



O Oratório São José é um Apostolado Externo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, criada em 2002 por São João Paulo II, com sede em Campos dos Goytacazes-RJ. Reconhecida como circunscrição eclesiástica, preserva a liturgia e disciplina da Igreja conforme o Rito Romano de 1962. Além do território da Diocese de Campos, atua em outras dioceses com autorização dos bispos locais, assistindo aos fiéis que desejam este rito em união com a Igreja. A Administração é marcada pelo amor à Missa tradicional e fidelidade ao Papa. O atual Administrador Apostólico é Sua Exa. Dom Fernando Arêas Rifan.
Horários de Atendimento
Confissão
Confirmar na Secretaria.
- Terça-Feira: 09h às 11h | 18h às 18h50
- Quarta-Feira: 09h às 11h | 18h às 18h50
- Quinta-Feira: 15h às 18h45
- Sexta-Feira: 09h às 11h | 18h às 18h50
- Sábado: 18h às 18h50
- Domingo: 17h às 17h50
Santa Missa
Confirmar na Secretaria.
- Segunda-Feira: 19:00hrs
- Terça-Feira: 6h | 19h
- Quarta-Feira: 6h | 19h
- Quinta-Feira: 6h | 19h
- Sexta-Feira: 6h | 19h
- Sábado: 19h
- Domingo: 8h | 18h
Secretaria
Whatsapp: 31 97126-4903
- Segunda-Feira: 08h às 12h | 14h30 às 18h
- Terça-Feira: 08h às 12h | 14h30 às 18h
- Quarta-Feira: 08h às 12h | 14h30 às 18h
- Quinta-Feira: 08h às 12h | 14h30 às 18h
- Sexta-Feira: 08h às 12h | 14h30 às 18h
Últimas postagens do nosso site
13 de março de 20250:00
Santa Missa Diária (16/03/25)
II Domingo da Quaresma
II classe, paramentos roxos
Estação em Santa Maria “in Dominica”
A Missa é recente, é por isso que a igreja da estação, Santa Maria “in Domnica”, também é bastante recente. É a igreja de uma antiga “diaconia”. Essas diaconias eram casas de pobres, perto das quais sempre se construía uma igreja. Dirigimo-nos, portanto, hoje à Mãe de Deus, em quem se reflete, com o mais esplendor, o brilho da Transfiguração de Cristo. Esta Missa apresenta, na sua composição atual, três ordens de pensamentos: um emotivo De profundis (do Intróito à oração), uma voz do alto que clama às alturas (Epístola e Evangelho) e uma alegre correspondência da nossa parte (Ofertório e Comunhão). Já vimos que o Evangelho da Transfiguração não é apenas uma imagem da Missa, mas também uma lição para nós. Ele nos ensina o propósito do trabalho quaresmal. O Cristo místico jejua quarenta dias em seus membros e tira deste jejum a força para combater vitoriosamente o diabo. Ele também avança, precisamente através deste jejum, para a transfiguração. Os integrantes seguem, em tudo, o Líder. Mas os Evangelhos não querem apenas instruir-nos, são ações dramáticas, “mistérios”, que simbolizam o que se realiza pela graça no Santo Sacrifício. O que está acontecendo? Na Missa, Cristo se faz presente. Quem se faz presente é Cristo glorificado que “está sentado à direita do Pai”. É verdade que só o vemos com os olhos da fé. Na Missa também aparecem Moisés e Elias; a Lei e os Profetas atestam que o Sacrifício da Missa é o cumprimento daquilo que eles prefiguraram e previram. Na Missa, não só ouvimos Moisés e Elias falando sobre a morte do Senhor, mas sabemos que Ele está presente. Quanto a nós, estamos na montanha mística, como São Pedro, e dizemos: Senhor, é bom estar aqui. Não basta dizer que somos testemunhas da Transfiguração, participamos dela através da comunhão. A Eucaristia é, para nós, o grande meio de realizar a transfiguração da nossa alma. Através da Eucaristia construímos esta tenda, ou melhor, este templo da eternidade onde nos reuniremos com Cristo, Moisés e Elias, para sermos felizes para sempre.
(Procissão de Entrada: de pé)
ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR OU PREPARAÇÃO PÚBLICA
(Preparamos nossa alma pelo desejo e arrependimento)
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
V. In nómine Patris, ✠ et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.
Introíbo ad altáre Dei.
V. Em nome ✠ do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Salmo 42, 1-5
O salmo Judica, em razão de seu caráter alegre, omite-se nas Missas de defunto e no tempo da Paixão.
V. Iúdica me, Deus, et discérne causam meam de gente non sancta: ab hómine iníquo et dolóso érue me.
V. Julgai, ó Deus e separai minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, et quare tristis incédo, dum afflígit me inimícus?
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza, por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
V. Emítte lucem tuam et veritátem tuam: ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem sanctum tuum et in tabernácula tua.
V. Enviai-me a Vossa luz e a Vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a Vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Subirei ao altar de Deus, do Deus que é a alegria da minha juventude.
V. Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me?
V. A Vós louvarei ó Deus, meu Deus, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quóniam adhuc confitébor illi: salutáre vultus mei, et Deus meus.
R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
V. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in saecula sæculórum. Amen.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Introíbo ad altáre Dei.
V. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Confissão
V. Adiutórium nostrum ✠ in nómine Dómini.
V. O nosso ✠ auxílio está no nome do Senhor.
R. Qui fecit coelum et terram.
R. Que fez o Céu e a Terra.
V. Confíteor Deo…
V. Eu pecador…
R. Misereátur tui omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam.
R. Que Deus onipotente Se compadeça de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna.
V. Amen.
V. Amém.
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
V. Deus, tu convérsus vivificábis nos.
V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætábitur in te.
R. E o Vosso povo se alegrará em Vós.
V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.
V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
R. Et salutáre tuum da nobis.
R. E dai-nos a Vossa salvação.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat.
R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
(de pé)
Este convite “Oremus” do sacerdote ao subir ao altar, é um convite para que o povo o acompanhe em orações. Deste modo, ao mesmo tempo em que vemos no altar o representante de Deus, temos no mesmo sacerdote o representante do povo fiel.
O sacerdote sobe ao altar, rezando em voz baixa:
Aufer a nobis, quǽsumus, Dómine, iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum puris mereámur méntibus introíre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Pedimos-Vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
E beija o altar, dizendo:
Orámus te, Dómine, per mérita Sanctórum tuórum, quorum relíquiæ hic sunt, et ómnium Sanctórum: ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen.
Nós Vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de Vossos Santos, cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais Santos, Vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
Saudar o altar com um beijo é reparar Jesus daquele beijo traidor de Judas, e representa a intimidade e proximidade do sacerdote ao saudar o povo.
Primeira parte: Instrução ou Liturgia da Palavra
MISSA DOS CATECÚMENOS
Nesta primeira parte da Missa falamos a Deus por Jesus Cristo com o Introito, Kyrie, Glória e Coleta; e Deus nos fala pelas Leituras (Epístola e Evangelho) e pela homilia.
Introitus (Sl 24,6,3,22,1-2)
O Introito é um dos textos próprios para cada Missa. Como o nome já indica, aqui é que antigamente começava a Missa depois da procissão feita por todos os fiéis reunidos com o Papa. O introito é geralmente uma oração composta dum versículo de salmo, o qual se cantava antigamente inteiro com o Gloria Patri. Chama-se Introito porque era cantado durante a entrada do sacerdote. Com o introito inicia-se a Missa de fato, pois antes era apenas a preparação imediata.
Às primeiras palavras do Introito todos se benzem juntamente com o celebrante.
REMINÍSCERE miseratiónum tuárum, Dómine, et misericórdiæ tuæ, quæ a sæculo sunt: ne umquam dominéntur nobis inimíci nostri: líbera nos, Deus Israël, ex ómnibus angústiis nostris. PS. Ad te, Dómine levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. REMINÍSCERE miseratiónum tuárum, Dómine, et misericórdiæ tuæ, quæ a sæculo sunt: ne umquam dominéntur nobis inimíci nostri: líbera nos, Deus Israël, ex ómnibus angústiis nostris.
LEMBRAI-VOS, Senhor, de vossa bondade e de vossa misericórdia, que são de séculos, para que de nós não triunfem os nossos inimigos. Livrai-nos, ó Deus de Israel, de todas as nossas angústias. SL. A Vós, Senhor, elevo a minha alma; meu Deus, em Vós confio; não serei envergonhado. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. LEMBRAI-VOS, Senhor, de vossa bondade e de vossa misericórdia, que são de séculos, para que de nós não triunfem os nossos inimigos. Livrai-nos, ó Deus de Israel, de todas as nossas angústias.
Kyrie
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Christe, eléison.
V. Cristo, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
(de pé)
Colecta
A Colecta (Oração) é o segundo texto próprio de cada Missa. chama-se assim porque com essa oração o celebrante reúne todas as intenções dos fiéis presente com a oração da Igreja. Os pedidos da Coleta são sugeridos pela festa ou mistério do dia. Pode haver até três Coletas na Missa.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
DEUS, qui cónspicis omni nos virtúte destítui: intérius exteriúsque custódi; ut ab ómnibus adversitátibus muniámur in córpore, et a pravis cogitatiónibus mundémur in mente. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS, que nos vedes destituídos de toda força, guardai-nos interior e exteriormente, a fim de que o nosso corpo seja preservado de todas as adversidades, e a nossa alma purificada de todos os maus pensamentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
Epístola (1Tes 4,1-7)
Cada Missa possui sua leitura própria e, em algumas ocasiões, até várias leituras.
Léctio Epístolæ beáti Pauli Apóstoli ad Thessalonicénses.
FRATRES: Rogámus vos et obsecrámus in Dómino Jesu, ut quemádmodum accepístis a nobis, quómodo opórteat vos ambuláre et placére Deo, sic et ambulétis, ut abundétis magis. Scitis enim quæ præcépta déderim vobis per Dóminum Jesum. Hæc est enim volúntas Dei, sanctificátio vestra, ut abstineátis vos a fornicatióne, ut sciat unusquísque vestrum vas suum possidére in sanctificatióne et honóre: non in passióne desidérii, sicut et Gentes, quæ ignórant Deum: et ne quis supergrediátur, neque circumvéniat in negótio fratrem suum: quóniam vindex est Dóminus de his ómnibus, sicut prædíximus vobis et testificáti sumus. Non enim vocávit nos Deus in immundítiam, sed in sanctificatiónem: in Christo Jesu Dómino nostro.
Leitura da primeira Epístola de são Paulo aos Tessalonicenses.
IRMÃOS, nós vos rogamos e suplicamos no Senhor Jesus: aprendestes de nós como deveis proceder para agradar a Deus, e é assim que procedeis; mas… progredi ainda! Pois sabeis que instruções nós vos demos, da parte do Senhor Jesus. Eis, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santidade; que vos abstenhais do pecado da carne; que cada um saiba dominar seu corpo na santidade e no respeito, sem ceder à paixão, como as nações que não conhecem Deus. Neste ponto, que ninguém ofenda ou engane seu irmão. Porque o Senhor se vinga de tudo isto, como já vos dissemos e atestamos. Deus, com efeito, não nos chamou à impureza, mas à santidade, no Cristo Jesus, nosso Senhor.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
O Gradual é o quarto texto próprio de cada Missa. De acordo com o tempo litúrgico pode-se acrescentar ou substituir o Gradual com o Tracto ou duplo Aleluia. São tipos de salmos com que a Igreja manifesta seus sentimentos. No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto. No Tempo Pascal, omite-se o Gradual, e dizem-se duplo Alleluia.
Graduale (Sl 24,17-18)
TRIBULATIÓNES cordis mei dilatátæ sunt: de necessitátibus meis éripe me, Dómine. V. Vide humilitátem meam et labórem meum: et dimítte ómnia peccáta mea.
A ANGÚSTIA invadiu meu coração; arrancai-me, Senhor, aos meus tormentos. V. Vede minha fraqueza e minha luta; e perdoai-me todos os pecados.
Tractus (Sl 105,1-4)
CONFITÉMINI Dómino, quóniam bonus: quóniam in sæculum misericórdia ejus. V. Quis loquétur poténtias Dómini: audítas fáciet omnes laudes ejus? V. Beáti qui custódiunt judícium, et fáciunt justítiam in omni témpore. V. Meménto nostri Dómine in beneplácito pópuli tui: vísita nos in salutári tuo.
DAI graças ao Senhor, porque ele é bom, sua misericórdia é para sempre! V. Quem poderá cantar seus altos feitos, quem poderá louvar quanto merece? V. Feliz quem segue à risca a sua lei, quem cumpre noite e dia o que é direito. V. Oh! lembrei-vos de nós, Senhor, e Vinde: salvei-nos por amor do vosso povo!
(de pé)
Evangelho (Mt 17,1-9)
O Evangelho da Missa, ao contrário do Último Evangelho, é próprio em cada Missa.
O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, reza em voz baixa:
Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíæ Prophétæ cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre, ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Purificai-me o coração e os lábios, ó Deus todo poderoso, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela Vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, para que possa anunciar dignamente o Vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Iube, Dómine, benedícere. Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis: ut digne et competénter annúntiem Evangélium suum. Amen.
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente anuncie o Seu Evangelho. Amém.
Depois diz em voz alta:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Sequéntia ✠ sancti Evangélii secúndum Matthæum.
V. Continuação ✠ do santo Evangelho segundo Mateus.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós, Senhor.
IN illo témpore: Assúmpsit Jesus Petrum, et Jacóbum, et Joánnem fratrem ejus, et duxit illos in montem excélsum seórsum: et transfigurátus est ante eos. Et resplénduit fácies ejus sicut sol: vestiménta autem ejus facta sunt alba sicut nix. Et ecce apparuérunt illis Móyses, et Elías cum eo loquéntes. Respóndens autem Petrus, dixit ad Jesum: «Dómine, bonum est nos hic esse: si vis, faciámus hic tria tabernácula, tibi unum, Móysi unum, et Elíæ unum. Adhuc eo loquénte, ecce nubes lúcida obumbrávit eos.» Et ecce vox de nube, dicens: «Hic est Fílius meus diléctus, in quo mihi bene complácui: ipsum audíte.» Et audiéntes discípuli, cecidérunt in fáciem suam, et timuérunt valde. Et accéssit Jesus, et tétigit eos: dixítque eis: «Súrgite, et nolíte timére.» Levántes autem óculos suos, néminem vidérunt, nisi solum Jesum. Et descendéntibus illis de monte, præcépit eis Jesus, dicens: «Némini dixéritis visiónem, donec Fílius hóminis a mórtuis resúrgat.»
NAQUELE tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão, e os conduziu à parte, numa alta montanha. E se transfigurou diante deles: seu rosto resplandecia como o sol, suas vestes tornaram-se brancas como a neve. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, que falavam com ele. Pedro, então, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, como é bom para nós estarmos aqui! Se queres, fazemos aqui três tendas: uma será tua, outra de Moisés, outra de Elias.” Ele ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os envolveu na sua sombra; eis que, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu Filho bem-amado, no qual eu pus a minha complacência, ouvi-o!” Ouvindo aquilo, tomaram os discípulos de rosto em terra, e foram tomados de grande medo. Então Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo.” E eles, erguendo os olhos, não viram mais ninguém, senão Jesus sozinho. E, descendo da montanha, Jesus lhes deu esta ordem: “Não faleis a ninguém desta visão antes que o Filho do homem ressuscite dos mortos!”
R. Laus tibi, Christe.
R. Louvor a vós, ó Cristo.
E o celebrante diz, em voz baixa:
V. Per Evangélica dicta, deleántur nostra delícta.
V. Pelas palavras do Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Credo
Este só se diz aos domingos, nas festas de 1ª classe e maiores de Nosso Senhor, de Nossa Senhora, nas festas natalícias dos Apóstolos e Evangelistas.
V. Credo in unum Deum,
V. Creio em um só Deus,
Todos: Patrem omnipoténtem, factórem coeli et terræ, visibílium ómnium et invisibílium.
Todos: Pai todo poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis.
Et in unum Dóminum Iesum Christum, Fílium Dei unigénitum. Et ex Patre natum ante ómnia saecula. Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero. Génitum, non factum, consubstantiálem Patri: per quem ómnia facta sunt. Qui propter nos hómines et propter nostram salútem descéndit de coelis.
