OS 120 MÁRTIRES DA PÉRSIA (06/04)

OS 120 MÁRTIRES DA PÉRSIA (304)
Não sabemos os nomes destes mártires, mas, segundo a tradição, no reinado do rei Sapor II da Pérsia, mais de cem cristãos foram martirizados no mesmo dia, em Selêucia de Tesifão. Entre eles, havia nove virgens consagradas a Deus; o resto eram Padres, Diáconos e monges. Como todos se recusaram a adorar o sol, foram encarcerados durante seis meses em prisões sujas.
Uma mulher rica e piedosa chamada Yaznadocta os ajudou enviando-lhes comida. Aparentemente, Yaznadocta conseguiu saber a data em que os mártires seriam julgados. No dia anterior, organizou um banquete em homenagem a eles, foi visitá-los na prisão e deu a cada um um vestido de festa.
Na manhã seguinte, voltou muito cedo e anunciou-lhes que iriam comparecer perante o juiz e que ainda teriam tempo de implorar a graça de Deus para terem a coragem de dar o seu sangue por uma causa tão gloriosa.
Yaznadocta acrescentou: “Quanto a mim, rogo-vos que peçais a Deus para que eu tenha a alegria de encontrar-vos novamente diante de Seu trono celestial”.
O juiz prometeu novamente liberdade aos mártires, desde que adorassem o sol, mas eles responderam que os vestidos festivos que usavam eram “a melhor prova de que estavam dispostos a dar a vida pelo seu Mestre”. O juiz os sentenciou à decapitação. Naquela mesma noite, Yaznadocta conseguiu recuperar os corpos e queimou-os para evitar que fossem profanados.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. II, ano 1965, pp. 41-42)

