixão de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna. R. Amém.
Indulgéntiam, absolutiónem, et remissiónem peccatórum tuórum tríbuat tibi omnípotens et miséricors Dóminus. R. Amen. O Senhor todo-poderoso e cheio de misericórdia te conceda a indulgência, e a remissão dos teus pecados. R. Amém.

Antes de começar a unção do enfermo, o sacerdote convida os presentes a rezarem pelo doente, acompanhando as orações da Igreja, enquanto o sacerdote administra o Sacramento da Unção.

Estendendo a mão direita sobre a cabeça do enfermo, diz:

In nómine Patris, et Fílii, et Spíritus Sancti, exstinguátur in te omnis virtus diáboli per impositiónem mánuum nostrárum, et per invocatiónem gloriósæ et sanctæ Dei Genetrícis Vírginis Maríæ, ejúsque íncliti Sponsi Joseph, et ómnium sanctórum Angelórum, Archangelórum, Patriarchárum, Prophetárum, Apostolórum, Mártyrum, Confessórum, Vírginum, atque ómnium simul Sanctórum. R. Amen. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, extinga-se em ti toda ação do demônio pela imposição de nossas mãos e pela invocação da gloriosa e santa Mãe de Deus, a Virgem Maria, do seu admirável esposo São José, e de todos os santos anjos e arcanjos, patriarcas e profetas, apóstolos e mártires, confessores da fé e santas virgens, e de todos os santos. R. Amém.

Unção dos enfermos

Umedece o polegar no santo óleo, unge o enfermo em forma de cruz nas partes do corpo abaixo indicadas, empregando as fórmulas correspondentes.

O sacerdote, depois de cada unção, enxuga as partes ungidas, usando cada vez nova bola de algodão. Deposita o algodão num recipiente, limpo e o leva depois à igreja, para ser queimado, deitando as cinzas na piscina.

Nos olhos:

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per visum deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pela vista. Amém.

Nos ouvidos:

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per audítum deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pelo ouvido. Amém.

Nas narinas:

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per odorátum deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pelo olfato. Amém.

Nos lábios:

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per gustum et locutiónem deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pelo paladar e pela palavra. Amém.

Se o enfermo for sacerdote, unge-se o dorso das mãos e não as palmas.

Nas mãos (nos leigos, nas palmas das mãos):

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per tactum deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pelo tato. Amém.

Nos pés:

(Por um motivo razoável, pode-se omitir esta unção)

Per istam sanctam Unctiónem, et suam piíssimam misericórdiam, indúlgeat tibi Dóminus quidquid per gressum deliquísti. Amen. Por esta santa unção e sua piíssima misericórdia, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste pelos teus passos. Amém.

______________________________________________________

Em caso de necessidade, é suficiente uma única unção num dos sentidos, ou melhor, na fronte, com esta fórmula mais breve:

Per istam sanctam Unctiónem indulgeat tibi Dóminus quidquid deliquísti. Amen. Por esta santa unção, o Senhor te perdoe todos os pecados que cometeste. Amém.

Fica, porém, a obrigação de suprir as unções omitidas quando o perigo cessar.

______________________________________________________

Depois o sacerdote esfrega o polegar com miolo de pão, lava as mãos e enxuga-as com uma toalha. A água da ablução e o pão serão colocados oportunamente na piscina ou, não havendo esta, serão lançados no fogo.

O sacerdote diz:

Kýrie, eleíson. Senhor, tende piedade de nós.
Christe, eleíson. Cristo, tende piedade de nós.
Kýrie, eleíson. Senhor, tende piedade de nós.

Pater noster (secreto) Pai nosso (em voz baixa)
V. Et ne nos indúcas in tentatiónem. V. Não nos deixeis cair em tentação.
R. Sed líbera nos a malo. R. Mas livrai-nos do mal.
V. Salvam (am) fac servum tuum (ancíllam tuam). V. Protegei, Senhor, o vosso servo (a vossa serva).
R. Deus meus, sperántem in te. R. Que espera em vós, meu Deus.
V. Mítte ei, Dómine, auxílium de sancto. V. Senhor, enviai-lhe socorro.
R. Et de Sion tuére eum (eam). R. E de Sião protegei-o (a).
V. Esto ei, Dómine, turris fortitúdinis. V. Senhor, sede para ele (ela) uma fortaleza invencível.
R. A fácie inimíci. R. Um refúgio contra o inimigo.
V. Nihil profíciat inimícus in eo (ea). V. Nenhum mal lhe faça o inimigo.
R. Et fílius iniquitátis non appónat nocére ei. R. Nenhum dano lhe cause o demônio.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam. V. Ouvi, Senhor, minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat. R. E chegue a vós meu clamor.
V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com teu espírito.

