SÃO DOMINGOS SÁVIO (06/05)

SÃO DOMINGOS SÁVIO, Confessor – 3ª classe
Nascido em 2 de abril de 1842, no norte da Itália, na província de Turim, Domingos Sávio era o segundo de onze filhos de pais pobres, trabalhadoras e piedosos. Já desde a mais tenra idade, decidiu imitar fielmente Jesus Cristo, aproximando-se dele tanto quanto podia.
Desde cedo mostrou suas qualidades de liderança e um forte senso de dever. Dado à oração, tinha uma espiritualidade constante.
Depois que aprendeu a servir a Missa, ele estava lá todos os dias. Ao contrário do costume da época, recebeu a Primeira Comunhão aos sete anos de idade. Na ocasião, elaborou quatro resoluções para sua vida:
1ª – “Irei à Confissão e à Comunhão quantas vezes meu confessor permitir”;
2ª – “Santificarei de modo especial os domingos e dias santos”;
3ª – “Jesus e Maria serão meus amigos”;
4ª – “Antes a morte, mas não o pecado”. De fato, Domingos viveu de acordo com essas resoluções.
A escola que ele frequentava ficava a cinco quilômetros de casa, e ele tinha que ir e vir duas vezes por dia. A longa caminhada diária cobrou seu preço, trazendo-lhe algumas complicações na saúde.
Querido e respeitado por seus amigos, tinha um controle admirável sobre suas emoções e, embora pudesse ficar com raiva como qualquer um de seus companheiros, era capaz de se controlar na maioria das situações. Certa vez, acusado falsamente na escola de um delito grave por um colega, não se defendeu mesmo ao ser duramente repreendido pelo professor.
Em outubro de 1854, aos doze anos de idade, Domingos conheceu Dom Bosco que o recebeu entre os meninos do seu Oratório. Sob a direção pessoal do grande Santo salesiano, foi um verdadeiro apóstolo e missionário de Jesus, com a simples presença da sua vida.
Quem o conheceu durante a sua vida disse que não era pequeno de estatura, mas magro, quase frágil. Era humilde e respeitoso diante de todos e tinha a habilidade natural de apaziguar as discussões e as desavenças, que naquela época surgiam quase naturalmente entre os seus companheiros.
Com o dia da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, afirmou Dom Bosco, “Domingos fez progressos tão evidentes na virtude, que comecei a escrever tudo o que notava sobre ele.” O santo menino chegou a fundar uma companhia da Imaculada entre seus amigos, na qual os meninos deveriam crescer nas virtudes sob a proteção e exemplo de Nossa Senhora. Seu único interesse era Deus e o modo como fazer com que os outros concentrassem as suas energias para servi-Lo melhor. O método educativo Dom Bosco e seus Salesianos guiava Domingos e os demais jovens do Oratório, ajudando-os a se desenvolver e amadurecer. Aquilo que lhe faltava em força física, lhe sobrava em excelência moral, em fortaleza de coração e em aceitação da vontade de Deus, qualquer que esta fosse.
Durante os dois anos seguintes, Domingos cresceu em sua consciência do chamado de Deus à santidade. Ele já era muito piedoso, mas agora se tornou uma pessoa de oração. Com a saúde muito debilitada, teve que retornar à casa dos pais para se tratar.
Na manhã de sua saída do Oratório, Domingos fez o Exercício para uma boa Morte com seus companheiros. Ele viveu no Oratório por quase três anos, para sua grande alegria e edificação de seus companheiros e professores. Ele nunca mais voltaria.
Na casa dos pais, a saúde foi cada vez mais definhando. Várias vezes repetia: “Jesus, Maria, sempre serão meus amigos… a morte, mas não o pecado!”. Recebeu os últimos sacramentos piedosamente, com consciência clara e perfeita. Despediu-se dos pais e, dizendo “Que bela visão!”, morreu com um sorriso nos lábios, com apenas quinze anos de idade, no dia 9 de março de 1857.
Em 5 de março de 1950, o Papa Pio XII beatificou Domingos Sávio. Em 12 de junho de 1954, o Papa Pio XII canonizou Domingos Sávio, menino de 15 anos, mas de grande santidade.
“Como São Domingos Sávio, que todos sejam missionários do bom exemplo, da boa palavra, da boa ação em família, com os vizinhos e com os colegas de trabalho! Com efeito, em todas as idades pode-se e deve-se dar o testemunho de Cristo! O compromisso do testemunho cristão é permanente e quotidiano!”[1]
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, p. 193)
[1] São João Paulo II, Homilia de 7 de dezembro de 1997.