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de Deus, nascido do Pai, antes de todos os séculos; Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; Gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por Ele todas as coisas foram feitas. Por nós homens, e para nossa salvação, desceu dos Céus.
Aqui todos se ajoelham:
ET INCARNÁTUS EST DE SPÍRITU SANCTO EX MARÍA VÍRGINE: ET HOMO FACTUS EST.
E SE ENCARNOU, PELO ESPÍRITO SANTO, NO SEIO DA VIRGEM MARIA, E SE FEZ HOMEM.
Crucifíxus étiam pro nobis: sub Póntio Piláto passus, et sepúltus est. Et resurréxit tértia die, secúndum Scriptúras. Et ascéndit in coelum: sedet ad déxteram Patris. Et íterum ventúrus est cum glória iudicáre vivos et mórtuos: cuius regni non erit finis.
Também por nós foi crucificado, sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras. E subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Et in Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem: qui ex Patre Filióque procédit. Qui cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorificátur: qui locútus est per Prophétas. Et unam sanctam cathólicam et apostolicam Ecclésiam. Confíteor unum baptísma in remissiónem peccatórum. Et exspécto resurrectiónem mortuórum. Et vit✠am ventúri saeculi. Amen.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é igualmente adorado e glorificado: ele o que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só Batismo, para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vi✠da do mundo que há de vir. Amém.
Segunda parte: Sacrifício ou Liturgia Eucarística
MISSA DOS FIÉIS
(sentado)
Ofertório (Sl 118,47-48)
Preparação para o Sacrifício
O celebrante volta-se ao povo e diz:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
O celebrante reza a Antífona do Ofertório, sexto texto próprio de cada Missa.
MEDITÁBOR in mandátis tuis, quæ diléxi valde: et levábo manus meas ad mandáta tua, quæ diléxi.
MEDITAREI os vossos mandamentos, que muito amo; e levantarei as minhas mãos para cumprir os vossos preceitos, que muito prezo.
Oferecimento da hóstia:
Suscipe, sancte Pater, omnipotens ætérne Deus, hanc immaculátam hóstiam, quam ego indígnus fámulus tuus óffero tibi Deo meo vivo et vero, pro innumerabílibus peccátis, et offensiónibus, et neglegéntiis meis, et pro ómnibus circumstántibus, sed et pro ómnibus fidélibus christiánis vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Amen.
Recebei, Pai Santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, Vosso indigno servo, Vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amem.
Preparação da água e vinho no cálice:
Deus, qui humánæ substántiæ dignitátem mirabíliter condidísti, et mirabílius reformásti: da nobis per huius aquæ et vini mystérium, eius divinitátis esse consórtes, qui humanitátis nostræ fíeri dignátus est párticeps, Iesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus: per ómnia saecula sæculórum. Amen.
Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sejamos participantes da divindade Daquele que Se dignou revestir-Se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento do cálice:
Offérimus tibi, Dómine, cálicem salutáris, tuam deprecántes cleméntiam: ut in conspéctu divínæ maiestátis tuæ, pro nostra et totíus mundi salute, cum odóre suavitátis ascéndat. Amen.
Nós Vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a Vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de Vossa divina majestade, para nossa salvação e de todo o mundo. Amem.
In spíritu humilitátis et in ánimo contríto suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi, Dómine Deus.
Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, ó Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.
Invocação do Espírito Santo:
Veni, sanctificátor omnípotens ætérne Deus: et benedic hoc sacrifícium, tuo sancto nómini præparátum.
Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o Vosso santo Nome.
QUANDO HÁ INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas Cantadas e Solenes, o rito da incensação. São incensadas as oblatas (pão e vinho), a cruz, o altar, celebrante, os ministros e os fiéis.
Bênção do incenso
Per intercessionem beati Michaelis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus benedicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Pela intercessão do Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-Se o Senhor abençoar este incenso, e recebê-lo como suave perfume. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.
O celebrante incensa primeiro o pão e o vinho sobre o altar, dizendo:
Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua.
Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, ó Senhor, e desça sobre nós a Vossa misericórdia.
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo (Salmo 140):
Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantia labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiae, ad excusandas excusationes in peccatis.
Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino seja a elevação das minhas mãos. Colocai, Senhor, um guarda à minha boca, e uma sentinela a porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.
Entregando o turíbulo ao diácono:
Accéndat in nobis Dóminus ignem sui amóris, et flammam ætérne caritatis. Amen.
O Senhor acenda em nós o fogo do Seu amor e a chama de Sua eterna caridade. Amém.
Enquanto lava as mãos Salmo 25 (6-12):
Lavábo inter innocéntes manus meas: et circúmdabo altare tuum, Dómine: Ut áudiam vocem laudis, et enárrem univérsa mirabília tua. Dómine, diléxi decórem domus tuæ et locum habitatiónis glóriæ tuæ. Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam, et cum viris sánguinum vitam meam: In quorum mánibus iniquitátes sunt: déxtera eórum repléta est munéribus. Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum: rédime me et miserére mei. Pes meus stetit in dirécto: in ecclésiis benedícam te, Dómine.
Lavarei as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximarei do Vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos Vossos louvores, e proclamar todas as Vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Vossa casa, e o lugar onde reside a Vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu, porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu Vos bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos.
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.
Gloria ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento à Santíssima Trindade:
Súscipe, sancta Trínitas, hanc oblatiónem, quam tibi offérimus ob memóriam passiónis, resurrectiónis, et ascensiónis Iesu Christi, Dómini nostri: et in honórem beátæ Maríæ semper Vírginis, et beáti Ioannis Baptistæ, et sanctórum Apóstolórum Petri et Pauli, et istorum et ómnium Sanctórum: ut illis profíciat ad honórem, nobis autem ad salútem: et illi pro nobis intercédere dignéntur in cælis, quorum memóriam ágimus in terris. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no Céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Orate, fratres:
V. Oráte, fratres: continua em voz baixa ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud Deum Patrem em voz alta omnipoténtem.
V. Orai irmãos, continua em voz baixa para que este meu sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai todo em voz alta poderoso.
R. Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam nominis sui, ad utilitátem quoque nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ.
R. Receba, o Senhor, de tuas mãos este sacrifício, para louvor e glória de Seu nome, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja.
V. Amen.
V. Amém.
Secreta
É o sétimo texto próprio de cada Missa. Trata-se de uma oração dita sobre as oferendas. Seu nome é devido ao fato de ser dita em segredo (voz baixa). À secreta podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.
SACRIFÍCIIS præséntibus, Dómine, quæsumus, inténde placátus: ut et devotióni nostræ profíciant et salúti. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
OLHAI, benignamente, Senhor, para os sacrifícios presentes, a fim de que aproveitem à nossa submissão e à nossa salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
Praefatio
O Prefácio é a abertura solene do Cânon, a parte central da Missa. Vária de acordo com o tempo e festas litúrgicas.
V. Per ómnia sǽcula sæculórum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Sursum corda.
V. Corações ao alto.
R. Habémus ad Dóminum.
R. Já os temos no Senhor.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro.
V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et iustum est.
R. É digno e justo.
De Quadragesima
VERE dignum justum est, aequum et salutare, nos tibi semper et ubique gratias agere: Domine Sancte, Pater omnipotens aeterne Deus: Qui corporali ieiunio vitia comprimis, mentem elevas, virtutem largiris et praemia: per Christum Dominum nostrum. Per quem maiestatem tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates. Caeli caelorumque Virtutes, ac beata Seraphim, socia exsultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti iubeas, deprecamur, supplici confessione dicentes:
VERDADEIRAMENTE é digno e justo, e igualmente salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor, Pai Santo, onipotente e eterno Deus: que pelo jejum corporal reprimis os vícios, elevais a inteligência, concedeis a virtude e o prêmio dela, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele louvam os Anjos a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os Bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, fazei que se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos:
Todos: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt coeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Bened✠íctus, qui venit in nómine Dómini. Hosánna in excélsis.
Todos: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos. Os Céus e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Ben✠dito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
(de joelhos)
Canon
O Cânon é a parte central da Santa Missa e envolve o Sacrifício do altar em mistério por ser dito praticamente todo em voz baixa. Com o Prefácio, começou a grande prece eucarística da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício.
A Igreja Militante
Te ígitur, clementíssime Pater, per Iesum Christum, Fílium tuum, Dóminum nostrum, súpplices rogamus, ac pétimus, uti accépta hábeas et benedícas, hæc ✠ dona, hæc ✠ múnera, hæc ✠ sancta sacrifícia illibáta, in primis, quæ tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica: quam pacificáre, custodíre, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum: una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodóxis, atque cathólicæ et apostólicæ fídei cultóribus.
A Vós, ó Pai clementíssimo, por Jesus Cristo Vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos que aceiteis e abençoeis estes ✠ dons, estas ✠ dádivas, estas santas ✠ oferendas imaculadas. Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela Vossa santa Igreja Católica, para que Vos digneis dar-lhe a paz, protegê-la, conservá-la na unidade e governá-la, em toda a terra, e também pelo Vosso servo o nosso Papa N., pelo nosso Bispo N., e por todos os [bispos] ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.
Recomendação dos vivos
Meménto, Dómine, famulórum famularúmque tuarum N. et N. et ómnium circumstántium, quorum tibi fides cógnita est et nota devótio, pro quibus tibi offérimus: vel qui tibi ófferunt hoc sacrifícium laudis, pro se suísque ómnibus: pro redemptióne animárum suárum, pro spe salútis et incolumitátis suæ: tibíque reddunt vota sua ætérno Deo, vivo et vero.
Lembrai-Vos, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a Vós, ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
A Igreja triunfante
Communicántes, et memóriam venerántes, in primis gloriósæ semper Vírginis Maríæ, Genetrícis Dei et Dómini nostri Iesu Christi: sed et beáti Ioseph, eiúsdem Vírginis Sponsi, et beatórum Apostolórum ac Mártyrum tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Iacóbi, Ioánnis, Thomæ, Iacóbi, Philíppi, Bartholomǽi, Matthǽi, Simónis et Thaddǽi: Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni, Ioánnis et Pauli, Cosmæ et Damiáni: et ómnium Sanctórum tuórum; quorum méritis precibúsque concédas, ut in ómnibus protectiónis tuæ muniámur auxílio. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Unidos na mesma comunhão, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo, e também de São José, esposo da mesma Virgem, e dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os Vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de Vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amem.
A sineta nos avisa o momento da Consagração
Hanc ígitur oblatiónem servitútis nostræ, sed et cunctæ famíliæ tuæ, quǽsumus, Dómine, ut placátus accípias: diésque nostros in tua pace dispónas, atque ab ætérna damnatióne nos éripi, et in electórum tuórum iúbeas grege numerári. Per Christum, Dómi-num nostrum. Amen.
Por isso, Vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a Vossa Igreja Vos prestamos, firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos no número dos Vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amem.
Quam oblatiónem tu, Deus, in ómnibus, quǽsumus, bene✠díctam, adscrí✠ptam, ra✠tam, rationábilem, acceptabilémque fácere dignéris: ut nobis Cor✠pus, et San✠guis fiat dilectíssimi Fílii tui, Dómini nostri Iesu Christi.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por Vós em tudo, aben✠çoada, apro✠vada, ratifi✠cada, digna e aceitável aos Vossos olhos, a fim de que se torne para nós o Cor✠po e o San✠gue de Jesus Cristo, Vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.
Consagração da Hóstia:
Qui prídie quam paterétur, accépit panem in sanctas ac venerábiles manus suas, elevátis óculis in cælum ad te Deum, Patrem suum omnipoténtem, tibi grátias agens, bene✠díxit, fregit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et manducáte ex hoc omnes.
Na véspera de Sua Paixão, Ele tomou o pão em Suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao Céu para Vós, ó Deus, Seu Pai onipotente, dando-Vos graças, ben✠zeu-o, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e comei Dele, todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
ISTO É O MEU CORPO.
Consagração do Cálice:
Símili modo postquam cenatum est, accípiens et hunc præclárum Cálicem in sanctas ac venerábiles manus suas: item tibi grátias agens, bene✠díxit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et bíbite ex eo omnes.
De igual modo, depois da ceia, tomando também este precioso cálice em Suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-Vos graças, ben✠zeu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei Dele todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET AETERNI TESTAMENTI: MYSTERIUM FIDEI: QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM.
ESTE E O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS.
Hæc quotiescúmque fecéritis, in mei memóriam faciétis.
Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim.
Continuação do Cânon
Unde et mémores, Dómine, nos servi tui, sed et plebs tua sancta, eiúsdem Christi Fílii tui, Dómini nostri, tam beátæ passiónis, nec non et ab ínferis resurrectiónis, sed et in cælos gloriósæ ascensiónis: offérimus præcláræ maiestáti tuæ de tuis donis ac datis, hóstiam ✠ puram, hóstiam ✠ sanctam, hóstiam ✠ immaculátam, Panem ✠ sanctum vitæ ætérnæ, et Cálicem ✠ salútis perpétuæ.
Por esta razão, ó Senhor, nós, Vossos servos, com o Vosso povo santo, em comemoração da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de Sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de Sua gloriosa Ascensão aos Céus, oferecemos à Vossa augusta Majestade, de Vossos dons e dádivas, a Hóstia ✠ pura, a Hóstia ✠ santa, a Hóstia ✠ imaculada, o Pão ✠ santo da vida eterna, e o Cálice ✠ da salvação perpétua.
Supra quæ propítio ac seréno vultu respícere dignéris: et accépta habére, sicúti accépta habére dignátus es múnera púeri tui iusti Abel, et sacrifícium Patriárchæ nostri Abrahæ: et quod tibi óbtulit summus sacérdos tuus Melchísedech, sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam.
Sobre estes dons, Vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebestes as ofertas do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé, e o que Vos ofereceu Vosso sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, imaculada hóstia.
Súpplices te rogámus, omnípotens Deus: iube hæc perférri per manus sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum, in conspéctu divínæ maiestátis tuæ: ut, quotquot ex hac altáris participatióne sacrosánctum Fílii tui Cor✠pus, et Sáng✠uinem sumpsérimus, omni benedictióne cælésti et grátia repleámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Suplicantes Vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de Vosso Santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao Vosso sublime Altar, à presença de Vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Cor✠po, e San✠gue de Vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da graça. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amem.
Recomendação dos mortos:
Meménto étiam, Dómine, famulórum famularúmque tuárum N. et N., qui nos præcessérunt cum signo fídei, et dormiunt in somno pacis. Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus locum refrigérii, lucis, et pacis, ut indúlgeas, deprecámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Lembrai-Vos, também, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os que repousam em Jesus Cristo, nós Vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Nobis quoque peccatóribus fámulis tuis, de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, partem áliquam et societátem donáre dignéris, cum tuis sanctis Apóstolis et Martýribus: cum Ioánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro, Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, Anastásia, et ómnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consórtium, non æstimátor mériti, sed véniæ, quǽsumus, largítor admítte. Per Christum, Dóminum nostrum.
Também a nós, pecadores, Vossos servos, que esperamos na Vossa infinita misericórdia, dignai-Vos conceder um lugar na sociedade de Vossos Santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os Vossos Santos. Unidos a eles pedimos, Vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Per quem hæc ómnia, Dómine, semper bona creas, sanctí✠ficas, viví✠ficas, bene✠dícis et præs-tas nobis.
Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santi✠ficais, vivi✠ficais, aben✠çoais, e nos concedeis todos estes bens.
Fim do Cânon
Per ip✠sum, et cum ip✠so, et in ip✠so, est tibi Deo Patri ✠ omnipoténti, in unitáte Spíritus ✠ Sancti, omnis honor, et glória.
Por E✠le, com E✠le e Ne✠le, a Vós, Deus Pai ✠ onipotente, na unidade do Espírito ✠ Santo, toda a honra e toda a glória.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(de pé)
Preparação para a Comunhão
Pai Nosso
V. Orémus: Præcéptis salutáribus móniti, et divína institutione formati audemus dicere:
V. Oremos. Instruídos pelos ensinamentos salutares e formados pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in caelis, Sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in coelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem:
Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo.
R. Mas livrai-nos do mal.
V. Amen.
V. Amém.
Embolismo:
Líbera nos, quǽsumus, Dómine, ab ómnibus malis, prætéritis, præséntibus et futúris: et intercedénte beáta et gloriósa semper Vírgine Dei Genetríce María, cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo, atque Andréa, et ómnibus Sanctis, da propítius pacem in diébus nostris: ut, ope misericórdiæ tuæ adiúti, et a peccáto simus semper líberi et ab omni perturbatióne secúri. Per eúndem Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus.
Ó Senhor, livrai-nos de todos os males passados, presentes e futuros, e pela intercessão da Bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos Vossos Bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Pax Domini sit semper vobiscum.
V. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
União do Corpo e do Sangue:
Hæc commíxtio, et consecrátio Córporis et Sánguinis Dómini nostri Iesu Christi, fiat accipiéntibus nobis in vitam ætérnam. Amen.
Esta união e consagração do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amem.
Agnus Dei:
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
(de joelhos)
Orações da Comunhão:
Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis, pacem meam do vobis: ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiæ tuæ; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a Minha paz”: não olheis os meus pecados, mas a fé da Vossa Igreja; dai-lhe, segundo a Vossa Vontade, a paz e a unidade. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spíritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificásti: líbera me per hoc sacrosánctum Corpus et Sánguinem tuum ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis: et fac me tuis semper inhærére mandátis, et a te numquam separári permíttas: Qui cum eódem Deo Patre et Spíritu Sancto vivis et regnas Deus in sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que com a cooperação do Espírito Santo, por vontade do Pai, destes a vida ao mundo por Vossa morte. Livrai-me, por este Vosso sacrossanto Corpo e por Vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os Vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Percéptio Córporis tui, Dómine Iesu Christe, quod ego indígnus súmere præsúmo, non mihi provéniat in iudícium et condemnatiónem: sed pro tua pietáte prosit mihi ad tutaméntum mentis et córporis, et ad medélam percipiéndam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por Vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Comunhão do sacerdote:
Panem cæléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo.
Receberei o Pão do Céu e invocarei o nome do Senhor.
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Corpus Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amem.
Quid retríbuam Dómino pro ómnibus, quæ retríbuit mihi? Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo. Laudans invocábo Dóminum, et ab inimícis meis salvus ero.
Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Sanguis Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Comunhão dos fiéis
(onde for costume, reza-se o Confiteor e recebe-se a absolvição, como nas orações ao pé do altar):
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
Depois o Padre, apresentando a Hóstia, diz:
V. Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccata mundi.
V. Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira o pecado do mundo!
R. Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
R. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Depois administra a sagrada Comunhão, dizendo a cada um:
V. Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen.
V. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.
O fiel nada responde.
Para comungar o fiel fica de joelhos no genuflexório da mesa de Comunhão, abre a boca e coloca a ponta da língua sobre o lábio inferior. Não é necessário abrir muito a boca, nem levantar a cabeça, apenas deixa-la reta. Não se responde nada e não se leva a boca ao encontro da mão do Padre, permanece-se parado. Recebida a Comunhão não se benze nem beija a mão do Padre, apenas volta para o seu lugar e reza algumas orações em ação de graças.
Durante todo o rito da distribuição da sagrada Comunhão todos ficam de joelhos (ou em pé), pois o Santíssimo Sacramento está exposto.
Abluções:
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
Quod ore súmpsimus, Dómine, pura mente capiámus: et de múnere temporáli fiat nobis remédium sempitérnum.
Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha salvação eterna.
Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhǽreat viscéribus meis: et præsta; ut in me non remáneat scélerum mácula, quem pura et sancta refecérunt sacraménta: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. Amen.
Concedei, Senhor, que Vosso Corpo e Vosso Sangue que recebi, penetrem meu interior, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amem.
Communio (Sl 5,2-4)
É o oitavo texto próprio de cada Missa. Com ele a Igreja reafirma seus desejos e intenções diante dos benefícios de Deus.
INTÉLLIGE clamórem meum: inténde voci oratiónis meæ, Rex meus, et Deus meus: quóniam ad te orábo, Dómine.
ESCUTAI meu clamor; atendei à voz de minha oração, ó meu Rei e meu Deus; porque é a Vós, Senhor, que eu invoco.
(de pé)
Postcommunio
É o nono texto próprio de cada Missa. Aqui a Igreja agradece a Deus o Sacramento recebido e pede a graça de fazer frutificar o Dom recebido.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
SÚPPLICES te rogámus, omnípotens Deus: ut, quos tuis réficis sacraméntis, tibi étiam plácitis móribus dignánter deservíre concédas. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
HUMILDEMENTE Vos rogamos, ó Deus onipotente, concedais benigno que com santos costumes Vos sirvam os que alimentais com os vossos Sacramentos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Conclusão
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Depois diz-se:
V. Ite, Missa est.
V. Ide, estais despedidos.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
E acrescenta a oração à Santíssima Trindade, em voz baixa:
Pláceat tibi, sancta Trínitas, obséquium servitútis meæ: et præsta; ut sacrifícium, quod óculis tuæ maiestátis indígnus óbtuli, tibi sit acceptábile, mihíque et ómnibus, pro quibus illud óbtuli, sit, te miseránte, propitiábile. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de Vossa Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e por Vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amem.
Bênção final
Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius, ✠ et Spíritus Sanctus.
Abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, e Filho, ✠ e Espírito Santo.
R. Amen.
R. Amém.
Último Evangelho (Jo 1, 1-14)
V. Dominus vobiscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Initium ✠ sancti Evangélii secúndum Ioánnem.
V. Início ✠ do santo Evangelho segundo São João.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós Senhor.
In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Ioánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem rece-pérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine eius: qui non ex sangue-nibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt.
A Luz verdadeira era a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.
Aqui todos genufletem:
ET VERBUM CARO FACTUM EST,
E O VERBO SE FEZ CARNE,
et habitávit in nobis: et vídimus glóriam eius, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritatis.
e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
Orações Finais de Leão XIII
Estas orações finais são recitadas somente nas Missas Rezadas, e podem ser omitidas em algumas ocasiões, como aos domingos e quando a Missa é seguida de algum exercício piedoso.
V. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.
V. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor e convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen. (3x)
Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. (3x)
V. Salve Regina,
V. Salve Rainha,
Todos: Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules filii Evæ. Ad te suspiramus gementes et fientes in hac lacrymarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis, post hoc exilium, ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Todos: Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremus.
Oremos.
Deus, refugium nostrum et virtus, populum ad te clamantem propitius respice; et intercedente gloriosa, et immaculata Virgine Dei Genitrice Maria, cum beato Joseph, ejus Sponso, ac beatis Apóstolis tuis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quas pro conversione peccatorum, pro libertate et exal-tatione sanctæ Matris Ecclesiæ, preces effundimus, misericors et benignus exaudi. Per eundum Christum Dominum nostrum.
Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propício os clamores de Vosso povo; e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho, de São José, casto Esposo de Maria, dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos pela conversão dos pecadores, liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
R. Amém.
V. Cor Jesu sacratíssimum. (ter)
V. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3x)
R. Miserére nobis. (ter)
R. Tende piedade de nós. (3x)
Acessar a Liturgia Anual 2025 [...]
Leia mais...
13 de março de 20250:00
Antígono, parente do imperador Teodósio I, morreu, deixando uma filha de um ano chamada Eufrásia. O imperador colocou a viúva e a menina sob sua proteção. Quando a menina tinha cinco anos, ele a contratou em casamento com o filho de um senador rico – como era costume na época – e adiou o casamento até que a donzela atingisse a idade adequada. A viúva de Antígono começou a ser procurada para casamento com tanta frequência que decidiu abandonar a corte e, com a filha Eufrásia, partiu para o Egito, onde se refugiou num convento.
Eufrasia, que tinha sete anos na época, sentiu-se fortemente atraída pela vida religiosa e implorou às religiosas que a deixassem ficar com elas. Sua mãe, para agradá-la e pensando que era apenas um capricho passageiro, permitiu que ela ficasse, esperando que logo ela se cansasse daquela vida e avisando-a que deveria jejuar, deitar no chão e aprender toda a salmodia de cor. Mas a menina foi perseverante e, depois de um período de provação, quis continuar no convento. Então a abadessa disse à mãe: “Deixe a menina conosco, pois a graça de Deus está preparando o seu coração”.
– A piedade que vós incutiistes nela e a que ela herdou de seu pai, Antígono – respondeu a mãe com voz emocionada – abriram para minha filha o caminho para a maior perfeição.
A boa mulher levantou a menina e, chorando de alegria, levou-a até uma imagem do Salvador.
– Meu Senhor, Jesus Cristo! – clamou – Recebei minha filha e fazei com que ela procure apenas a Vós e Vos e ame; recebei-a para que só sirva a Vós e só a Vós se recomende!
Depois abraçou Eufrasia com força, murmurando:
– Que Deus, que deu firmeza inquebrantável às montanhas, te guarde em Seu santo temor!
Poucos dias depois, a menina de oito anos recebeu o hábito e a mãe perguntou se ela estava satisfeita.
– Ah! mãe, – exclamou a pequena noviça – esta é a veste de noiva que me deram para homenagear meu amado Jesus.
Não demorou muito para que a santa mulher fosse fazer companhia ao marido na vida após a morte. Enquanto isso, na solidão do convento, Eufrásia crescia em graça e beleza. Quando a menina tinha doze anos, o imperador, possivelmente Arcádio, lembrou-se da promessa que seu antecessor Teodósio I havia feito e enviou uma mensagem ao convento do Egito, implorando a Eufrásia que voltasse a Constantinopla para cumprir a promessa e se casar com o senador, que havia prometido a ela.
Naturalmente, a jovem recusou-se a deixar o convento e escreveu uma longa carta ao imperador, implorando-lhe que a libertasse para seguir a sua vocação e pedindo-lhe a graça de vender as propriedades herdadas dos seus pais para distribuir o dinheiro entre os pobres também, como deixar todos os escravos de sua casa livres.
O imperador acedeu aos desejos de Eufrásia, que continuou a sua vida habitual no convento; mas então ela começou a sofrer tentações: era constantemente atormentada por pensamentos vãos e desejos malignos de conhecer o mundo que havia abandonado. A abadessa, a quem ela abriu o coração, atribuiu-lhe algumas tarefas difíceis e humilhantes para distrair a sua atenção e afastar os demônios que atormentavam o seu corpo e a sua alma.
Em uma ocasião, ela recebeu ordem de mover uma pilha de pedras e, quando a tarefa foi concluída, recebeu ordem de repetir a operação e assim por diante até trinta vezes. Nisto e em tudo o que lhe foi ordenado, Eufrásia foi pronta e cuidadosa: limpava as celas das outras religiosas, levava água para a cozinha, cortava lenha, assava pão e cozinhava a comida.
A religiosa que exercia essas ocupações era geralmente dispensada dos Ofícios noturnos, mas Eufrásia nunca deixou de ocupar o seu lugar no coro. Apesar da dureza das tarefas que desempenhava, aos vinte anos a sua beleza estava em todo o seu esplendor: era alta, esbelta e tinha um rosto lindo e cheio de expressão. Contudo, sua mansidão e humildade eram extraordinárias.
Certa vez, uma empregada da cozinha perguntou-lhe por que às vezes ela ficava sem comer a semana toda, algo que ninguém ousava fazer, exceto a abadessa. A santa disse-lhe que o fez por vontade própria e sem consentimento de ninguém; então a empregada a chamou de hipócrita, pois ela só tentava chamar a atenção na esperança de ser nomeada superiora. Longe de se sentir ofendida por uma acusação tão injusta, Eufrásia lançou-se aos pés daquela mulher, pedindo-lhe perdão e suplicando-lhe que rezasse por ela.
Quando a santa estava no leito de morte, Júlia, sua querida irmã com quem dividia a cela, implorou a Eufrásia que obtivesse a graça de estar com ela no céu, já que haviam sido companheiras na terra. Três dias após a morte de Eufrasia, Júlia também morreu.
A velha abadessa que acolheu Eufrásia no seu convento não se consolava com a perda daquelas duas queridas filhas e não deixava de rezar fervorosamente ao céu para que não demorasse a ir juntar-se a elas. Um dia, pouco tempo depois, quando as religiosas entraram na cela da abadessa, encontraram-na morta; sua alma voou durante a noite para se juntar às outras duas.
Segundo o costume russo, Santa Eufrásia é nomeada na preparação da Missa bizantina.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. I, ano 1965, pp. 548-549) [...]
Leia mais...
13 de março de 20250:00
A QUINTA-FEIRA DA I SEMANA DA QUARESMA
Ano Litúrgico – Dom Próspero Gueranger
A Estação se celebra hoje na Igreja de São Lourenço in Panisperna, uma das que a piedade romana erigiu em honra do mais célebre Mártir da Cidade Eterna.
COLETA – NÓS Vos pedimos, Senhor, olhai, benigno, para a piedade de vosso povo, a fim de que, todos os que mortificam o corpo com a abstinência, sejam fortalecidos na alma com o fruto das boas obras. Por Nosso Senhor.
EPÍSTOLA – Leitura do Profeta Ezequiel – NAQUELES dias, a palavra do Senhor me foi assim dirigida: De onde vem que entre Vós mudastes a parábola em provérbio, nas terras de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas azedas e os dentes dos filhos se embotaram? Juro, diz o Senhor Deus, não passará entre vós essa parábola como provérbio, em Israel. Eis que todas as almas são minhas: tanto me pertence a alma do pai como a alma do filho. A alma que tiver pecado perecerá. Se um homem for justo e agir com equidade e justiça; se não comer o sacrifício nas montanhas e se não levantar os olhos para os ídolos da casa de Israel; se não fizer mal à mulher de seu próximo, nem se aproximar da mulher menstruada e não contristar ninguém; se restituir o penhor a seu devedor; se nada tomar de outrem, por violência; se partilhar seu pão com o que tem fome; se der vestimenta ao nu; se nada emprestar com usura e não receber mais do que emprestou; se desviar sua mão da iniquidade e se julgar com sabedoria, entre um homem e outro; se seguir os meus preceitos e observar os meus mandamentos para agir segundo a verdade, esse é justo e viverá muito seguramente, diz o Senhor onipotente.
CONVERSÃO DOS POVOS – Estas palavras do Profeta declaram-nos a maravilhosa misericórdia de Deus para com os gentios, que estão prestes a passar das trevas para a luz, pela graça do santo Batismo. Os Judeus tinham um provérbio favorito: “Os pais comeram uvas verdes, e prejudicados ficaram os dentes dos filhos” (Jr 31,29), mas Deus nos assegura, mesmo no Antigo Testamento, que pecados são pessoais, isto é, eles pertencem àquele que os comete, e a ninguém mais; de modo que, o filho de um pai perverso, se ele andar no caminho da justiça, encontrará misericórdia e salvação. Os apóstolos e seus discípulos pregaram o Evangelho aos gentios e os gentios foram obedientes ao chamado; eles eram filhos de idólatras, e ainda assim foram vistos reunindo-se na Fonte da regeneração, abjurando os maus caminhos de seus pais e tornando-se os objetos do amor de Deus. O mesmo aconteceu na conversão dos bárbaros do Ocidente; está acontecendo agora em nossos dias, entre nações infiéis; e muitos serão os Catecúmenos que, na próxima Páscoa, receberão o sacramento do Batismo.
A JUSTIÇA DE DEUS – Embora inocentes sofram consequências dos erros, crimes e pecados dos maus, na ordem moral cada indivíduo é tratado de acordo com seus próprios méritos ou deméritos; e como Deus não imputa a um filho virtuoso as iniquidades do pai, tampouco as virtudes do pai cobrem a iniquidade do filho. São Luís foi avô de Felipe o Belo e Luís XVI era neto de Luís XV; tais contrastes se encontram em muitas famílias. Diante do homem está a vida e a morte, o bem e o mal, e aquilo que ele escolher será dado a ele (Ecl 15,14-18). E, no entanto, tal é a misericórdia de Senhor nosso Deus que, se um homem tiver feito uma má escolha, mas depois rejeitar o mal e voltar-se para o que é bom, ele certamente viverá, e seu arrependimento lhe restituirá o que ele perdeu.
EVANGELHO – Continuação do santo Evangelho segundo São Mateus. – NAQUELE tempo, Jesus partiu dali e retirou-se para os lados de Tiro e Sidon. E eis que uma mulher Cananéia saiu dessas regiões e clamando, disse-Lhe: Tende piedade de mim, Senhor, Filho de Davi! Minha filha está muito atormentada por um espírito maligno. Ele não lhe respondeu palavra. Aproximando-se, seus discípulos O suplicavam, dizendo: Mandai-a embora, pois está a gritar atrás de nós. Respondendo, Ele disse: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel. Ela porém, chegou-se e O adorou, dizendo: Senhor, socorrei-me. Ao que Ele respondeu: Não está bem tomar o pão dos filhos e jogá-los aos cães. Disse ela no entanto: Sim, Senhor, mas também os cãezinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos. Então Jesus lhe respondeu com estas palavras: Ó mulher, grande é a tua fé; faça-se segundo tua vontade. E a filha dessa mulher ficou curada naquela mesma hora.
A ORAÇÃO INTENSA E PERSEVERANTE – Jesus fica admirado com a fé dessa mulher, por isso, Ele a elogia e desejaria que a imitássemos. E, no entanto, ela é uma pagã (não é do povo de Deus). Provavelmente ela tenha sido uma idolatra, mas o amor maternal a induziu a ir até Jesus e lançar-se aos Seus pés. Ela obtém dele a cura da filha e, sem dúvida, sua própria conversão. É uma ilustração da promessa consoladora que acabamos de ouvir do Profeta Ezequiel: há almas escolhidas em todas as raças, mesmo naquela amaldiçoada de Canaã. Nosso Senhor trata essa mulher com aparente aspereza, embora Ele pretenda dar o que ela pede: Ele queria sua fé fortalecida ao ser julgada e, pelo julgamento, ela merece ser recompensada. Vamos rezar durante estes dias da misericórdia com perseverante confiança. A filha desta mulher cananéia foi perturbada por um demônio, isto é, seu corpo estava possuído por um espírito maligno. Quantos não há, em todos os lugares na Igreja, cujas almas são presas de Satanás, por estarem em estado de pecado mortal! Eles estão conscientes de sua miséria? Eles imploram a nosso Senhor que tenha misericórdia deles e os livre? E se, a princípio, Ele adiar seu perdão, eles se humilham como esta mulher do nosso Evangelho que confessa ser merecedora desse desprezo com o qual Jesus parece tratá-la? Ovelhas perdidas da casa de Israel! faça bom uso deste período sagrado quando o seu Bom Pastor está tão perto. Antes que se passem quarenta dias, Ele será morto e o povo que o negar não será mais dele. Antes que quarenta dias se passem, estaremos celebrando o aniversário deste grande Sacrifício; e o pecador que não se converter do erro dos seus caminhos, e não recorrer a Jesus, como fez esta humilde mulher de Canaã, merecerá ser para sempre rejeitado. Vamos, então, nos dedicar à grande obra de nossa conversão e nos preparar para pedir o perdão. Tal é a generosidade de nosso Pai Celestial que, se desejamos com toda a sinceridade de nossa alma ser mais uma vez seus filhos fiéis, Ele nos dará mais do que as migalhas que caem de sua mesa; Ele nos dará Jesus, o Pão da Vida, penhor de nossa reconciliação!
ORAÇÃO – Oremos. Humilhai as vossas cabeças diante de Deus.
CONCEDEI, Senhor, aos povos cristãos, que conheçam bem as verdades que professam e amem o Dom celestial que tantas vezes recebem. Por Nosso Senhor. [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
Santa Missa Diária (15/03/25)
Sábado das Têmporas da Quaresma
II classe, paramentos roxos
Estação em São Pedro
Já não podemos ter ideia da solenidade que a Igreja antiga dava à celebração das Quatro Têmporas. Os cristãos reuniam-se, depois de terem jejuado o dia todo, no sábado à noite. Passavam a noite inteira orando, lendo e cantando perto do túmulo de São Pedro e celebravam a Sagrada Eucaristia bem cedo na manhã de domingo. Era durante esta Missa que as Ordens eram conferidas. A Igreja brilhantemente iluminada no meio da noite, o povo reunido em grande número, todo o clero reunido em torno do Papa, os cantos celestes da Schola, as nuvens de incenso que se erguiam em torno do túmulo de São Pedro, tudo isto formava um cenário maravilhoso para a celebração das Quatro Têmporas. Hoje é o grande dia de ação de graças pelos benefícios do trimestre passado e, ao mesmo tempo, um dia de renovação da aliança com Deus. O Papa São Leão (+461) terminava a maioria das suas homilias das Quatro Têmporas com estas palavras: “Quarta e sexta-feira, jejuemos; Sábado vamos celebrar a vigília perto do Apóstolo São Pedro.” Sabemos também que nesse mesmo dia ele fazia uma homilia sobre o Evangelho da Transfiguração. Assim, já se passaram pelo menos 1.500 anos desde que a Igreja celebrou a nossa Missa neste dia, na igreja da estação de São Pedro. A Missa, durante a qual as Ordenações eram realizadas, foi celebrada durante a noite de modo que quando acabava o domingo já tinha começado. Mais tarde, a Missa das ordenações era dita no início do sábado, como agora a temos, mas, em memória da prática antiga, o Evangelho para o sábado é repetido no domingo. O mesmo é observado no sábado da Semana das Têmporas do Advento, pois a Missa de ordenação daquele tempo também foi antecipada. São Pedro, o Moisés do Novo Testamento, fala nas duas primeiras Lições, e em nome dos outros Apóstolos, no Evangelho. As Lições ainda aludem ao costume de, neste dia, o povo pagar as suas dízimas; e em geral, reparamos o espírito do tempo quaresmal nos textos e orações desta Missa.
1. Missa longior – 2. Missa brevior
(Procissão de Entrada: de pé)
ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR OU PREPARAÇÃO PÚBLICA
(Preparamos nossa alma pelo desejo e arrependimento)
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
V. In nómine Patris, ✠ et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.
Introíbo ad altáre Dei.
V. Em nome ✠ do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Salmo 42, 1-5
O salmo Judica, em razão de seu caráter alegre, omite-se nas Missas de defunto e no tempo da Paixão.
V. Iúdica me, Deus, et discérne causam meam de gente non sancta: ab hómine iníquo et dolóso érue me.
V. Julgai, ó Deus e separai minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, et quare tristis incédo, dum afflígit me inimícus?
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza, por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
V. Emítte lucem tuam et veritátem tuam: ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem sanctum tuum et in tabernácula tua.
V. Enviai-me a Vossa luz e a Vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a Vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Subirei ao altar de Deus, do Deus que é a alegria da minha juventude.
V. Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me?
V. A Vós louvarei ó Deus, meu Deus, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quóniam adhuc confitébor illi: salutáre vultus mei, et Deus meus.
R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
V. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in saecula sæculórum. Amen.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Introíbo ad altáre Dei.
V. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Confissão
V. Adiutórium nostrum ✠ in nómine Dómini.
V. O nosso ✠ auxílio está no nome do Senhor.
R. Qui fecit coelum et terram.
R. Que fez o Céu e a Terra.
V. Confíteor Deo…
V. Eu pecador…
R. Misereátur tui omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam.
R. Que Deus onipotente Se compadeça de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna.
V. Amen.
V. Amém.
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
V. Deus, tu convérsus vivificábis nos.
V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætábitur in te.
R. E o Vosso povo se alegrará em Vós.
V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.
V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
R. Et salutáre tuum da nobis.
R. E dai-nos a Vossa salvação.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat.
R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
(de pé)
Este convite “Oremus” do sacerdote ao subir ao altar, é um convite para que o povo o acompanhe em orações. Deste modo, ao mesmo tempo em que vemos no altar o representante de Deus, temos no mesmo sacerdote o representante do povo fiel.
O sacerdote sobe ao altar, rezando em voz baixa:
Aufer a nobis, quǽsumus, Dómine, iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum puris mereámur méntibus introíre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Pedimos-Vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
E beija o altar, dizendo:
Orámus te, Dómine, per mérita Sanctórum tuórum, quorum relíquiæ hic sunt, et ómnium Sanctórum: ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen.
Nós Vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de Vossos Santos, cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais Santos, Vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
Saudar o altar com um beijo é reparar Jesus daquele beijo traidor de Judas, e representa a intimidade e proximidade do sacerdote ao saudar o povo.
Primeira parte: Instrução ou Liturgia da Palavra
MISSA DOS CATECÚMENOS
Nesta primeira parte da Missa falamos a Deus por Jesus Cristo com o Introito, Kyrie, Glória e Coleta; e Deus nos fala pelas Leituras (Epístola e Evangelho) e pela homilia.
Introitus (Sl 87,3,2)
O Introito é um dos textos próprios para cada Missa. Como o nome já indica, aqui é que antigamente começava a Missa depois da procissão feita por todos os fiéis reunidos com o Papa. O introito é geralmente uma oração composta dum versículo de salmo, o qual se cantava antigamente inteiro com o Gloria Patri. Chama-se Introito porque era cantado durante a entrada do sacerdote. Com o introito inicia-se a Missa de fato, pois antes era apenas a preparação imediata.
Às primeiras palavras do Introito todos se benzem juntamente com o celebrante.
INTRET orátio mea in conspéctu tuo: inclína aurem tuam ad precem meam, Dómine. PS. Dómine, Deus salútis meæ: in die clamávi, et nocte coram te. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. INTRET orátio mea in conspéctu tuo: inclína aurem tuam ad precem meam, Dómine.
SUBA a minha oração à vossa presença; inclinai, Senhor, o vosso ouvido à minha súplica. SL. Senhor, Deus de minha salvação, de dia e de noite, eu clamo por Vós. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. SUBA a minha oração à vossa presença; inclinai, Senhor, o vosso ouvido à minha súplica.
Kyrie
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Christe, eléison.
V. Cristo, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
Colecta
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
PÓPULUM tuum, quǽsumus, Dómine, propítius réspice: atque ab eo flagella tuæ iracúndiæ cleménter avérte. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
NÓS, Vos rogamos, Senhor, olhai propício para o vosso povo, e afastai dele, benignamente, os flagelos de vossa ira. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
I Leitura (Dt 26,12-19)
Léctio libri Deuteronómii.
IN diébus illis: Locútus est Móyses ad pópulum, dicens: «Quando compléveris décimam cunctárum frugum tuárum, loquéris in conspéctu Dómini, Dei tui: “Abstuli, quod sanctificátum est de domo mea, et dedi illud levítæ et ádvenæ et pupíllo ac víduæ, sicut jussísti mihi: non præterívi mandáta tua, nec sum oblítus impérii tui. Obœdívi voci Dómini, Dei mei, et feci ómnia, sicut præcepísti mihi. Réspice de sanctuário tuo et de excélso cœlórum habitáculo, et benedic pópulo tuo Israël, et terræ, quam dedísti nobis, sicut jurásti pátribus nostris, terræ lacte et melle manánti.” Hódie Dóminus, Deus tuus, præcépit tibi, ut fácias mandáta hæc atque judícia: et custódias et ímpleas ex toto corde tuo et ex tota ánima tua. Dóminum elegísti hódie, ut sit tibi Deus, et ámbules in viis ejus, et custódias cæremónias illíus et mandáta atque judícia, et obédias ejus império. Et Dóminus elegit te hódie, ut sis ei pópulus peculiáris, sicut locútus est tibi, et custódias ómnia præcépta illíus: et fáciat te excelsiórem cunctis géntibus, quas creávit in laudem et nomen et glóriam suam: ut sis populus sanctus Dómini, Dei tui, sicut locútus est.»
Leitura do livro do Deuteronômio
NAQUELES dias, falou Moisés ao povo, nestes termos: Quando tiveres acabado de pagar o dízimo de todos os teus frutos, dirás na presença do Senhor, teu Deus: Eu tirei de minha casa o que Vos é consagrado, e dei-o ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva como me ordenastes; não transgredi os vossos mandamentos, nem me esqueci de vosso preceito. Obedeci à voz do Senhor, meu Deus, e fiz tudo como me ordenastes. Olhai de vosso santuário, da excelsa morada dos céus e abençoai Israel, vosso povo, e a terra que nos destes, como jurastes a nossos país, terra de onde mana leite e mel. O Senhor, teu Deus, ordenou-te hoje, observes estes mandamentos e leis; guarda-os e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma. Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para andares por seus caminhos, observares as suas cerimônias, as suas ordenações e leis, e para obedeceres ao seu mando. O Senhor te escolheu hoje para que sejas o seu povo como Ele te declarou, e guardes todos os seus preceitos; e Ele te faça ilustre entre todas as nações que Ele criou, para seu louvor, honra e glória sua, a fim de que sejas o povo santo do Senhor, teu Deus, como Ele disse.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Graduale (Sl 85,2,6)
PROPÍTIUS esto, Dó mine, peccátis nostris: ne quando dicant gentes: «Ubi est Deus eórum?». V. Adjuva nos, Deus, salutáris noster: et propter honórem nóminis tui, Dómine, líbera nos.
PERDOAI, Senhor, os nossos pecados, para que não digam os gentios: Onde está o Deus deles? V. Ajudai-nos, ó Deus, Salvador nosso, e pela glória de vosso Nome, livrai-nos, Senhor.
Oratio
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
PROTECTOR noster aspice Deus, ut qui malorum nostrorum pondere premimur, percepta misericordia, libera tibi mente famulemur: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS, protetor nosso, olhai para nós, que estamos oprimidos com o peso de nossos males, a fim de que, ajudados por vossa misericórdia, Vos sirvamos com liberdade de espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
II Leitura (Dt 11,22-25)
Léctio libri Deuteronómii.
IN diébus illis: Dixit Móyses fíliis Israël: «Si custodiéritis mandáta, quæ ego præcípio vobis, et fecéritis ea, ut diligátis Dóminum, Deum vestrum, et ambulétis in ómnibus viis ejus, adhæréntes ei, dispérdet Dóminus omnes gentes istas ante fáciem vestram, et possidébitis eas, quæ majóres et fortióres vobis sunt. Omnis locus quem calcáverit pes vester, vester erit. A desérto et a Líbano, a flúmine magno Euphráte usque ad mare Occidentále, erunt términi vestri. Nullus stabit contra vos: terrórem vestrum et formídinem dabit Dóminus, Deus vester, super omnem terram, quam calcatúri estis, sicut locútus est vobis Dóminus, Deus vester.»
Leitura do livro do Deuteronômio
NAQUELES dias, disse Moisés aos filhos de Israel: Se observardes e puserdes em prática os mandamentos que vos prescrevo, amando o Senhor, vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, e estando unidos a Ele, o Senhor destruirá, à vossa vista, todas estas nações, e vós as possuireis, embora sejam elas maiores e mais poderosas do que vós. Todo lugar em que puserdes o pé, será vosso. Vossos limites serão, desde o deserto e desde o Líbano, desde o grande rio Eufrates, até o mar Ocidental. Ninguém poderá prevalecer contra vós. O Senhor, vosso Deus, espalhará o terror e o temor de vosso nome sobre toda a terra que haveis de pisar, como vo-Io disse o Senhor, vosso Deus.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Graduale (Sl 83,10,9)
PROTÉCTOR noster, áspice, Deus, et réspice super servos tuos. V. Dómine, Deus virtútum, exáudi preces servórum tuórum.
OLHAI, ó Deus, nosso protetor, e atendei a vossos servos. V. Senhor, Deus dos exércitos, ouvi as preces de vossos servos.
Oratio
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
ADÉSTO, quǽsumus, Dómine, supplicatiónibus nostris: ut esse, te largiénte, mereámur et inter próspera húmiles, et inter advérsa secúri. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
SENHOR, nós Vos suplicamos, atendei às nossas preces, para que, por vossa graça mereçamos ser humildes na prosperidade e confiantes na adversidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
III Leitura (Mac 1,23-27)
Léctio libri Machabæórum.
IN diébus illis: Oratiónem faciebant omnes sacerdotes, dum consummarétur sacrifícium, Jónatha inchoánte, céteris autem respondéntibus. Et Nehemíæ erat orátio hunc habens modum: «Dómine Deus, ómnium Creátor, terríbilis et fortis, justus et miséricors, qui solus es bonus rex, solus præstans, solus justus et omnípotens et ætérnus, qui líberas Israël de omni malo, qui fecísti patres electos et sanctificásti eos: accipe sacrifícium pro univérso pópulo tuo Israël, et custódi partem tuam et sanctífica: ut sciant gentes, quia tu es Deus noster.»
Leitura do livro dos Macabeus
NAQUELES dias, todos os sacerdotes estavam fazendo oração; e até que se consumisse o sacrifício, Jônatas entoava e os outros respondiam. A oração que Neemias fazia era nestes termos: Ó Senhor Deus, Criador de todas as coisas, terrível e forte, justo e misericordioso, que sois o único Rei cheio de bondade, o único excelente e justo, o Todo poderoso e eterno, Vós livrastes Israel de todo mal, escolhestes nossos pais e os santificastes. Recebei este sacrifício de todo o vosso povo de Israel, e guardai a vossa herança, santificando-a, para que as nações conheçam que Vós sois o nosso Deus.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Graduale (Sl 89,13,1)
CONVÉRTERE, Dómine, aliquántulum, et deprecáre super servos tuos. V. Dómine, refúgium factus es nobis, a generatióne et progénie.
VOLTAI-VOS um pouco para nós, Senhor, e tende piedade de vossos servos. V. Senhor, Vós sois o nosso refúgio, de geração em geração.
Oratio
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
PRECES pópuli tui, quǽsumus, Dómine, cleménter exáudi: ut, qui juste pro peccátis nostris afflígimur, pro tui nóminis glória misericórditer liberémur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
NÓS Vos suplicamos, Senhor, ouvi benigno as preces de vosso povo, para que, justamente castigados pelos nossos pecados, sejamos misericordiosamente livres para glória de vosso Nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
IV Leitura (Eclo 36,1-10)
Léctio libri Sapientiae.
MISERÉRE nostri, Deus ómnium, et réspice nos, et osténde nobis lucem miseratiónum tuárum:et immítte timórem tuum super gentes, quæ non exquisiérunt te, ut cognóscant, quia non est Deus nisi tu, et enárrent magnália tua. Alleva manum tuam super gentes aliénas, ut vídeant poténtiam tuam. Sicut enim in conspéctu eórum sanctificátus es in nobis, sic in conspéctu nostro magnificáberis in eis, ut cognóscant te, sicut et nos cognóvimus, quóniam non est Deus præter te, Dómine. Innova signa et immúta mirabília. Glorífica manum et bráchium dextrum. Excita furórem et effúnde iram. Tolle adversárium et afflíge inimícum. Festína tempus et meménto finis, ut enárrent mirabília tua, Dómine, Deus noster.
Leitura do livro da Sabedoria.
TENDE piedade de nós, ó Deus de todas as coisas; volvei para nós os vossos olhos e mostrai-nos a luz de vossas misericórdias. Espalhai o vosso temor sobre as nações que não Vos procuram, para que reconheçam elas que não há outro Deus senão Vós, e assim proclamem as vossas maravilhas. Levantai a vossa mão contra as nações estranhas, para que reconheçam o vosso poder. Porque, assim como diante de seus olhos mostrastes em nós a vossa santidade , assim também, à nossa vista, mostrai nelas a vossa grandeza, para que reconheçam como também reconhecemos, que fora de Vós, Senhor, não há outro Deus. Renovai os vossos prodígios, fazei novas maravilhas. Glorificai a vossa mão e o vosso braço direito. Excitai o vosso furor, e derramai a vossa ira. Destruí o adversário e afligi o inimigo. Apressai o tempo , lembrai-Vos do fim, para que proclamem as vossas maravilhas, ó Senhor, nosso Deus.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Graduale (Sl 140,2)
DIRIGÁTUR orátio mea sicut incénsum in conspéctu tuo, Dómine. V. Elevátio mánuum meárum sacrifícium vespertínum.
DIRIJA-SE, Senhor, a minha oração como incenso, à vossa presença. V. Seja-Vos agradável o elevar de minhas mãos como o sacrifício vespertino.
Oratio
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
ACTIÓNES nostras, quǽsumus, Dómine, aspirándo prǽveni, et adjuvándo proséquere: ut cuncta nostra orátio et operátio a te semper incípiat et per te cœpta finiátur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
NÓS Vos pedimos, Senhor, dignai-Vos prevenir as nossas ações com a vossa inspiração e acompanhá-las com a vossa graça, a fim de que todas as nossas orações e obras tenham início em Vós, e começadas por Vós, sejam também por Vós terminadas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
V Leitura (Dn 3,47-51)
Léctio Daniélis Prophétæ.
IN diébus illis: Angelus Dómini descéndit cum Azaría et sóciis ejus in fornácem:et excússit flammam ignis de fornáce, et fecit médium fornácis quasi ventum roris flantem. Flamma autem effundebátur super fornácem cúbitis quadragínta novem: et erúpit, et incéndit, quos répperit juxta fornácem de Chaldǽis, minístros regis, qui eam incendébant. Et non tétigit eos omníno ignis, neque contristavit, nec quidquam moléstiæ íntulit. Tunc hi tres quasi ex uno ore laudábant, et glorificábant, et benedicébant Deum in fornáce, dicéntes:
Leitura do livro do profeta Daniel.
NAQUELES dias, o Anjo do Senhor desceu à fornalha, junto de Azarias e seus companheiros; ele afastou dali o fogo, e fez soprar no meio da fornalha como que um vento fresco, enquanto as chamas subiam a quarenta e nove côvados acima da fornalha. Elas se alçaram e queimaram os caldeus que se achavam em torno da fornalha. Mas o fogo não atingiu os jovens: não lhes causou dor nem angústia. Então todos os três cantaram a uma só voz; e louvavam, e glorificavam, e bendiziam a Deus na fornalha, dizendo:
Aqui NÃO se responde Deo grátias.
Hino (Dn 3,52-56)
BENEDÍCTUS es, Dómine, Deus patrum nostrórum. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
BENDITO sois, ó Deus de nossos pais! A vós, glória e louvor eternamente!
Et benedíctum nomen glóriæ tuæ, quod est sanctum. Et laudábile et gloriósum in sǽcula.
Bendito o vosso nome em glória e santidade! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es in templo sancto glóriæ tuæ. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois no templo da vossa glória! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es super thronum sanctum regni tui. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois no trono do vosso reino! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es super sceptrum divinitátis tuæ. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois por vosso Cetro e divindade! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es, qui sedes super Chérubim, íntuens abýssos. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois em vossa sede sobre os Querubins, vós que sondais os abismos! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es, qui ámbulas super pennas ventórum et super undas maris. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois vós que caminhais sobre as asas dos ventos e sobre as ondas do mar! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedícant te omnes Angeli et Sancti tui. Et laudent te et gloríficent in sǽcula.
Todos os Anjos e Santos vos bendigam! A vós, glória e louvor eternamente!
Benedícant te cœli, terra, mare, et ómnia quæ in eis sunt. Et laudent te et gloríficent in sǽcula.
Bendigam-vos os céus, a terra, o mar, e tudo o que neles há! A vós, glória e louvor eternamente!
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Et laudábili et glorióso in sǽcula.
Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo! A vós, glória e louvor eternamente!
Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in sǽcula sæculórum. Amen. Et laudábili et glorióso in sǽcula.
Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. A vós, glória e louvor eternamente!
Benedíctus es, Dómine, Deus patrum nostrórum. Et laudábilis et gloriósus in sǽcula.
Bendito sois, ó Deus de nossos pais! A vós, glória e louvor eternamente!
(sentado)
Epístola (Ts 1,5.14-23)
Cada Missa possui sua leitura própria e, em algumas ocasiões, até várias leituras.
Léctio Epístolæ beáti Pauli apóstoli ad Thessalonicénses.
FRATRES: Rogámus vos, corrípite inquiétos, consolámini pusillánimes, suscípite infirmos, patiéntes estóte ad omnes. Vidéte, ne quis malum pro malo alicui reddat: sed semper quod bonum est sectámini in ínvicem, et in omnes. Semper gaudéte. Sine intermissióne oráte. In ómnibus grátias ágite: hæc est enim volúntas Dei in Christo Jesu in ómnibus vobis. Spíritum nolíte exstínguere. Prophetías nolíte spérnere. Omnia autem probáte: quod bonum est tenéte. Ab omni spécie mala abstinéte vos. Ipse autem Deus pacis sanctíficet vos per ómnia: ut ínteger spíritus vester, et ánima, et corpus sine queréla, in advéntu Dómini nostri Jesu Christi servétur.
Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Tessalonicenses.
IRMÃOS: Nós vos pedimos que corrijais os inquietos, consoleis os pusilânimes, sustenteis os fracos, sejais pacientes com todos. Vede que nenhum retribua a outro mal por mal, e procurai fazer o bem entre vós e para com todos. Estai sempre alegres. Orai sem cessar. Por tudo, dai graças a Deus, porque esta é a vontade de Deus em Jesus Cristo, em relação a todos vós. Não extingais o Espírito . Não desprezeis as profecias. Examinai tudo; abraçai o que for bom. Guardai-vos de toda aparência de mal. Ele, porém, o Deus de paz, vos santifique inteiramente e tudo o que está em vós, espírito, alma e corpo, se conserve sem mácula até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Tractus (Sl 116,1-2)
LAUDÁTE Dóminum, omnes gentes: et collaudáte eum, omnes pópuli. V. Quóniam confirmáta est super nos misericórdia ejus: et véritas Dómini manet in ætérnum.
NAÇÕES todas, louvai ao Senhor; povos todos, louvai-O. V. Porque sobre nós foi confirmada a sua misericórdia e a fidelidade do Senhor permanece eternamente.
(de pé)
Evangelho (Mt 17,1-9)
O Evangelho da Missa, ao contrário do Último Evangelho, é próprio em cada Missa.
O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, reza em voz baixa:
Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíæ Prophétæ cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre, ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Purificai-me o coração e os lábios, ó Deus todo poderoso, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela Vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, para que possa anunciar dignamente o Vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Iube, Dómine, benedícere. Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis: ut digne et competénter annúntiem Evangélium suum. Amen.
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente anuncie o Seu Evangelho. Amém.
Depois diz em voz alta:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Sequéntia ✠ sancti Evangélii secúndum Matthǽum.
V. Continuação ✠ do santo Evangelho segundo Mateus.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós, Senhor.
IN illo témpore: Assúmpsit Jesus Petrum, et Jacóbum, et Joánnem fratrem ejus, et duxit illos in montem excélsum seórsum: et transfigurátus est ante eos. Et resplénduit fácies ejus sicut sol: vestiménta autem ejus facta sunt alba sicut nix. Et ecce, apparuérunt illis Moyses et Elías cum eo loquéntes. Respóndens autem Petrus, dixit ad Jesum: «Dómine, bonum est nos hic esse: si vis, faciámus hic tria tabernácula, tibi unum, Móysi unum, et Elíæ unum.» Adhuc eo loquénte, ecce, nubes lúcida obumbrávit eos. Et ecce vox de nube, dicens: «Hic est Fílius meus diléctus, in quo mihi bene complácui: ipsum audíte.» Et audiéntes discípuli, cecidérunt in fáciem suam, et timuérunt valde. Et accéssit Jesus, et tétigit eos, dixítque eis: «Súrgite, et nolíte timére. Levántes autem óculos suos, néminem vidérunt nisi solum Jesum. Et descendéntibus illis de monte, præcépit eis Jesus, dicens: «Némini dixéritis visiónem, donec Fílius hóminis a mórtuis resúrgat.»
NAQUELE tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão, e os conduziu à parte, numa alta montanha. E se transfigurou diante deles: seu rosto resplandecia como o sol, suas vestes tornaram-se brancas como a neve. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, que falavam com ele. Pedro, então, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, como é bom para nós estar aqui! Se queres, fazemos aqui três tendas: uma será tua, outra de Moisés, outra de Elias.” Ele ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os envolveu na sua sombra; eis que, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu Filho bem-amado, no qual eu pus a minha complacência, ouvi-o!” Ouvindo aquilo, tomaram os discípulos de rosto em terra, e foram tomados de grande medo. Então Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo.” E eles, erguendo os olhos, não viram mais ninguém, senão Jesus sozinho. E, descendo da montanha, Jesus lhes deu esta ordem: “Não faleis a ninguém desta visão antes que o Filho do homem ressuscite dos mortos!”
R. Laus tibi, Christe.
R. Louvor a vós, ó Cristo.
E o celebrante diz, em voz baixa:
V. Per Evangélica dicta, deleántur nostra delícta.
V. Pelas palavras do Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Segunda parte: Sacrifício ou Liturgia Eucarística
MISSA DOS FIÉIS
(sentado)
Ofertório (Sl 87,2-3)
Preparação para o Sacrifício
O celebrante volta-se ao povo e diz:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
O celebrante reza a Antífona do Ofertório, sexto texto próprio de cada Missa.
DÓMINE, Deus salútis meæ, in die clamávi et nocte coram te: intret orátio mea in conspéctu tuo, Dómine.
SENHOR, Deus de minha salvação, de dia e de noite eu clamo por Vós. Suba a minha oração à vossa presença, ó Senhor.
Oferecimento da hóstia:
Suscipe, sancte Pater, omnipotens ætérne Deus, hanc immaculátam hóstiam, quam ego indígnus fámulus tuus óffero tibi Deo meo vivo et vero, pro innumerabílibus peccátis, et offensiónibus, et neglegéntiis meis, et pro ómnibus circumstántibus, sed et pro ómnibus fidélibus christiánis vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Amen.
Recebei, Pai Santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, Vosso indigno servo, Vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amem.
Preparação da água e vinho no cálice:
Deus, qui humánæ substántiæ dignitátem mirabíliter condidísti, et mirabílius reformásti: da nobis per huius aquæ et vini mystérium, eius divinitátis esse consórtes, qui humanitátis nostræ fíeri dignátus est párticeps, Iesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus: per ómnia saecula sæculórum. Amen.
Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sejamos participantes da divindade Daquele que Se dignou revestir-Se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento do cálice:
Offérimus tibi, Dómine, cálicem salutáris, tuam deprecántes cleméntiam: ut in conspéctu divínæ maiestátis tuæ, pro nostra et totíus mundi salute, cum odóre suavitátis ascéndat. Amen.
Nós Vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a Vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de Vossa divina majestade, para nossa salvação e de todo o mundo. Amem.
In spíritu humilitátis et in ánimo contríto suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi, Dómine Deus.
Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, ó Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.
Invocação do Espírito Santo:
Veni, sanctificátor omnípotens ætérne Deus: et benedic hoc sacrifícium, tuo sancto nómini præparátum.
Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o Vosso santo Nome.
QUANDO HÁ INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas Cantadas e Solenes, o rito da incensação. São incensadas as oblatas (pão e vinho), a cruz, o altar, celebrante, os ministros e os fiéis.
Bênção do incenso
Per intercessionem beati Michaelis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus benedicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Pela intercessão do Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-Se o Senhor abençoar este incenso, e recebê-lo como suave perfume. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.
O celebrante incensa primeiro o pão e o vinho sobre o altar, dizendo:
Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua.
Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, ó Senhor, e desça sobre nós a Vossa misericórdia.
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo (Salmo 140):
Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantia labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiae, ad excusandas excusationes in peccatis.
Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino seja a elevação das minhas mãos. Colocai, Senhor, um guarda à minha boca, e uma sentinela a porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.
Entregando o turíbulo ao diácono:
Accéndat in nobis Dóminus ignem sui amóris, et flammam ætérne caritatis. Amen.
O Senhor acenda em nós o fogo do Seu amor e a chama de Sua eterna caridade. Amém.
Enquanto lava as mãos Salmo 25 (6-12):
Lavábo inter innocéntes manus meas: et circúmdabo altare tuum, Dómine: Ut áudiam vocem laudis, et enárrem univérsa mirabília tua. Dómine, diléxi decórem domus tuæ et locum habitatiónis glóriæ tuæ. Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam, et cum viris sánguinum vitam meam: In quorum mánibus iniquitátes sunt: déxtera eórum repléta est munéribus. Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum: rédime me et miserére mei. Pes meus stetit in dirécto: in ecclésiis benedícam te, Dómine.
Lavarei as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximarei do Vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos Vossos louvores, e proclamar todas as Vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Vossa casa, e o lugar onde reside a Vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu, porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu Vos bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos.
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.
Gloria ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento à Santíssima Trindade:
Súscipe, sancta Trínitas, hanc oblatiónem, quam tibi offérimus ob memóriam passiónis, resurrectiónis, et ascensiónis Iesu Christi, Dómini nostri: et in honórem beátæ Maríæ semper Vírginis, et beáti Ioannis Baptistæ, et sanctórum Apóstolórum Petri et Pauli, et istorum et ómnium Sanctórum: ut illis profíciat ad honórem, nobis autem ad salútem: et illi pro nobis intercédere dignéntur in cælis, quorum memóriam ágimus in terris. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no Céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Orate, fratres:
V. Oráte, fratres: continua em voz baixa ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud Deum Patrem em voz alta omnipoténtem.
V. Orai irmãos, continua em voz baixa para que este meu sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai todo em voz alta poderoso.
R. Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam nominis sui, ad utilitátem quoque nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ.
R. Receba, o Senhor, de tuas mãos este sacrifício, para louvor e glória de Seu nome, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja.
V. Amen.
V. Amém.
Secreta
É o sétimo texto próprio de cada Missa. Trata-se de uma oração dita sobre as oferendas. Seu nome é devido ao fato de ser dita em segredo (voz baixa). À secreta podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.
PRÆSÉNTIBUS sacrifíciis, quǽsumus, Dómine, jejúnia nostra sanctífica: ut, quod observántia nostra profitétur extrínsecus, intérius operétur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
SENHOR, nós Vos rogamos, santificai pelo presente sacrifício os nossos jejuns, para que a nossa abstinência produza em nosso interior o que externamente indica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
Praefatio
O Prefácio é a abertura solene do Cânon, a parte central da Missa. Vária de acordo com o tempo e festas litúrgicas.
V. Per ómnia sǽcula sæculórum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Sursum corda.
V. Corações ao alto.
R. Habémus ad Dóminum.
R. Já os temos no Senhor.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro.
V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et iustum est.
R. É digno e justo.
De Quadragesima
VERE dignum justum est, aequum et salutare, nos tibi semper et ubique gratias agere: Domine Sancte, Pater omnipotens aeterne Deus: Qui corporali ieiunio vitia comprimis, mentem elevas, virtutem largiris et praemia: per Christum Dominum nostrum. Per quem maiestatem tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates. Caeli caelorumque Virtutes, ac beata Seraphim, socia exsultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti iubeas, deprecamur, supplici confessione dicentes:
VERDADEIRAMENTE é digno e justo, e igualmente salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor, Pai Santo, onipotente e eterno Deus: que pelo jejum corporal reprimis os vícios, elevais a inteligência, concedeis a virtude e o prêmio dela, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele louvam os Anjos a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os Bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, fazei que se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos:
Todos: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt coeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Bened✠íctus, qui venit in nómine Dómini. Hosánna in excélsis.
Todos: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos. Os Céus e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Ben✠dito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
(de joelhos)
Canon
O Cânon é a parte central da Santa Missa e envolve o Sacrifício do altar em mistério por ser dito praticamente todo em voz baixa. Com o Prefácio, começou a grande prece eucarística da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício.
A Igreja Militante
Te ígitur, clementíssime Pater, per Iesum Christum, Fílium tuum, Dóminum nostrum, súpplices rogamus, ac pétimus, uti accépta hábeas et benedícas, hæc ✠ dona, hæc ✠ múnera, hæc ✠ sancta sacrifícia illibáta, in primis, quæ tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica: quam pacificáre, custodíre, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum: una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodóxis, atque cathólicæ et apostólicæ fídei cultóribus.
A Vós, ó Pai clementíssimo, por Jesus Cristo Vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos que aceiteis e abençoeis estes ✠ dons, estas ✠ dádivas, estas santas ✠ oferendas imaculadas. Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela Vossa santa Igreja Católica, para que Vos digneis dar-lhe a paz, protegê-la, conservá-la na unidade e governá-la, em toda a terra, e também pelo Vosso servo o nosso Papa N., pelo nosso Bispo N., e por todos os [bispos] ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.
Recomendação dos vivos
Meménto, Dómine, famulórum famularúmque tuarum N. et N. et ómnium circumstántium, quorum tibi fides cógnita est et nota devótio, pro quibus tibi offérimus: vel qui tibi ófferunt hoc sacrifícium laudis, pro se suísque ómnibus: pro redemptióne animárum suárum, pro spe salútis et incolumitátis suæ: tibíque reddunt vota sua ætérno Deo, vivo et vero.
Lembrai-Vos, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a Vós, ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
A Igreja triunfante
Communicántes, et memóriam venerántes, in primis gloriósæ semper Vírginis Maríæ, Genetrícis Dei et Dómini nostri Iesu Christi: sed et beáti Ioseph, eiúsdem Vírginis Sponsi, et beatórum Apostolórum ac Mártyrum tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Iacóbi, Ioánnis, Thomæ, Iacóbi, Philíppi, Bartholomǽi, Matthǽi, Simónis et Thaddǽi: Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni, Ioánnis et Pauli, Cosmæ et Damiáni: et ómnium Sanctórum tuórum; quorum méritis precibúsque concédas, ut in ómnibus protectiónis tuæ muniámur auxílio. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Unidos na mesma comunhão, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo, e também de São José, esposo da mesma Virgem, e dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os Vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de Vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amem.
A sineta nos avisa o momento da Consagração
Hanc ígitur oblatiónem servitútis nostræ, sed et cunctæ famíliæ tuæ, quǽsumus, Dómine, ut placátus accípias: diésque nostros in tua pace dispónas, atque ab ætérna damnatióne nos éripi, et in electórum tuórum iúbeas grege numerári. Per Christum, Dómi-num nostrum. Amen.
Por isso, Vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a Vossa Igreja Vos prestamos, firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos no número dos Vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amem.
Quam oblatiónem tu, Deus, in ómnibus, quǽsumus, bene✠díctam, adscrí✠ptam, ra✠tam, rationábilem, acceptabilémque fácere dignéris: ut nobis Cor✠pus, et San✠guis fiat dilectíssimi Fílii tui, Dómini nostri Iesu Christi.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por Vós em tudo, aben✠çoada, apro✠vada, ratifi✠cada, digna e aceitável aos Vossos olhos, a fim de que se torne para nós o Cor✠po e o San✠gue de Jesus Cristo, Vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.
Consagração da Hóstia:
Qui prídie quam paterétur, accépit panem in sanctas ac venerábiles manus suas, elevátis óculis in cælum ad te Deum, Patrem suum omnipoténtem, tibi grátias agens, bene✠díxit, fregit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et manducáte ex hoc omnes.
Na véspera de Sua Paixão, Ele tomou o pão em Suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao Céu para Vós, ó Deus, Seu Pai onipotente, dando-Vos graças, ben✠zeu-o, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e comei Dele, todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
ISTO É O MEU CORPO.
Consagração do Cálice:
Símili modo postquam cenatum est, accípiens et hunc præclárum Cálicem in sanctas ac venerábiles manus suas: item tibi grátias agens, bene✠díxit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et bíbite ex eo omnes.
De igual modo, depois da ceia, tomando também este precioso cálice em Suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-Vos graças, ben✠zeu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei Dele todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET AETERNI TESTAMENTI: MYSTERIUM FIDEI: QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM.
ESTE E O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS.
Hæc quotiescúmque fecéritis, in mei memóriam faciétis.
Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim.
Continuação do Cânon
Unde et mémores, Dómine, nos servi tui, sed et plebs tua sancta, eiúsdem Christi Fílii tui, Dómini nostri, tam beátæ passiónis, nec non et ab ínferis resurrectiónis, sed et in cælos gloriósæ ascensiónis: offérimus præcláræ maiestáti tuæ de tuis donis ac datis, hóstiam ✠ puram, hóstiam ✠ sanctam, hóstiam ✠ immaculátam, Panem ✠ sanctum vitæ ætérnæ, et Cálicem ✠ salútis perpétuæ.
Por esta razão, ó Senhor, nós, Vossos servos, com o Vosso povo santo, em comemoração da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de Sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de Sua gloriosa Ascensão aos Céus, oferecemos à Vossa augusta Majestade, de Vossos dons e dádivas, a Hóstia ✠ pura, a Hóstia ✠ santa, a Hóstia ✠ imaculada, o Pão ✠ santo da vida eterna, e o Cálice ✠ da salvação perpétua.
Supra quæ propítio ac seréno vultu respícere dignéris: et accépta habére, sicúti accépta habére dignátus es múnera púeri tui iusti Abel, et sacrifícium Patriárchæ nostri Abrahæ: et quod tibi óbtulit summus sacérdos tuus Melchísedech, sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam.
Sobre estes dons, Vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebestes as ofertas do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé, e o que Vos ofereceu Vosso sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, imaculada hóstia.
Súpplices te rogámus, omnípotens Deus: iube hæc perférri per manus sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum, in conspéctu divínæ maiestátis tuæ: ut, quotquot ex hac altáris participatióne sacrosánctum Fílii tui Cor✠pus, et Sáng✠uinem sumpsérimus, omni benedictióne cælésti et grátia repleámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Suplicantes Vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de Vosso Santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao Vosso sublime Altar, à presença de Vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Cor✠po, e San✠gue de Vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da graça. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amem.
Recomendação dos mortos:
Meménto étiam, Dómine, famulórum famularúmque tuárum N. et N., qui nos præcessérunt cum signo fídei, et dormiunt in somno pacis. Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus locum refrigérii, lucis, et pacis, ut indúlgeas, deprecámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Lembrai-Vos, também, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os que repousam em Jesus Cristo, nós Vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Nobis quoque peccatóribus fámulis tuis, de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, partem áliquam et societátem donáre dignéris, cum tuis sanctis Apóstolis et Martýribus: cum Ioánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro, Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, Anastásia, et ómnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consórtium, non æstimátor mériti, sed véniæ, quǽsumus, largítor admítte. Per Christum, Dóminum nostrum.
Também a nós, pecadores, Vossos servos, que esperamos na Vossa infinita misericórdia, dignai-Vos conceder um lugar na sociedade de Vossos Santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os Vossos Santos. Unidos a eles pedimos, Vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Per quem hæc ómnia, Dómine, semper bona creas, sanctí✠ficas, viví✠ficas, bene✠dícis et præs-tas nobis.
Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santi✠ficais, vivi✠ficais, aben✠çoais, e nos concedeis todos estes bens.
Fim do Cânon
Per ip✠sum, et cum ip✠so, et in ip✠so, est tibi Deo Patri ✠ omnipoténti, in unitáte Spíritus ✠ Sancti, omnis honor, et glória.
Por E✠le, com E✠le e Ne✠le, a Vós, Deus Pai ✠ onipotente, na unidade do Espírito ✠ Santo, toda a honra e toda a glória.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(de pé)
Preparação para a Comunhão
Pai Nosso
V. Orémus: Præcéptis salutáribus móniti, et divína institutione formati audemus dicere:
V. Oremos. Instruídos pelos ensinamentos salutares e formados pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in caelis, Sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in coelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem:
Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo.
R. Mas livrai-nos do mal.
V. Amen.
V. Amém.
Embolismo:
Líbera nos, quǽsumus, Dómine, ab ómnibus malis, prætéritis, præséntibus et futúris: et intercedénte beáta et gloriósa semper Vírgine Dei Genetríce María, cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo, atque Andréa, et ómnibus Sanctis, da propítius pacem in diébus nostris: ut, ope misericórdiæ tuæ adiúti, et a peccáto simus semper líberi et ab omni perturbatióne secúri. Per eúndem Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus.
Ó Senhor, livrai-nos de todos os males passados, presentes e futuros, e pela intercessão da Bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos Vossos Bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Pax Domini sit semper vobiscum.
V. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
União do Corpo e do Sangue:
Hæc commíxtio, et consecrátio Córporis et Sánguinis Dómini nostri Iesu Christi, fiat accipiéntibus nobis in vitam ætérnam. Amen.
Esta união e consagração do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amem.
Agnus Dei:
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
(de joelhos)
Orações da Comunhão:
Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis, pacem meam do vobis: ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiæ tuæ; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a Minha paz”: não olheis os meus pecados, mas a fé da Vossa Igreja; dai-lhe, segundo a Vossa Vontade, a paz e a unidade. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spíritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificásti: líbera me per hoc sacrosánctum Corpus et Sánguinem tuum ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis: et fac me tuis semper inhærére mandátis, et a te numquam separári permíttas: Qui cum eódem Deo Patre et Spíritu Sancto vivis et regnas Deus in sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que com a cooperação do Espírito Santo, por vontade do Pai, destes a vida ao mundo por Vossa morte. Livrai-me, por este Vosso sacrossanto Corpo e por Vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os Vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Percéptio Córporis tui, Dómine Iesu Christe, quod ego indígnus súmere præsúmo, non mihi provéniat in iudícium et condemnatiónem: sed pro tua pietáte prosit mihi ad tutaméntum mentis et córporis, et ad medélam percipiéndam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por Vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Comunhão do sacerdote:
Panem cæléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo.
Receberei o Pão do Céu e invocarei o nome do Senhor.
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Corpus Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amem.
Quid retríbuam Dómino pro ómnibus, quæ retríbuit mihi? Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo. Laudans invocábo Dóminum, et ab inimícis meis salvus ero.
Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Sanguis Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Comunhão dos fiéis
(onde for costume, reza-se o Confiteor e recebe-se a absolvição, como nas orações ao pé do altar):
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
Depois o Padre, apresentando a Hóstia, diz:
V. Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccata mundi.
V. Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira o pecado do mundo!
R. Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
R. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Depois administra a sagrada Comunhão, dizendo a cada um:
V. Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen.
V. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.
O fiel nada responde.
Para comungar o fiel fica de joelhos no genuflexório da mesa de Comunhão, abre a boca e coloca a ponta da língua sobre o lábio inferior. Não é necessário abrir muito a boca, nem levantar a cabeça, apenas deixa-la reta. Não se responde nada e não se leva a boca ao encontro da mão do Padre, permanece-se parado. Recebida a Comunhão não se benze nem beija a mão do Padre, apenas volta para o seu lugar e reza algumas orações em ação de graças.
Durante todo o rito da distribuição da sagrada Comunhão todos ficam de joelhos (ou em pé), pois o Santíssimo Sacramento está exposto.
Abluções:
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
Quod ore súmpsimus, Dómine, pura mente capiámus: et de múnere temporáli fiat nobis remédium sempitérnum.
Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha salvação eterna.
Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhǽreat viscéribus meis: et præsta; ut in me non remáneat scélerum mácula, quem pura et sancta refecérunt sacraménta: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. Amen.
Concedei, Senhor, que Vosso Corpo e Vosso Sangue que recebi, penetrem meu interior, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amem.
Communio (Sl 7,2)
É o oitavo texto próprio de cada Missa. Com ele a Igreja reafirma seus desejos e intenções diante dos benefícios de Deus.
DÓMINE, Deus meus, in te sperávi: líbera me ab ómnibus persequéntibus me, et éripe me.
SENHOR, meu Deus, em Vós espero. Livrai-me de todos os que me perseguem e salvai-me.
(de joelhos)
Postcommunio
É o nono texto próprio de cada Missa. Aqui a Igreja agradece a Deus o Sacramento recebido e pede a graça de fazer frutificar o Dom recebido.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
SANCTIFICATIÓNIBUS tuis, omnípotens Deus, et vítia nostra curéntur, et remédia nobis ætérna provéniant. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS onipotente, concedei que os nossos vícios sejam curados pelos vossos santos Mistérios, e sirvam-nos estes de remédio para a salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Oratio super populum
Orémus.
Oremos.
Humiliáte cápita vestra Deo.
Humilhai a vossa cabeça diante de Deus.
Todos, de joelhos, inclinam a cabeça e o Padre diz a oração sobre o povo:
FIDÉLES tuos, Deus, benedíctio desideráta confírmet: quæ eos et a tua voluntáte numquam fáciat discrepáre, et tuis semper indúlgeat benefíciis gratulári. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS, fortalecei os vossos fiéis com a bênção que desejam; por efeito dela nunca se desviem de vossa vontade e sempre se alegrem com os vossos benefícios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Conclusão
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Depois diz-se:
V. Ite, Missa est.
V. Ide, estais despedidos.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
E acrescenta a oração à Santíssima Trindade, em voz baixa:
Pláceat tibi, sancta Trínitas, obséquium servitútis meæ: et præsta; ut sacrifícium, quod óculis tuæ maiestátis indígnus óbtuli, tibi sit acceptábile, mihíque et ómnibus, pro quibus illud óbtuli, sit, te miseránte, propitiábile. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de Vossa Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e por Vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amem.
Bênção final
Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius, ✠ et Spíritus Sanctus.
Abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, e Filho, ✠ e Espírito Santo.
R. Amen.
R. Amém.
Último Evangelho (Jo 1, 1-14)
V. Dominus vobiscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Initium ✠ sancti Evangélii secúndum Ioánnem.
V. Início ✠ do santo Evangelho segundo São João.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós Senhor.
In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Ioánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem rece-pérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine eius: qui non ex sangue-nibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt.
A Luz verdadeira era a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.
Aqui todos genufletem:
ET VERBUM CARO FACTUM EST,
E O VERBO SE FEZ CARNE,
et habitávit in nobis: et vídimus glóriam eius, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritatis.
e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
Orações Finais de Leão XIII
Estas orações finais são recitadas somente nas Missas Rezadas, e podem ser omitidas em algumas ocasiões, como aos domingos e quando a Missa é seguida de algum exercício piedoso.
V. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.
V. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor e convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen. (3x)
Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. (3x)
V. Salve Regina,
V. Salve Rainha,
Todos: Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules filii Evæ. Ad te suspiramus gementes et fientes in hac lacrymarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis, post hoc exilium, ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Todos: Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremus.
Oremos.
Deus, refugium nostrum et virtus, populum ad te clamantem propitius respice; et intercedente gloriosa, et immaculata Virgine Dei Genitrice Maria, cum beato Joseph, ejus Sponso, ac beatis Apóstolis tuis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quas pro conversione peccatorum, pro libertate et exal-tatione sanctæ Matris Ecclesiæ, preces effundimus, misericors et benignus exaudi. Per eundum Christum Dominum nostrum.
Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propício os clamores de Vosso povo; e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho, de São José, casto Esposo de Maria, dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos pela conversão dos pecadores, liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
R. Amém.
V. Cor Jesu sacratíssimum. (ter)
V. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3x)
R. Miserére nobis. (ter)
R. Tende piedade de nós. (3x)
Acessar a Liturgia Anual 2025 [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
Santa Missa Diária (15/03/25)
Sábado das Têmporas da Quaresma
II classe, paramentos roxos
Estação em São Pedro
Já não podemos ter ideia da solenidade que a Igreja antiga dava à celebração das Quatro Têmporas. Os cristãos reuniam-se, depois de terem jejuado o dia todo, no sábado à noite. Passavam a noite inteira orando, lendo e cantando perto do túmulo de São Pedro e celebravam a Sagrada Eucaristia bem cedo na manhã de domingo. Era durante esta Missa que as Ordens eram conferidas. A Igreja brilhantemente iluminada no meio da noite, o povo reunido em grande número, todo o clero reunido em torno do Papa, os cantos celestes da Schola, as nuvens de incenso que se erguiam em torno do túmulo de São Pedro, tudo isto formava um cenário maravilhoso para a celebração das Quatro Têmporas. Hoje é o grande dia de ação de graças pelos benefícios do trimestre passado e, ao mesmo tempo, um dia de renovação da aliança com Deus. O Papa São Leão (+461) terminava a maioria das suas homilias das Quatro Têmporas com estas palavras: “Quarta e sexta-feira, jejuemos; Sábado vamos celebrar a vigília perto do Apóstolo São Pedro.” Sabemos também que nesse mesmo dia ele fazia uma homilia sobre o Evangelho da Transfiguração. Assim, já se passaram pelo menos 1.500 anos desde que a Igreja celebrou a nossa Missa neste dia, na igreja da estação de São Pedro. A Missa, durante a qual as Ordenações eram realizadas, foi celebrada durante a noite de modo que quando acabava o domingo já tinha começado. Mais tarde, a Missa das ordenações era dita no início do sábado, como agora a temos, mas, em memória da prática antiga, o Evangelho para o sábado é repetido no domingo. O mesmo é observado no sábado da Semana das Têmporas do Advento, pois a Missa de ordenação daquele tempo também foi antecipada. São Pedro, o Moisés do Novo Testamento, fala nas duas primeiras Lições, e em nome dos outros Apóstolos, no Evangelho. As Lições ainda aludem ao costume de, neste dia, o povo pagar as suas dízimas; e em geral, reparamos o espírito do tempo quaresmal nos textos e orações desta Missa.
1. Missa longior – 2. Missa brevior
(Procissão de Entrada: de pé)
ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR OU PREPARAÇÃO PÚBLICA
(Preparamos nossa alma pelo desejo e arrependimento)
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
V. In nómine Patris, ✠ et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.
Introíbo ad altáre Dei.
V. Em nome ✠ do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Salmo 42, 1-5
O salmo Judica, em razão de seu caráter alegre, omite-se nas Missas de defunto e no tempo da Paixão.
V. Iúdica me, Deus, et discérne causam meam de gente non sancta: ab hómine iníquo et dolóso érue me.
V. Julgai, ó Deus e separai minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, et quare tristis incédo, dum afflígit me inimícus?
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza, por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
V. Emítte lucem tuam et veritátem tuam: ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem sanctum tuum et in tabernácula tua.
V. Enviai-me a Vossa luz e a Vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a Vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Subirei ao altar de Deus, do Deus que é a alegria da minha juventude.
V. Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me?
V. A Vós louvarei ó Deus, meu Deus, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quóniam adhuc confitébor illi: salutáre vultus mei, et Deus meus.
R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
V. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in saecula sæculórum. Amen.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Introíbo ad altáre Dei.
V. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Confissão
V. Adiutórium nostrum ✠ in nómine Dómini.
V. O nosso ✠ auxílio está no nome do Senhor.
R. Qui fecit coelum et terram.
R. Que fez o Céu e a Terra.
V. Confíteor Deo…
V. Eu pecador…
R. Misereátur tui omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam.
R. Que Deus onipotente Se compadeça de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna.
V. Amen.
V. Amém.
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
V. Deus, tu convérsus vivificábis nos.
V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætábitur in te.
R. E o Vosso povo se alegrará em Vós.
V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.
V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
R. Et salutáre tuum da nobis.
R. E dai-nos a Vossa salvação.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat.
R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
(de pé)
Este convite “Oremus” do sacerdote ao subir ao altar, é um convite para que o povo o acompanhe em orações. Deste modo, ao mesmo tempo em que vemos no altar o representante de Deus, temos no mesmo sacerdote o representante do povo fiel.
O sacerdote sobe ao altar, rezando em voz baixa:
Aufer a nobis, quǽsumus, Dómine, iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum puris mereámur méntibus introíre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Pedimos-Vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
E beija o altar, dizendo:
Orámus te, Dómine, per mérita Sanctórum tuórum, quorum relíquiæ hic sunt, et ómnium Sanctórum: ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen.
Nós Vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de Vossos Santos, cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais Santos, Vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
Saudar o altar com um beijo é reparar Jesus daquele beijo traidor de Judas, e representa a intimidade e proximidade do sacerdote ao saudar o povo.
Primeira parte: Instrução ou Liturgia da Palavra
MISSA DOS CATECÚMENOS
Nesta primeira parte da Missa falamos a Deus por Jesus Cristo com o Introito, Kyrie, Glória e Coleta; e Deus nos fala pelas Leituras (Epístola e Evangelho) e pela homilia.
Introitus (Sl 87,3,2)
O Introito é um dos textos próprios para cada Missa. Como o nome já indica, aqui é que antigamente começava a Missa depois da procissão feita por todos os fiéis reunidos com o Papa. O introito é geralmente uma oração composta dum versículo de salmo, o qual se cantava antigamente inteiro com o Gloria Patri. Chama-se Introito porque era cantado durante a entrada do sacerdote. Com o introito inicia-se a Missa de fato, pois antes era apenas a preparação imediata.
Às primeiras palavras do Introito todos se benzem juntamente com o celebrante.
INTRET orátio mea in conspéctu tuo: inclína aurem tuam ad precem meam, Dómine. PS. Dómine, Deus salútis meæ: in die clamávi, et nocte coram te. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. INTRET orátio mea in conspéctu tuo: inclína aurem tuam ad precem meam, Dómine.
SUBA a minha oração à vossa presença; inclinai, Senhor, o vosso ouvido à minha súplica. SL. Senhor, Deus de minha salvação, de dia e de noite, eu clamo por Vós. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. SUBA a minha oração à vossa presença; inclinai, Senhor, o vosso ouvido à minha súplica.
Kyrie
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Christe, eléison.
V. Cristo, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
Colecta
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
PÓPULUM tuum, quǽsumus, Dómine, propítius réspice: atque ab eo flagella tuæ iracúndiæ cleménter avérte. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
NÓS, Vos rogamos, Senhor, olhai propício para o vosso povo, e afastai dele, benignamente, os flagelos de vossa ira. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Oratio
(sentado)
I Leitura (Dt 26,12-19)
Léctio libri Deuteronómii.
IN diébus illis: Locútus est Móyses ad pópulum, dicens: «Quando compléveris décimam cunctárum frugum tuárum, loquéris in conspéctu Dómini, Dei tui: “Abstuli, quod sanctificátum est de domo mea, et dedi illud levítæ et ádvenæ et pupíllo ac víduæ, sicut jussísti mihi: non præterívi mandáta tua, nec sum oblítus impérii tui. Obœdívi voci Dómini, Dei mei, et feci ómnia, sicut præcepísti mihi. Réspice de sanctuário tuo et de excélso cœlórum habitáculo, et benedic pópulo tuo Israël, et terræ, quam dedísti nobis, sicut jurásti pátribus nostris, terræ lacte et melle manánti.” Hódie Dóminus, Deus tuus, præcépit tibi, ut fácias mandáta hæc atque judícia: et custódias et ímpleas ex toto corde tuo et ex tota ánima tua. Dóminum elegísti hódie, ut sit tibi Deus, et ámbules in viis ejus, et custódias cæremónias illíus et mandáta atque judícia, et obédias ejus império. Et Dóminus elegit te hódie, ut sis ei pópulus peculiáris, sicut locútus est tibi, et custódias ómnia præcépta illíus: et fáciat te excelsiórem cunctis géntibus, quas creávit in laudem et nomen et glóriam suam: ut sis populus sanctus Dómini, Dei tui, sicut locútus est.»
Leitura do livro do Deuteronômio
NAQUELES dias, falou Moisés ao povo, nestes termos: Quando tiveres acabado de pagar o dízimo de todos os teus frutos, dirás na presença do Senhor, teu Deus: Eu tirei de minha casa o que Vos é consagrado, e dei-o ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva como me ordenastes; não transgredi os vossos mandamentos, nem me esqueci de vosso preceito. Obedeci à voz do Senhor, meu Deus, e fiz tudo como me ordenastes. Olhai de vosso santuário, da excelsa morada dos céus e abençoai Israel, vosso povo, e a terra que nos destes, como jurastes a nossos país, terra de onde mana leite e mel. O Senhor, teu Deus, ordenou-te hoje, observes estes mandamentos e leis; guarda-os e cumpre-os de todo o teu coração e de toda a tua alma. Tu escolheste hoje o Senhor para ser o teu Deus, para andares por seus caminhos, observares as suas cerimônias, as suas ordenações e leis, e para obedeceres ao seu mando. O Senhor te escolheu hoje para que sejas o seu povo como Ele te declarou, e guardes todos os seus preceitos; e Ele te faça ilustre entre todas as nações que Ele criou, para seu louvor, honra e glória sua, a fim de que sejas o povo santo do Senhor, teu Deus, como Ele disse.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Graduale (Sl 85,2,6)
PROPÍTIUS esto, Dó mine, peccátis nostris: ne quando dicant gentes: «Ubi est Deus eórum?». V. Adjuva nos, Deus, salutáris noster: et propter honórem nóminis tui, Dómine, líbera nos.
PERDOAI, Senhor, os nossos pecados, para que não digam os gentios: Onde está o Deus deles? V. Ajudai-nos, ó Deus, Salvador nosso, e pela glória de vosso Nome, livrai-nos, Senhor.
Oratio
V. Oremos
V. Oremos.
Flectámus génua. (Ajoelha-se)
Ajoelhemo-nos.
Leváte. (Levanta-se)
Levantemo-nos.
PROTECTOR noster aspice Deus, ut qui malorum nostrorum pondere premimur, percepta misericordia, libera tibi mente famulemur: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS, protetor nosso, olhai para nós, que estamos oprimidos com o peso de nossos males, a fim de que, ajudados por vossa misericórdia, Vos sirvamos com liberdade de espírito. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
Epístola (Ts 1,5.14-23)
Cada Missa possui sua leitura própria e, em algumas ocasiões, até várias leituras.
Léctio Epístolæ beáti Pauli apóstoli ad Thessalonicénses.
FRATRES: Rogámus vos, corrípite inquiétos, consolámini pusillánimes, suscípite infirmos, patiéntes estóte ad omnes. Vidéte, ne quis malum pro malo alicui reddat: sed semper quod bonum est sectámini in ínvicem, et in omnes. Semper gaudéte. Sine intermissióne oráte. In ómnibus grátias ágite: hæc est enim volúntas Dei in Christo Jesu in ómnibus vobis. Spíritum nolíte exstínguere. Prophetías nolíte spérnere. Omnia autem probáte: quod bonum est tenéte. Ab omni spécie mala abstinéte vos. Ipse autem Deus pacis sanctíficet vos per ómnia: ut ínteger spíritus vester, et ánima, et corpus sine queréla, in advéntu Dómini nostri Jesu Christi servétur.
Leitura da Epístola de São Paulo Apóstolo aos Tessalonicenses.
IRMÃOS: Nós vos pedimos que corrijais os inquietos, consoleis os pusilânimes, sustenteis os fracos, sejais pacientes com todos. Vede que nenhum retribua a outro mal por mal, e procurai fazer o bem entre vós e para com todos. Estai sempre alegres. Orai sem cessar. Por tudo, dai graças a Deus, porque esta é a vontade de Deus em Jesus Cristo, em relação a todos vós. Não extingais o Espírito . Não desprezeis as profecias. Examinai tudo; abraçai o que for bom. Guardai-vos de toda aparência de mal. Ele, porém, o Deus de paz, vos santifique inteiramente e tudo o que está em vós, espírito, alma e corpo, se conserve sem mácula até a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
Tractus (Sl 116,1-2)
LAUDÁTE Dóminum, omnes gentes: et collaudáte eum, omnes pópuli. V. Quóniam confirmáta est super nos misericórdia ejus: et véritas Dómini manet in ætérnum.
NAÇÕES todas, louvai ao Senhor; povos todos, louvai-O. V. Porque sobre nós foi confirmada a sua misericórdia e a fidelidade do Senhor permanece eternamente.
(de pé)
Evangelho (Mt 17,1-9)
O Evangelho da Missa, ao contrário do Último Evangelho, é próprio em cada Missa.
O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, reza em voz baixa:
Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíæ Prophétæ cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre, ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Purificai-me o coração e os lábios, ó Deus todo poderoso, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela Vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, para que possa anunciar dignamente o Vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Iube, Dómine, benedícere. Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis: ut digne et competénter annúntiem Evangélium suum. Amen.
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente anuncie o Seu Evangelho. Amém.
Depois diz em voz alta:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Sequéntia ✠ sancti Evangélii secúndum Matthǽum.