Orémus.

Dómine Deus, qui per Apóstolum tuum Jacóbum locútus es: Infirmátur quis in vobis? Indúcat presbýteros Ecclésiæ et orent super eum, ungéntes eum oleo in nómine Dómini: et orátio fídei salvábit infírmum, et alleviábit eum Dóminus: et si in peccátis sit, remitténtur ei; cura, quǽsumus, Redémptor noster, grátia Sancti Spíritus languóres istius infírmi (infírmæ), ejúsque as-na vúlnera, et dimítte peccáta, atque dolóres cunctos mentis et córporis ab eo (ea) expélle, plenámque intérius et extérius sanitátem misericórditer redde, ut, ope misericórdiæ tuæ restitútus (a), ad prístina reparétur offícia: Qui cum Patre et eódem Spíritu Sancto vivis et regnas Deus, in sǽcula sæculórum. R. Amen.

Oremos.

Senhor Deus, dissestes pelo vosso apóstolo Tiago: “Algum de vós está enfermo? Chame os presbíteros da Igreja, para que rezem por ele, ungindo-o com o óleo em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o enfer-mo, e o Senhor lhe dará alívio, e, se esti-ver em pecado, rece-berá perdão”. Curai, Redentor nosso, pela graça do Espírito Santo, os males deste enfermo (desta enferma). Livrai-o (a) dos seus males, perdoai os seus pecados e expulsai tudo aquilo que o (a) possa afligir, tanto no espírito como no corpo.  Devolvei-lhe, por vossa misericórdia, a saúde, tanto no interior quanto no exterior, a fim de que, restabelecido (a) por vossa bondade, possa retomar os seus trabalhos habituais. Nós vo-lo pedimos a vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. R. Amém.

Orémus.

Respíce, quǽsumus, Dómine, fámulum tuum N. (fámulam tuam N.) in infirmitáte sui córporis fatiscéntem, et ánimam réfove, quam creásti; ut, castigatiónibus emendatus (a), se tua séntiat medicína salvátum (am). Per Christum Dóminum nostrum. R. Amen.

Oremos.

Olhai, Senhor, este vosso servo (esta vossa serva), cujo corpo está prostrado pela enfermidade, e reconfortai a alma que criastes, a fim de que, purificado (a) pelo sofrimento, reconheça que ao vosso auxílio deve a sua cura. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amém.

Orémus.

Dómine sancte, Pater omnípotens, ætérne Deus, qui, benedictiónis tuæ grátiam ægris infundéndo corporibus, factúram tuam multíplici pietáte custódis: ad invocatiónem tui nóminis benígnus assíste; ut fámulum tuum (fámulam tuam) ab ægritúdine liberátum (am), et sanitáte donátum (am), déxtera tua érigas, virtúte confírmes, potestáte tueáris, atque Ecclésiæ tuæ sanctæ, cum omni desideráta prosperitáte, restítuas. Per Christum Dóminum nostrum. R. Amen.

Oremos.

Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, que, derramando sobre os corpos enfermos a graça da vossa bênção, conservais as vossas criaturas com toda a sorte de solicitude, acolhei, benigno, a invocação que fazemos do vosso santo nome, libertando da doença este vosso servo enfermo (esta vossa serva enferma) e restituindo-lhe a saúde. Estendei a vossa mão para erguê-lo (la), confortai-o (a) com o vosso auxílio, protegei-o (a) com o vosso poder  e, com toda prosperidade que se possa desejar, fazei que ele (ela) volte à vossa santa  assembleia. Por Cristo, nosso Senhor. R. Amém.

Por fim, conforme a condição do enfermo, dê-lhe salutares conselhos, confirmando-o para uma morte cristã e fortalecendo-o contra as tentações.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *