Oratório São José

Segunda-feira da IV Semana da Quaresma (31/03)

Liturgia Diária

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Santa Missa Diária (31/03/2025)

Segunda-feira da IV Semana da Quaresma

III classe, paramentos roxos
Estação nos Santos Quatro Coroados

A Páscoa está próxima; os judeus estão se preparando para destruir o templo de Cristo. Quanto a Ele, anuncia sua Ressurreição. No século III, a Quaresma começava hoje. Isto ainda é claramente visível na Liturgia. O tema da Paixão definitivamente vem à tona. Há, nos textos, uma mudança de tom. A partir de agora, todos os Evangelhos (exceto quinta-feira) são retirados de São João. São João nos contará a história interior da Paixão: a luta das trevas contra a luz. Este é todo o tema do quarto Evangelho: “A luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a compreenderam” (na verdade, elas a combateram ferozmente). É o que São João nos explicará nos próximos dias. As leituras geralmente mostram imagens do Messias sofredor. Até nos cânticos a mudança é claramente visível. Até agora, era o derramamento da alma penitente, cheia de desejos ardentes e de alegria, o canto da comunidade fiel ou dos penitentes e catecúmenos; agora vemos Cristo sofrendo e ouvimos suas queixas. Quanto à Missa de hoje, tem-se a impressão de que, em seus principais pensamentos, foi copiada da de ontem. Na Epístola também se fala de duas mulheres, das quais apenas uma é a verdadeira mãe (a Igreja). O Evangelho começa da mesma forma, com ênfase: A Páscoa dos judeus estava próxima. A estação hoje é a Igreja dos Quatro Santos Coroados. O martirológio relata, a respeito deles, em 8 de novembro: “Em Roma, na Via Lavicana, a morte de quatro santos mártires, os irmãos Severo, Severiano, Carpóforo e Vitorino. Sob o imperador Diocleciano, eles foram espancados com varas de chumbo até a morte. Seus nomes não foram conhecidos até vários anos depois por revelação divina. Como, anteriormente, seus nomes não eram conhecidos, foi decidido celebrá-los todos os anos sob este título: Os Quatro Santos Coroados.” Essa maneira de designá-los foi preservada mesmo depois que seus nomes foram descobertos. A igreja na qual, desde Leão IV (847-855), são encontradas suas relíquias, que repousam sob o altar, é uma igreja titular muito antiga. É também nesta igreja que se conserva a cabeça de São Sebastião. Esta igreja foi restaurada diversas vezes ao longo dos tempos. No entanto, é “uma das mais interessantes e impressionantes entre as antigas igrejas da Cidade Eterna. Sua história pode ser traçada na própria construção, graças aos numerosos vestígios que foram preservados tanto no interior da igreja quanto no transepto. É um santuário muito piedoso, cheio de espírito religioso e propício à oração; é perfeitamente adequado para solenidades litúrgicas”.

 

(Procissão de Entrada: de pé)

ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR OU PREPARAÇÃO PÚBLICA

(Preparamos nossa alma pelo desejo e arrependimento)

 (Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)

V. In nómine Patris, ✠ et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.

Introíbo ad altáre Dei.

V. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Subirei ao altar de Deus.

R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam. R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.


Salmo 42, 1-5

O salmo Judica, em razão de seu caráter alegre, omite-se nas Missas de defunto e no tempo da Paixão.

V. Iúdica me, Deus, et discérne causam meam de gente non sancta: ab hómine iníquo et dolóso érue me. V. Julgai, ó Deus e separai minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, et quare tristis incédo, dum afflígit me inimícus? R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza, por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
V. Emítte lucem tuam et veritátem tuam: ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem sanctum tuum et in tabernácula tua. V. Enviai-me a Vossa luz e a Vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a Vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam. R. Subirei ao altar de Deus, do Deus que é a alegria da minha juventude.
V. Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me? V. A Vós louvarei ó Deus, meu Deus, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quóniam adhuc confitébor illi: salutáre vultus mei, et Deus meus. R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
V. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in saecula sæculórum. Amen. R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Introíbo ad altáre Dei. V. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam. R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.

Confissão

V. Adiutórium nostrum in nómine Dómini. V. O nosso auxílio está no nome do Senhor.
R. Qui fecit coelum et terram. R. Que fez o Céu e a Terra.
V. Confíteor Deo… V. Eu pecador…
R. Misereátur tui omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam. R. Que Deus onipotente Se compadeça de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna.
V. Amen. V. Amém.
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa. R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum. Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam. V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen. R. Amém.
V. Indulgéntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus. V. Indulgência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen. R. Amém.
V. Deus, tu convérsus vivificábis nos. V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætábitur in te. R. E o Vosso povo se alegrará em Vós.
V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam. V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
R. Et salutáre tuum da nobis. R. E dai-nos a Vossa salvação.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam. V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat. R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
V. Orémus. V. Oremos.

(de pé)

Este convite “Oremus” do sacerdote ao subir ao altar, é um convite para que o povo o acompanhe em orações. Deste modo, ao mesmo tempo em que vemos no altar o representante de Deus, temos no mesmo sacerdote o representante do povo fiel.

O sacerdote sobe ao altar, rezando em voz baixa:

Aufer a nobis, quǽsumus, Dómine, iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum puris mereámur méntibus introíre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen. Pedimos-Vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

E beija o altar, dizendo:

Orámus te, Dómine, per mérita Sanctórum tuórum, quorum relíquiæ hic sunt, et ómnium Sanctórum: ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen. Nós Vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de Vossos Santos, cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais Santos, Vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.

Saudar o altar com um beijo é reparar Jesus daquele beijo traidor de Judas, e representa a intimidade e proximidade do sacerdote ao saudar o povo.

 Primeira parte: Instrução ou Liturgia da Palavra

MISSA DOS CATECÚMENOS

Nesta primeira parte da Missa falamos a Deus por Jesus Cristo com o Introito, Kyrie, Glória e Coleta; e Deus nos fala pelas Leituras (Epístola e Evangelho) e pela homilia.

Introitus (Sl 53,3-5)

O Introito é um dos textos próprios para cada Missa. Como o nome já indica, aqui é que antigamente começava a Missa depois da procissão feita por todos os fiéis reunidos com o Papa. O introito é geralmente uma oração composta dum versículo de salmo, o qual se cantava antigamente inteiro com o Gloria Patri. Chama-se Introito porque era cantado durante a entrada do sacerdote. Com o introito inicia-se a Missa de fato, pois antes era apenas a preparação imediata.

Às primeiras palavras do Introito todos se benzem juntamente com o celebrante.

DEUS, in nómine tuo salvum me fac, et in virtúte tua líbera me: Deus, exáudi oratiónem meam: áuribus pércipe verba oris mei. PS. Quóniam aliéni insurrexérunt in me: et fortes quæsiérunt ánimam meam. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. DEUS, in nómine tuo salvum me fac, et in virtúte tua líbera me: Deus, exáudi oratiónem meam: áuribus pércipe verba oris mei. Ó DEUS, em vosso Nome, salvai-me, e por vosso poder libertai-me. Ó Deus, ouvi a minha oração; atendei às palavras de minha boca. SL. Porque estranhos se levantaram contra mim e poderosos querem tirar-me a vida. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. Ó DEUS, em vosso Nome, salvai-me, e por vosso poder libertai-me. Ó Deus, ouvi a minha oração; atendei às palavras de minha boca.

Kyrie

V. Kýrie, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison. R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison. R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Christe, eléison. V. Cristo, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison. R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison. R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison. V. Senhor, tende piedade de nós.


(de joelhos)

Colecta

A Colecta (Oração) é o segundo texto próprio de cada Missa. chama-se assim porque com essa oração o celebrante reúne todas as intenções dos fiéis presente com a oração da Igreja. Os pedidos da Coleta são sugeridos pela festa ou mistério do dia. Pode haver até três Coletas na Missa.

V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
Orémus. Oremos.
PRÆSTA, quǽsumus, omnípotens Deus: ut, observatiónes sacras ánnua devotióne recoléntes, et córpore tibi placeámus et mente. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. CONCEDEI-NOS, ó Deus onipotente, a graça de praticarmos anualmente estas santas observâncias com religiosa fidelidade e de Vos agradarmos corporal e espiritualmente. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

(sentado)

Epístola (1Rs 3,16-28)

Cada Missa possui sua leitura própria e, em algumas ocasiões, até várias leituras.

Léctio libri Regum.

IN diébus illis: Venérunt duæ mulíeres meretríces ad regem Salomónem, steterúntque coram eo, quarum una ait: «Obsecro, mi dómine: ego et múlier hæc habitabámus in domo una et péperi apud eam in cubículo. Tértia autem die postquam ego péperi, péperit et hæc: et erámus simul, nullúsque álius nobíscum in domo, excéptis nobis duábus. Mórtuus est autem fílius mulíeris hujus nocte: dórmiens quippe oppréssit eum. Et consúrgens intempéstæ noctis siléntio, tulit fílium meum de látere meo ancíllæ tuæ dormiéntis, et collocávit in sinu suo: suum autem fílium, qui erat mórtuus, pósuit in sinu meo. Cumque surrexíssem mane, ut darem lac fílio meo, appáruit mórtuus: quem diligéntius íntuens clara luce, deprehéndi non esse meum, quem genúeram.» Respondítque áltera múlier: «Non est ita, ut dicis, sed fílius tuus mórtuus est, meus autem vivit.» «E contrário» illa dicébat: «Mentiris: fílius quippe meus vivit, et fílius tuus mórtuus est.» Atque in hunc modum contendébant coram rege. Tunc rex ait: «Haec dicit Fílius meus vivit, et fílius tuus mórtuus est. Et ista respóndit: Non, sed fílius tuus mórtuus est, meus autem vivit.» Dixit ergo rex: «Affért mihi gládium.» Cumque attulíssent gládium coram rege: «Divídite inquit, infántem vivum in duas partes, et dat dimídiam partem uni, et dimídiam partem alteri.» Dixit autem múlier, cujus fílius erat vivus, ad regem (commóta sunt quippe víscera ejus super fílio suo): «Obsecro, dómine date illi infántem vivum, et nolíte interfícere dum.» «E contrário» illa dicebat: «Nec mihi nec tibi sit, sed dividátur.» Respóndit rex et ait: «Date huic infántem vivum, et non occidátur: hæc est enim mater ejus.» Audívit itaque omnis Israel judícium quod judicásset rex, et timuérunt regem, vidéntes sapiéntiam Dei esse in eo ad faciéndum judícium.

Leitura do primeiro livro dos Reis.

NAQUELES dias, duas mulheres de má vida vieram ao rei Salomão para submeterem-lhe uma causa. Uma das mulheres disse: “Desculpa-nos, Senhor! Esta mulher e eu habitamos na mesma casa; e dei à luz num quarto, junto dela. Três dias depois, teve também um filho. Estávamos as duas, e não havia ninguém mais em casa. Ora, o filho desta mulher morreu, quando ela dormiu, certa noite, em cima dele. Levantou-se então em plena noite, tirou o meu filho de junto de mim enquanto a tua serva dormia, e o deitou no seu colo; seu filho, que estava morto, ela o deixou sobre mim. De manhã, levanto-me para dar leite a meu filho: estava morto! Olhei-o bem na luz, e não era o meu filho, aquele que eu pusera no mundo!” A outra mulher disse: “Mentira! Meu filho está vivo, o teu é que está morto!” A primeira replicou: “Mentira! Teu filho está morto, o meu é que está vivo!” E discutiam assim diante do rei. Então o rei falou: “Uma diz: meu filho está vivo, o teu é que está morto; e a outra diz: não, o teu é que está morto, o meu está vivo!” Ele acrescentou: “Tragam-me uma espada!” Trouxeram a espada perante o rei; e o rei disse: “Parti em duas partes a criança viva: dai metade a uma e a outra metade a outra.” Mas a mulher cujo filho estava vivo voltou-se para o rei, pois seu coração se comovera por causa de seu filho e disse: “Por favor, meu Senhor, dá-lhe a criança viva; não a faças morrer!” Mas a outra dizia: “Não será meu nem teu. Seja dividido!” O rei retomou a palavra: “Dai àquela o menino vivo; não o façais morrer. Ela é a mãe verdadeira!” Israel inteiro soube deste julgamento que o rei fizera. E ficaram cheios de respeito pelo rei: viam que possuía uma sabedoria divina, para fazer justiça.

R. Deo grátias. R. Graças a Deus!

Gradual é o quarto texto próprio de cada Missa. De acordo com o tempo litúrgico pode-se acrescentar ou substituir o Gradual com o Tracto ou duplo Aleluia. São tipos de salmos com que a Igreja manifesta seus sentimentos. No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto. No Tempo Pascal, omite-se o Gradual, e dizem-se duplo Alleluia.

Graduale (Sl 30,3; 70,1)

ESTO mihi in Deum protectórem et in locum refúgii, ut salvum me fácias. V. Deus, in te sperávi: Dómine, non confúndar in ætérnum. SEDE, Senhor, o Deus que me protege, o lugar de refúgio que me salva. V. Em vós, Senhor, eu pus minha esperança; não serei confundido para sempre.

Tractus (Sl 102,10; 70,8-9)

DÓMINE, non secúndum peccáta nostra, quæ fécimus nos: neque secúndum iniquitátes nostras retribuas nobis. V. Dómine, ne memíneris iniquitátum nostrárum antiquárum: cito antícipent nos misericórdiæ tuæ, quia páuperes facti sumus nimis. SENHOR, não nos trateis segundo os pecados que cometemos, nem nos castigueis como merecem as nossas iniquidades. V. Senhor, não Vos recordeis de nossos antigos delitos. Venham depressa ao nosso encontro vossas misericórdias, porque fomos reduzidos à extrema miséria.
Aqui todos se ajoelham:
V. Adjuva nos, Deus salutáris noster: et propter glóriam nóminis tui, Dómine, líbera nos: et propítius esto peccátis nostris, propter nomen tuum. V. Ajudai-nos, ó Deus, salvação nossa, e para glória de vosso Nome, livrai-me, Senhor; e perdoai-nos os nossos pecados, para honra de vosso Nome.

 (de pé)

Evangelho (Jo 2,13-25)

O Evangelho da Missa, ao contrário do Último Evangelho, é próprio em cada Missa.

O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, reza em voz baixa:

Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíæ Prophétæ cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre, ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen. Purificai-me o coração e os lábios, ó Deus todo poderoso, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela Vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, para que possa anunciar dignamente o Vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Iube, Dómine, benedícere. Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis: ut digne et competénter annúntiem Evangélium suum. Amen. Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente anuncie o Seu Evangelho. Amém.

Depois diz em voz alta:

V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
Sequéntia sancti Evangélii secúndum Joánnem. V. Continuação do santo Evangelho segundo João.
R. Glória tibi, Dómine. R. Glória a Vós, Senhor.
IN illo témpore: Prope erat Pascha Judæórum, et ascéndit Jesus Jerosólymam: et invénit in templo vendéntes boves et oves et colúmbas, et nummulários sedéntes. Et cum fecísset quasi flagéllum de funículis, omnes ejécit de templo, oves quoque et boves, et nummulariórum effúdit æs et mensas subvértit. Et his, qui colúmbas vendébant dixit: «Auférte ista hinc, et nolíte fácere domum Patris mei domum negotiationis. Recordáti sunt vero discipuli ejus, quia scriptum est: «Zelus domus tuæ comédit me.»» Respondérunt ergo Judǽi, et dixérunt ei: «Quod signum osténdis nobis, quia hæc facis?» Respóndit Jesus et dixit eis: «Sólvite templum hoc et in tribus diébus excitábo illud.» Dixérunt ergo Judǽi: «Quadragínta et sex annis ædificátum est templum hoc, et tu in tribus diébus excitábis illud?» Ille autem dicébat de templo córporis sui. Cum ergo resurrexísset a mórtuis, recordáti sunt discípuli ejus, quia hoc dicébat, et credidérunt Scriptúrae, et sermóni quem dixit Jesus. Cum autem esset Jerosólymis in Pascha in die festo, multi credidérunt in nómine ejus, vidéntes signa ejus, quæ faciébat. Ipse autem Jesus non credébat semetípsum eis, eo quod ipse nosset omnes et quia opus ei non erat, ut quis testimónium perhibéret de hómine: ipse enim sciébat, quid esset in hómine. NAQUELE tempo, a Páscoa dos judeus estava perto, e Jesus subiu a Jerusalém. Ele encontrou no Templo, mercadores de bois, de ovelhas e de pombas, e cambistas com suas bancas. Fez um chicote de cordas e expulsou-os todos para fora do Templo, com suas ovelhas e seus bois; jogou por terra a moeda dos cambistas, derrubou suas bancas, e disse aos mercadores de pombas: “Tirai isto daqui; não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio.” Seus discípulos se lembraram que está escrito: O zelo da tua casa me devora. Os judeus tomaram a palavra e lhe disseram: “Que sinal nos apresentas, para agires assim?” Jesus lhes respondeu: “Destruí este templo, e em três dias o erguerei de novo!” Disseram, então, os judeus: “Foi preciso quarenta e seis anos para erguer este Templo, e tu, em três dias, o erguerás de novo?” Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, afinal, ressuscitou dos mortos, recordaram os discípulos que dissera isso; e creram na Escritura e na palavra que Jesus dissera. Enquanto estava em Jerusalém para a festa da Páscoa, muitos creram em seu nome, vendo os sinais que realizava. Mas Jesus não confiava neles, porque os conhecia todos, e não era preciso que lhe dessem testemunho do homem. Ele próprio sabia o que existe no homem.
R. Laus tibi, Christe. R. Louvor a vós, ó Cristo.

E o celebrante diz, em voz baixa:

V. Per Evangélica dicta, deleántur nostra delícta. V. Pelas palavras do Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.



Segunda parte: Sacrifício ou Liturgia Eucarística

MISSA DOS FIÉIS

(sentado)

Ofertório (Sl 99,1,2)

Preparação para o Sacrifício

O celebrante volta-se ao povo e diz:

V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
V. Orémus. V. Oremos.

O celebrante reza a Antífona do Ofertório, sexto texto próprio de cada Missa.

JUBILÁTE Deo, omnis terra, servíte Dómino in lætítia: intráte in conspéctu ejus in exsultatióne: quia Dóminus ipse est Deus. ACLAMAI a Deus, toda a terra: servi ao Senhor com alegria; Vinde à sua presença com alegre canto; porque Ele, o Senhor, é Deus.

Oferecimento da hóstia:

Suscipe, sancte Pater, omnipotens ætérne Deus, hanc immaculátam hóstiam, quam ego indígnus fámulus tuus óffero tibi Deo meo vivo et vero, pro innumerabílibus peccátis, et offensiónibus, et neglegéntiis meis, et pro ómnibus circumstántibus, sed et pro ómnibus fidélibus christiánis vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Amen. Recebei, Pai Santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, Vosso indigno servo, Vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amem.

Preparação da água e vinho no cálice:

Deus, qui humánæ substántiæ dignitátem mirabíliter condidísti, et mirabílius reformásti: da nobis per huius aquæ et vini mystérium, eius divinitátis esse consórtes, qui humanitátis nostræ fíeri dignátus est párticeps, Iesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus: per ómnia saecula sæculórum. Amen. Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sejamos participantes da divindade Daquele que Se dignou revestir-Se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Oferecimento do cálice:

Offérimus tibi, Dómine, cálicem salutáris, tuam deprecántes cleméntiam: ut in conspéctu divínæ maiestátis tuæ, pro nostra et totíus mundi salute, cum odóre suavitátis ascéndat. Amen. Nós Vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a Vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de Vossa divina majestade, para nossa salvação e de todo o mundo. Amem.
In spíritu humilitátis et in ánimo contríto suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi, Dómine Deus. Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, ó Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.

Invocação do Espírito Santo:

Veni, sanctificátor omnípotens ætérne Deus: et benedic hoc sacrifícium, tuo sancto nómini præparátum. Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o Vosso santo Nome.

 


QUANDO HÁ INCENSAÇÃO

Segue-se, nas Missas Cantadas e Solenes, o rito da incensação. São incensadas as oblatas (pão e vinho), a cruz, o altar, celebrante, os ministros e os fiéis.

Bênção do incenso

Per intercessionem beati Michaelis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus benedicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen. Pela intercessão do Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-Se o Senhor abençoar este incenso, e recebê-lo como suave perfume. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.

O celebrante incensa primeiro o pão e o vinho sobre o altar, dizendo:

Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua. Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, ó Senhor, e desça sobre nós a Vossa misericórdia.

Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo (Salmo 140):

Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantia labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiae, ad excusandas excusationes in peccatis. Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino seja a elevação das minhas mãos. Colocai, Senhor, um guarda à minha boca, e uma sentinela a porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.

Entregando o turíbulo ao diácono:

Accéndat in nobis Dóminus ignem sui amóris, et flammam ætérne caritatis. Amen. O Senhor acenda em nós o fogo do Seu amor e a chama de Sua eterna caridade. Amém.

Enquanto lava as mãos Salmo 25 (6-12):

Lavábo inter innocéntes manus meas: et circúmdabo altare tuum, Dómine: Ut áudiam vocem laudis, et enárrem univérsa mirabília tua. Dómine, diléxi decórem domus tuæ et locum habitatiónis glóriæ tuæ. Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam, et cum viris sánguinum vitam meam: In quorum mánibus iniquitátes sunt: déxtera eórum repléta est munéribus. Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum: rédime me et miserére mei. Pes meus stetit in dirécto: in ecclésiis benedícam te, Dómine. Lavarei as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximarei do Vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos Vossos louvores, e proclamar todas as Vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Vossa casa, e o lugar onde reside a Vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu, porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu Vos bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos.

Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. Gloria ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.

Oferecimento à Santíssima Trindade:

Súscipe, sancta Trínitas, hanc oblatiónem, quam tibi offérimus ob memóriam passiónis, resurrectiónis, et ascensiónis Iesu Christi, Dómini nostri: et in honórem beátæ Maríæ semper Vírginis, et beáti Ioannis Baptistæ, et sanctórum Apóstolórum Petri et Pauli, et istorum et ómnium Sanctórum: ut illis profíciat ad honórem, nobis autem ad salútem: et illi pro nobis intercédere dignéntur in cælis, quorum memóriam ágimus in terris. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen. Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no Céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.

Orate, fratres:

V. Oráte, fratres: continua em voz baixa ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud Deum Patrem em voz alta omnipoténtem. V. Orai irmãos, continua em voz baixa para que este meu sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai todo em voz alta poderoso.
R. Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam nominis sui, ad utilitátem quoque nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ. R. Receba, o Senhor, de tuas mãos este sacrifício, para louvor e glória de Seu nome, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja.
V. Amen. V. Amém.

Secreta

É o sétimo texto próprio de cada Missa. Trata-se de uma oração dita sobre as oferendas. Seu nome é devido ao fato de ser dita em segredo (voz baixa). À secreta podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.

OBLÁTUM tibi, Dómine, sacrifícium vivíficet nos semper et múniat. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, SENHOR, sempre nos vivifique e fortaleça este sacrifício que Vos oferecemos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus,

Praefatio

O Prefácio é a abertura solene do Cânon, a parte central da Missa. Vária de acordo com o tempo e festas litúrgicas.

V. Per ómnia sǽcula sæculórum. V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.
V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
V. Sursum corda. V. Corações ao alto.
R. Habémus ad Dóminum. R. Já os temos no Senhor.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro. V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et iustum est. R. É digno e justo.

De Quadragesima

VERE dignum justum est, aequum et salutare, nos tibi semper et ubique gratias agere: Domine Sancte, Pater omnipotens aeterne Deus: Qui corporali ieiunio vitia comprimis, mentem elevas, virtutem largiris et praemia: per Christum Dominum nostrum. Per quem maiestatem tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates. Caeli caelorumque Virtutes, ac beata Seraphim, socia exsultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti iubeas, deprecamur, supplici confessione dicentes: VERDADEIRAMENTE é digno e justo, e igualmente salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor, Pai Santo, onipotente e eterno Deus: que pelo jejum corporal reprimis os vícios, elevais a inteligência, concedeis a virtude e o prêmio dela, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele louvam os Anjos a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os Bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, fazei que se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos:
Todos: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt coeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Benedíctus, qui venit in nómine Dómini. Hosánna in excélsis. Todos: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos. Os Céus e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!

(de joelhos)

Canon

O Cânon é a parte central da Santa Missa e envolve o Sacrifício do altar em mistério por ser dito praticamente todo em voz baixa. Com o Prefácio, começou a grande prece eucarística da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício.

A Igreja Militante

Te ígitur, clementíssime Pater, per Iesum Christum, Fílium tuum, Dóminum nostrum, súpplices rogamus, ac pétimus, uti accépta hábeas et benedícas, hæc dona, hæc múnera, hæc sancta sacrifícia illibáta, in primis, quæ tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica: quam pacificáre, custodíre, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum: una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodóxis, atque cathólicæ et apostólicæ fídei cultóribus. A Vós, ó Pai clementíssimo, por Jesus Cristo Vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos que aceiteis e abençoeis estes dons, estas dádivas, estas santas oferendas imaculadas. Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela Vossa santa Igreja Católica, para que Vos digneis dar-lhe a paz, protegê-la, conservá-la na unidade e governá-la, em toda a terra, e também pelo Vosso servo o nosso Papa N., pelo nosso Bispo N., e por todos os [bispos] ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.

Recomendação dos vivos

Meménto, Dómine, famulórum famularúmque tuarum N. et N. et ómnium circumstántium, quorum tibi fides cógnita est et nota devótio, pro quibus tibi offérimus: vel qui tibi ófferunt hoc sacrifícium laudis, pro se suísque ómnibus: pro redemptióne animárum suárum, pro spe salútis et incolumitátis suæ: tibíque reddunt vota sua ætérno Deo, vivo et vero. Lembrai-Vos, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a Vós, ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.

A Igreja triunfante

Communicántes, et memóriam venerántes, in primis gloriósæ semper Vírginis Maríæ, Genetrícis Dei et Dómini nostri Iesu Christi: sed et beáti Ioseph, eiúsdem Vírginis Sponsi, et beatórum Apostolórum ac Mártyrum tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Iacóbi, Ioánnis, Thomæ, Iacóbi, Philíppi, Bartholomǽi, Matthǽi, Simónis et Thaddǽi: Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni, Ioánnis et Pauli, Cosmæ et Damiáni: et ómnium Sanctórum tuórum; quorum méritis precibúsque concédas, ut in ómnibus protectiónis tuæ muniámur auxílio. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen. Unidos na mesma comunhão, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo, e também de São José, esposo da mesma Virgem, e dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os Vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de Vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amem.

A sineta nos avisa o momento da Consagração

Hanc ígitur oblatiónem servitútis nostræ, sed et cunctæ famíliæ tuæ, quǽsumus, Dómine, ut placátus accípias: diésque nostros in tua pace dispónas, atque ab ætérna damnatióne nos éripi, et in electórum tuórum iúbeas grege numerári. Per Christum, Dómi-num nostrum. Amen. Por isso, Vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a Vossa Igreja Vos prestamos, firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos no número dos Vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amem.
Quam oblatiónem tu, Deus, in ómnibus, quǽsumus, benedíctam, adscríptam, ratam, rationábilem, acceptabilémque fácere dignéris: ut nobis Corpus, et Sanguis fiat dilectíssimi Fílii tui, Dómini nostri Iesu Christi. Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por Vós em tudo, abençoada, aprovada, ratificada, digna e aceitável aos Vossos olhos, a fim de que se torne para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, Vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.

Consagração da Hóstia:

Qui prídie quam paterétur, accépit panem in sanctas ac venerábiles manus suas, elevátis óculis in cælum ad te Deum, Patrem suum omnipoténtem, tibi grátias agens, benedíxit, fregit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et manducáte ex hoc omnes. Na véspera de Sua Paixão, Ele tomou o pão em Suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao Céu para Vós, ó Deus, Seu Pai onipotente, dando-Vos graças, benzeu-o, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e comei Dele, todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM. ISTO É O MEU CORPO.

Consagração do Cálice:

Símili modo postquam cenatum est, accípiens et hunc præclárum Cálicem in sanctas ac venerábiles manus suas: item tibi grátias agens, benedíxit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et bíbite ex eo omnes. De igual modo, depois da ceia, tomando também este precioso cálice em Suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-Vos graças, benzeu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei Dele todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET AETERNI TESTAMENTI: MYSTERIUM FIDEI: QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM. ESTE E O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS.
Hæc quotiescúmque fecéritis, in mei memóriam faciétis. Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim.

Continuação do Cânon

Unde et mémores, Dómine, nos servi tui, sed et plebs tua sancta, eiúsdem Christi Fílii tui, Dómini nostri, tam beátæ passiónis, nec non et ab ínferis resurrectiónis, sed et in cælos gloriósæ ascensiónis: offérimus præcláræ maiestáti tuæ de tuis donis ac datis, hóstiam puram, hóstiam sanctam, hóstiam immaculátam, Panem sanctum vitæ ætérnæ, et Cálicem salútis perpétuæ. Por esta razão, ó Senhor, nós, Vossos servos, com o Vosso povo santo, em comemoração da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de Sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de Sua gloriosa Ascensão aos Céus, oferecemos à Vossa augusta Majestade, de Vossos dons e dádivas, a Hóstia pura, a Hóstia santa, a Hóstia imaculada, o Pão santo da vida eterna, e o Cálice da salvação perpétua.
Supra quæ propítio ac seréno vultu respícere dignéris: et accépta habére, sicúti accépta habére dignátus es múnera púeri tui iusti Abel, et sacrifícium Patriárchæ nostri Abrahæ: et quod tibi óbtulit summus sacérdos tuus Melchísedech, sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam. Sobre estes dons, Vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebestes as ofertas do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé, e o que Vos ofereceu Vosso sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, imaculada hóstia.
Súpplices te rogámus, omnípotens Deus: iube hæc perférri per manus sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum, in conspéctu divínæ maiestátis tuæ: ut, quotquot ex hac altáris participatióne sacrosánctum Fílii tui Corpus, et Sánguinem sumpsérimus, omni benedictióne cælésti et grátia repleámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen. Suplicantes Vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de Vosso Santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao Vosso sublime Altar, à presença de Vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Corpo, e Sangue de Vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da graça. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amem.

Recomendação dos mortos:

Meménto étiam, Dómine, famulórum famularúmque tuárum N. et N., qui nos præcessérunt cum signo fídei, et dormiunt in somno pacis. Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus locum refrigérii, lucis, et pacis, ut indúlgeas, deprecámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen. Lembrai-Vos, também, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os que repousam em Jesus Cristo, nós Vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Nobis quoque peccatóribus fámulis tuis, de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, partem áliquam et societátem donáre dignéris, cum tuis sanctis Apóstolis et Martýribus: cum Ioánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro, Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, Anastásia, et ómnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consórtium, non æstimátor mériti, sed véniæ, quǽsumus, largítor admítte. Per Christum, Dóminum nostrum. Também a nós, pecadores, Vossos servos, que esperamos na Vossa infinita misericórdia, dignai-Vos conceder um lugar na sociedade de Vossos Santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os Vossos Santos. Unidos a eles pedimos, Vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Per quem hæc ómnia, Dómine, semper bona creas, sanctíficas, vivíficas, benedícis et præs-tas nobis. Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santificais, vivificais, abençoais, e nos concedeis todos estes bens.

Fim do Cânon

Per ipsum, et cum ip✠so, et in ipso, est tibi Deo Patri omnipoténti, in unitáte Spíritus Sancti, omnis honor, et glória. Por Ele, com Ele e Nele, a Vós, Deus Pai onipotente, na unidade do Espírito Santo, toda a honra e toda a glória.
V. Per omnia saecula saeculorum. V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

(de pé)

Preparação para a Comunhão

Pai Nosso

V. Orémus: Præcéptis salutáribus móniti, et divína institutione formati audemus dicere: V. Oremos. Instruídos pelos ensinamentos salutares e formados pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in caelis, Sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in coelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem: Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo. R. Mas livrai-nos do mal.
V. Amen. V. Amém.

Embolismo:

Líbera nos, quǽsumus, Dómine, ab ómnibus malis, prætéritis, præséntibus et futúris: et intercedénte beáta et gloriósa semper Vírgine Dei Genetríce María, cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo, atque Andréa, et ómnibus Sanctis, da propítius pacem in diébus nostris: ut, ope misericórdiæ tuæ adiúti, et a peccáto simus semper líberi et ab omni perturbatióne secúri. Per eúndem Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus. Ó Senhor, livrai-nos de todos os males passados, presentes e futuros, e pela intercessão da Bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos Vossos Bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
V. Per omnia saecula saeculorum. V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.
V. Pax Domini sit semper vobiscum. V. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com o teu espírito.

União do Corpo e do Sangue:

Hæc commíxtio, et consecrátio Córporis et Sánguinis Dómini nostri Iesu Christi, fiat accipiéntibus nobis in vitam ætérnam. Amen. Esta união e consagração do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amem.

Agnus Dei:

Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: dona nobis pacem. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.

(de joelhos)

Orações da Comunhão:

Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis, pacem meam do vobis: ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiæ tuæ; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus per ómnia sǽcula sæculórum. Amen. Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a Minha paz”: não olheis os meus pecados, mas a fé da Vossa Igreja; dai-lhe, segundo a Vossa Vontade, a paz e a unidade. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spíritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificásti: líbera me per hoc sacrosánctum Corpus et Sánguinem tuum ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis: et fac me tuis semper inhærére mandátis, et a te numquam separári permíttas: Qui cum eódem Deo Patre et Spíritu Sancto vivis et regnas Deus in sǽcula sæculórum. Amen. Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que com a cooperação do Espírito Santo, por vontade do Pai, destes a vida ao mundo por Vossa morte. Livrai-me, por este Vosso sacrossanto Corpo e por Vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os Vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Percéptio Córporis tui, Dómine Iesu Christe, quod ego indígnus súmere præsúmo, non mihi provéniat in iudícium et condemnatiónem: sed pro tua pietáte prosit mihi ad tutaméntum mentis et córporis, et ad medélam percipiéndam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amen. Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por Vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.

Comunhão do sacerdote:

Panem cæléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo. Receberei o Pão do Céu e invocarei o nome do Senhor.
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter). Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Corpus Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amem.
Quid retríbuam Dómino pro ómnibus, quæ retríbuit mihi? Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo. Laudans invocábo Dóminum, et ab inimícis meis salvus ero. Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Sanguis Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen. O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.

Comunhão dos fiéis

(onde for costume, reza-se o Confiteor e recebe-se a absolvição, como nas orações ao pé do altar):

R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa. R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum. Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam. V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen. R. Amém.
V. Indulgéntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus. V. Indulgência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen. R. Amém.

Depois o Padre, apresentando a Hóstia, diz:

V. Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccata mundi. V. Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira o pecado do mundo!
R. Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter). R. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).

Depois administra a sagrada Comunhão, dizendo a cada um:

V. Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen. V. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.

O fiel nada responde.

Para comungar o fiel fica de joelhos no genuflexório da mesa de Comunhão, abre a boca e coloca a ponta da língua sobre o lábio inferior. Não é necessário abrir muito a boca, nem levantar a cabeça, apenas deixa-la reta. Não se responde nada e não se leva a boca ao encontro da mão do Padre, permanece-se parado. Recebida a Comunhão não se benze nem beija a mão do Padre, apenas volta para o seu lugar e reza algumas orações em ação de graças.

Durante todo o rito da distribuição da sagrada Comunhão todos ficam de joelhos (ou em pé), pois o Santíssimo Sacramento está exposto.

Abluções:

(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)

Quod ore súmpsimus, Dómine, pura mente capiámus: et de múnere temporáli fiat nobis remédium sempitérnum. Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha salvação eterna.
Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhǽreat viscéribus meis: et præsta; ut in me non remáneat scélerum mácula, quem pura et sancta refecérunt sacraménta: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. Amen. Concedei, Senhor, que Vosso Corpo e Vosso Sangue que recebi, penetrem meu interior, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amem.

Communio (Sl 18,13-14)

É o oitavo texto próprio de cada Missa. Com ele a Igreja reafirma seus desejos e intenções diante dos benefícios de Deus.

AB occúltis meis munda me, Dómine: et ab aliénis parce servo tuo. PURIFICAI-ME, Senhor, de minhas faltas ocultas e preservai o vosso servo da culpa alheia.

(de joelhos)

Postcommunio

É o nono texto próprio de cada Missa. Aqui a Igreja agradece a Deus o Sacramento recebido e pede a graça de fazer frutificar o Dom recebido.

V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.
Orémus. Oremos.
SUMPTIS, Dómine, salutáribus sacraméntis: ad redemptiónis ætérnæ, quǽsumus, proficiámus augméntum. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. NÓS Vos suplicamos, Senhor, que o salutar Sacramento que recebemos, nos aproveite para aumento da redenção eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

Oratio super populum

Orémus. Oremos.
Humiliáte cápita vestra Deo. Humilhai a vossa cabeça diante de Deus.
Todos, de joelhos, inclinam a cabeça e o Padre diz a oração sobre o povo:
DEPRECATIÓNEM nostram quǽsumus. Dómine, benígnus exáudi: et, quibus supplicándi præstas afféctum, tríbue defensiónis auxílium. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. NÓS Vos imploramos, Senhor, ouvi benigno os nossos rogos e socorrei com o vosso auxílio aqueles a quem concedeis o fervor da humilde súplica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen. R. Amém.

Conclusão

V. Dóminus vobíscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo. R. E com o teu espírito.

Depois diz-se:

V. Ite, Missa est. V. Ide, estais despedidos.
R. Deo grátias. R. Graças a Deus.

E acrescenta a oração à Santíssima Trindade, em voz baixa:

Pláceat tibi, sancta Trínitas, obséquium servitútis meæ: et præsta; ut sacrifícium, quod óculis tuæ maiestátis indígnus óbtuli, tibi sit acceptábile, mihíque et ómnibus, pro quibus illud óbtuli, sit, te miseránte, propitiábile. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen. Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de Vossa Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e por Vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amem.

Bênção final

Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius,  et Spíritus Sanctus. Abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, e Filho, e Espírito Santo.
R. Amen. R. Amém.

Último Evangelho (Jo 1, 1-14)

V. Dominus vobiscum. V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo. R. E com o teu espírito.
V. Initium sancti Evangélii secúndum Ioánnem. V. Início do santo Evangelho segundo São João.
R. Glória tibi, Dómine. R. Glória a Vós Senhor.
In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Ioánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine. No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem rece-pérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine eius: qui non ex sangue-nibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt. A Luz verdadeira era a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.

Aqui todos genufletem:

ET VERBUM CARO FACTUM EST, E O VERBO SE FEZ CARNE,
et habitávit in nobis: et vídimus glóriam eius, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritatis. e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
R. Deo grátias. R. Graças a Deus.

Orações Finais de Leão XIII

Estas orações finais são recitadas somente nas Missas Rezadas, e podem ser omitidas em algumas ocasiões, como aos domingos e quando a Missa é seguida de algum exercício piedoso.

V. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus. V. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor e convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen. (3x) Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. (3x)
V. Salve Regina, V. Salve Rainha,
Todos: Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules filii Evæ. Ad te suspiramus gementes et fientes in hac lacrymarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis, post hoc exilium, ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria. Todos: Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix. V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi. R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremus. Oremos.
Deus, refugium nostrum et virtus, populum ad te clamantem propitius respice; et intercedente gloriosa, et immaculata Virgine Dei Genitrice Maria, cum beato Joseph, ejus Sponso, ac beatis Apóstolis tuis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quas pro conversione peccatorum, pro libertate et exal-tatione sanctæ Matris Ecclesiæ, preces effundimus, misericors et benignus exaudi. Per eundum Christum Dominum nostrum. Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propício os clamores de Vosso povo; e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho, de São José, casto Esposo de Maria, dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos pela conversão dos pecadores, liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen. R. Amém.
V. Cor Jesu sacratíssimum. (ter) V. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3x)
R. Miserére nobis. (ter) R. Tende piedade de nós. (3x)

 

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