SÃO BENTO II (08/05)

SÃO BENTO II, Papa e Confessor
O Papa São Bento II foi educado, desde criança, ao serviço da Igreja. Desde muito jovem distinguiu-se pelo conhecimento da Sagrada Escritura e do canto sagrado, pelos quais sentiu grande entusiasmo. Ele era romano de nascimento e participou do governo da Igreja, sob os papas Santo Agatão e São Leão II.
Após a morte deste último, no ano de 683, foi escolhido para sucedê-lo. As suas virtudes, a sua liberalidade e a sua inteligência tornaram-no especialmente adequado para essa mais elevada dignidade. Naquela época, ainda prevalecia o antigo costume do clero e do povo de Roma de eleger o Pontífice, com o consentimento do imperador.
Mas as viagens entre Roma e Constantinopla, necessárias para obter a sanção imperial, criaram grandes dificuldades e produziram longos atrasos; por isso passou um ano entre a data da morte de São Leão e a consagração de Bento II.
O novo Papa dedicou os seus esforços a fazer com que o imperador aceitasse que, a partir de agora, os votos do clero e do povo eram suficientes para eleger o Pontífice, e para eliminar a necessidade de sanção imperial ou delegar os seus poderes ao exarca de Itália. Embora Bento II tenha obtido a aprovação de Constantino IV, o caso da sanção imperial repetiu-se mais tarde na história.
O imperador professou tanta estima pelo Pontífice que lhe enviou mechas de cabelo dos seus dois filhos, Justiniano e Heráclio, para lhe mostrar, segundo o simbolismo da época, que os considerava filhos espirituais de Bento II. O Santo Pontífice fez tudo o que pôde para restituir Macário, o patriarca de Antioquia, deposto por heresia, à verdadeira fé.
No seu curto pontificado, que não durou mais de onze meses, o Papa restaurou várias igrejas em Roma. Ele também expressou seu interesse pela Igreja da Inglaterra, apoiando a causa de São Wilfrido de York. São Bento II morreu em 8 de maio de 685 e foi sepultado em São Pedro.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, pp. 241-242)