V. Continuação ✠ do santo Evangelho segundo Mateus.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós, Senhor.
IN illo témpore: Assúmpsit Jesus Petrum, et Jacóbum, et Joánnem fratrem ejus, et duxit illos in montem excélsum seórsum: et transfigurátus est ante eos. Et resplénduit fácies ejus sicut sol: vestiménta autem ejus facta sunt alba sicut nix. Et ecce, apparuérunt illis Moyses et Elías cum eo loquéntes. Respóndens autem Petrus, dixit ad Jesum: «Dómine, bonum est nos hic esse: si vis, faciámus hic tria tabernácula, tibi unum, Móysi unum, et Elíæ unum.» Adhuc eo loquénte, ecce, nubes lúcida obumbrávit eos. Et ecce vox de nube, dicens: «Hic est Fílius meus diléctus, in quo mihi bene complácui: ipsum audíte.» Et audiéntes discípuli, cecidérunt in fáciem suam, et timuérunt valde. Et accéssit Jesus, et tétigit eos, dixítque eis: «Súrgite, et nolíte timére. Levántes autem óculos suos, néminem vidérunt nisi solum Jesum. Et descendéntibus illis de monte, præcépit eis Jesus, dicens: «Némini dixéritis visiónem, donec Fílius hóminis a mórtuis resúrgat.»
NAQUELE tempo, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João seu irmão, e os conduziu à parte, numa alta montanha. E se transfigurou diante deles: seu rosto resplandecia como o sol, suas vestes tornaram-se brancas como a neve. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, que falavam com ele. Pedro, então, tomando a palavra, disse a Jesus: “Senhor, como é bom para nós estar aqui! Se queres, fazemos aqui três tendas: uma será tua, outra de Moisés, outra de Elias.” Ele ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os envolveu na sua sombra; eis que, da nuvem, uma voz dizia: “Este é o meu Filho bem-amado, no qual eu pus a minha complacência, ouvi-o!” Ouvindo aquilo, tomaram os discípulos de rosto em terra, e foram tomados de grande medo. Então Jesus se aproximou, tocou-os e disse: “Levantai-vos, não tenhais medo.” E eles, erguendo os olhos, não viram mais ninguém, senão Jesus sozinho. E, descendo da montanha, Jesus lhes deu esta ordem: “Não faleis a ninguém desta visão antes que o Filho do homem ressuscite dos mortos!”
R. Laus tibi, Christe.
R. Louvor a vós, ó Cristo.
E o celebrante diz, em voz baixa:
V. Per Evangélica dicta, deleántur nostra delícta.
V. Pelas palavras do Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Segunda parte: Sacrifício ou Liturgia Eucarística
MISSA DOS FIÉIS
(sentado)
Ofertório (Sl 87,2-3)
Preparação para o Sacrifício
O celebrante volta-se ao povo e diz:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
O celebrante reza a Antífona do Ofertório, sexto texto próprio de cada Missa.
DÓMINE, Deus salútis meæ, in die clamávi et nocte coram te: intret orátio mea in conspéctu tuo, Dómine.
SENHOR, Deus de minha salvação, de dia e de noite eu clamo por Vós. Suba a minha oração à vossa presença, ó Senhor.
Oferecimento da hóstia:
Suscipe, sancte Pater, omnipotens ætérne Deus, hanc immaculátam hóstiam, quam ego indígnus fámulus tuus óffero tibi Deo meo vivo et vero, pro innumerabílibus peccátis, et offensiónibus, et neglegéntiis meis, et pro ómnibus circumstántibus, sed et pro ómnibus fidélibus christiánis vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Amen.
Recebei, Pai Santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, Vosso indigno servo, Vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amem.
Preparação da água e vinho no cálice:
Deus, qui humánæ substántiæ dignitátem mirabíliter condidísti, et mirabílius reformásti: da nobis per huius aquæ et vini mystérium, eius divinitátis esse consórtes, qui humanitátis nostræ fíeri dignátus est párticeps, Iesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus: per ómnia saecula sæculórum. Amen.
Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sejamos participantes da divindade Daquele que Se dignou revestir-Se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento do cálice:
Offérimus tibi, Dómine, cálicem salutáris, tuam deprecántes cleméntiam: ut in conspéctu divínæ maiestátis tuæ, pro nostra et totíus mundi salute, cum odóre suavitátis ascéndat. Amen.
Nós Vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a Vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de Vossa divina majestade, para nossa salvação e de todo o mundo. Amem.
In spíritu humilitátis et in ánimo contríto suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi, Dómine Deus.
Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, ó Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.
Invocação do Espírito Santo:
Veni, sanctificátor omnípotens ætérne Deus: et benedic hoc sacrifícium, tuo sancto nómini præparátum.
Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o Vosso santo Nome.
QUANDO HÁ INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas Cantadas e Solenes, o rito da incensação. São incensadas as oblatas (pão e vinho), a cruz, o altar, celebrante, os ministros e os fiéis.
Bênção do incenso
Per intercessionem beati Michaelis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus benedicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Pela intercessão do Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-Se o Senhor abençoar este incenso, e recebê-lo como suave perfume. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.
O celebrante incensa primeiro o pão e o vinho sobre o altar, dizendo:
Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua.
Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, ó Senhor, e desça sobre nós a Vossa misericórdia.
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo (Salmo 140):
Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantia labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiae, ad excusandas excusationes in peccatis.
Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino seja a elevação das minhas mãos. Colocai, Senhor, um guarda à minha boca, e uma sentinela a porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.
Entregando o turíbulo ao diácono:
Accéndat in nobis Dóminus ignem sui amóris, et flammam ætérne caritatis. Amen.
O Senhor acenda em nós o fogo do Seu amor e a chama de Sua eterna caridade. Amém.
Enquanto lava as mãos Salmo 25 (6-12):
Lavábo inter innocéntes manus meas: et circúmdabo altare tuum, Dómine: Ut áudiam vocem laudis, et enárrem univérsa mirabília tua. Dómine, diléxi decórem domus tuæ et locum habitatiónis glóriæ tuæ. Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam, et cum viris sánguinum vitam meam: In quorum mánibus iniquitátes sunt: déxtera eórum repléta est munéribus. Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum: rédime me et miserére mei. Pes meus stetit in dirécto: in ecclésiis benedícam te, Dómine.
Lavarei as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximarei do Vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos Vossos louvores, e proclamar todas as Vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Vossa casa, e o lugar onde reside a Vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu, porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu Vos bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos.
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.
Gloria ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento à Santíssima Trindade:
Súscipe, sancta Trínitas, hanc oblatiónem, quam tibi offérimus ob memóriam passiónis, resurrectiónis, et ascensiónis Iesu Christi, Dómini nostri: et in honórem beátæ Maríæ semper Vírginis, et beáti Ioannis Baptistæ, et sanctórum Apóstolórum Petri et Pauli, et istorum et ómnium Sanctórum: ut illis profíciat ad honórem, nobis autem ad salútem: et illi pro nobis intercédere dignéntur in cælis, quorum memóriam ágimus in terris. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no Céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Orate, fratres:
V. Oráte, fratres: continua em voz baixa ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud Deum Patrem em voz alta omnipoténtem.
V. Orai irmãos, continua em voz baixa para que este meu sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai todo em voz alta poderoso.
R. Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam nominis sui, ad utilitátem quoque nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ.
R. Receba, o Senhor, de tuas mãos este sacrifício, para louvor e glória de Seu nome, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja.
V. Amen.
V. Amém.
Secreta
É o sétimo texto próprio de cada Missa. Trata-se de uma oração dita sobre as oferendas. Seu nome é devido ao fato de ser dita em segredo (voz baixa). À secreta podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.
PRÆSÉNTIBUS sacrifíciis, quǽsumus, Dómine, jejúnia nostra sanctífica: ut, quod observántia nostra profitétur extrínsecus, intérius operétur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
SENHOR, nós Vos rogamos, santificai pelo presente sacrifício os nossos jejuns, para que a nossa abstinência produza em nosso interior o que externamente indica. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
Praefatio
O Prefácio é a abertura solene do Cânon, a parte central da Missa. Vária de acordo com o tempo e festas litúrgicas.
V. Per ómnia sǽcula sæculórum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Sursum corda.
V. Corações ao alto.
R. Habémus ad Dóminum.
R. Já os temos no Senhor.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro.
V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et iustum est.
R. É digno e justo.
De Quadragesima
VERE dignum justum est, aequum et salutare, nos tibi semper et ubique gratias agere: Domine Sancte, Pater omnipotens aeterne Deus: Qui corporali ieiunio vitia comprimis, mentem elevas, virtutem largiris et praemia: per Christum Dominum nostrum. Per quem maiestatem tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates. Caeli caelorumque Virtutes, ac beata Seraphim, socia exsultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti iubeas, deprecamur, supplici confessione dicentes:
VERDADEIRAMENTE é digno e justo, e igualmente salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor, Pai Santo, onipotente e eterno Deus: que pelo jejum corporal reprimis os vícios, elevais a inteligência, concedeis a virtude e o prêmio dela, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele louvam os Anjos a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os Bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, fazei que se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos:
Todos: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt coeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Bened✠íctus, qui venit in nómine Dómini. Hosánna in excélsis.
Todos: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos. Os Céus e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Ben✠dito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
(de joelhos)
Canon
O Cânon é a parte central da Santa Missa e envolve o Sacrifício do altar em mistério por ser dito praticamente todo em voz baixa. Com o Prefácio, começou a grande prece eucarística da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício.
A Igreja Militante
Te ígitur, clementíssime Pater, per Iesum Christum, Fílium tuum, Dóminum nostrum, súpplices rogamus, ac pétimus, uti accépta hábeas et benedícas, hæc ✠ dona, hæc ✠ múnera, hæc ✠ sancta sacrifícia illibáta, in primis, quæ tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica: quam pacificáre, custodíre, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum: una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodóxis, atque cathólicæ et apostólicæ fídei cultóribus.
A Vós, ó Pai clementíssimo, por Jesus Cristo Vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos que aceiteis e abençoeis estes ✠ dons, estas ✠ dádivas, estas santas ✠ oferendas imaculadas. Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela Vossa santa Igreja Católica, para que Vos digneis dar-lhe a paz, protegê-la, conservá-la na unidade e governá-la, em toda a terra, e também pelo Vosso servo o nosso Papa N., pelo nosso Bispo N., e por todos os [bispos] ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.
Recomendação dos vivos
Meménto, Dómine, famulórum famularúmque tuarum N. et N. et ómnium circumstántium, quorum tibi fides cógnita est et nota devótio, pro quibus tibi offérimus: vel qui tibi ófferunt hoc sacrifícium laudis, pro se suísque ómnibus: pro redemptióne animárum suárum, pro spe salútis et incolumitátis suæ: tibíque reddunt vota sua ætérno Deo, vivo et vero.
Lembrai-Vos, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a Vós, ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
A Igreja triunfante
Communicántes, et memóriam venerántes, in primis gloriósæ semper Vírginis Maríæ, Genetrícis Dei et Dómini nostri Iesu Christi: sed et beáti Ioseph, eiúsdem Vírginis Sponsi, et beatórum Apostolórum ac Mártyrum tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Iacóbi, Ioánnis, Thomæ, Iacóbi, Philíppi, Bartholomǽi, Matthǽi, Simónis et Thaddǽi: Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni, Ioánnis et Pauli, Cosmæ et Damiáni: et ómnium Sanctórum tuórum; quorum méritis precibúsque concédas, ut in ómnibus protectiónis tuæ muniámur auxílio. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Unidos na mesma comunhão, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo, e também de São José, esposo da mesma Virgem, e dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os Vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de Vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amem.
A sineta nos avisa o momento da Consagração
Hanc ígitur oblatiónem servitútis nostræ, sed et cunctæ famíliæ tuæ, quǽsumus, Dómine, ut placátus accípias: diésque nostros in tua pace dispónas, atque ab ætérna damnatióne nos éripi, et in electórum tuórum iúbeas grege numerári. Per Christum, Dómi-num nostrum. Amen.
Por isso, Vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a Vossa Igreja Vos prestamos, firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos no número dos Vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amem.
Quam oblatiónem tu, Deus, in ómnibus, quǽsumus, bene✠díctam, adscrí✠ptam, ra✠tam, rationábilem, acceptabilémque fácere dignéris: ut nobis Cor✠pus, et San✠guis fiat dilectíssimi Fílii tui, Dómini nostri Iesu Christi.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por Vós em tudo, aben✠çoada, apro✠vada, ratifi✠cada, digna e aceitável aos Vossos olhos, a fim de que se torne para nós o Cor✠po e o San✠gue de Jesus Cristo, Vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.
Consagração da Hóstia:
Qui prídie quam paterétur, accépit panem in sanctas ac venerábiles manus suas, elevátis óculis in cælum ad te Deum, Patrem suum omnipoténtem, tibi grátias agens, bene✠díxit, fregit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et manducáte ex hoc omnes.
Na véspera de Sua Paixão, Ele tomou o pão em Suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao Céu para Vós, ó Deus, Seu Pai onipotente, dando-Vos graças, ben✠zeu-o, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e comei Dele, todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
ISTO É O MEU CORPO.
Consagração do Cálice:
Símili modo postquam cenatum est, accípiens et hunc præclárum Cálicem in sanctas ac venerábiles manus suas: item tibi grátias agens, bene✠díxit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et bíbite ex eo omnes.
De igual modo, depois da ceia, tomando também este precioso cálice em Suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-Vos graças, ben✠zeu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei Dele todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET AETERNI TESTAMENTI: MYSTERIUM FIDEI: QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM.
ESTE E O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS.
Hæc quotiescúmque fecéritis, in mei memóriam faciétis.
Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim.
Continuação do Cânon
Unde et mémores, Dómine, nos servi tui, sed et plebs tua sancta, eiúsdem Christi Fílii tui, Dómini nostri, tam beátæ passiónis, nec non et ab ínferis resurrectiónis, sed et in cælos gloriósæ ascensiónis: offérimus præcláræ maiestáti tuæ de tuis donis ac datis, hóstiam ✠ puram, hóstiam ✠ sanctam, hóstiam ✠ immaculátam, Panem ✠ sanctum vitæ ætérnæ, et Cálicem ✠ salútis perpétuæ.
Por esta razão, ó Senhor, nós, Vossos servos, com o Vosso povo santo, em comemoração da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de Sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de Sua gloriosa Ascensão aos Céus, oferecemos à Vossa augusta Majestade, de Vossos dons e dádivas, a Hóstia ✠ pura, a Hóstia ✠ santa, a Hóstia ✠ imaculada, o Pão ✠ santo da vida eterna, e o Cálice ✠ da salvação perpétua.
Supra quæ propítio ac seréno vultu respícere dignéris: et accépta habére, sicúti accépta habére dignátus es múnera púeri tui iusti Abel, et sacrifícium Patriárchæ nostri Abrahæ: et quod tibi óbtulit summus sacérdos tuus Melchísedech, sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam.
Sobre estes dons, Vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebestes as ofertas do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé, e o que Vos ofereceu Vosso sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, imaculada hóstia.
Súpplices te rogámus, omnípotens Deus: iube hæc perférri per manus sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum, in conspéctu divínæ maiestátis tuæ: ut, quotquot ex hac altáris participatióne sacrosánctum Fílii tui Cor✠pus, et Sáng✠uinem sumpsérimus, omni benedictióne cælésti et grátia repleámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Suplicantes Vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de Vosso Santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao Vosso sublime Altar, à presença de Vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Cor✠po, e San✠gue de Vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da graça. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amem.
Recomendação dos mortos:
Meménto étiam, Dómine, famulórum famularúmque tuárum N. et N., qui nos præcessérunt cum signo fídei, et dormiunt in somno pacis. Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus locum refrigérii, lucis, et pacis, ut indúlgeas, deprecámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Lembrai-Vos, também, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os que repousam em Jesus Cristo, nós Vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Nobis quoque peccatóribus fámulis tuis, de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, partem áliquam et societátem donáre dignéris, cum tuis sanctis Apóstolis et Martýribus: cum Ioánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro, Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, Anastásia, et ómnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consórtium, non æstimátor mériti, sed véniæ, quǽsumus, largítor admítte. Per Christum, Dóminum nostrum.
Também a nós, pecadores, Vossos servos, que esperamos na Vossa infinita misericórdia, dignai-Vos conceder um lugar na sociedade de Vossos Santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os Vossos Santos. Unidos a eles pedimos, Vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Per quem hæc ómnia, Dómine, semper bona creas, sanctí✠ficas, viví✠ficas, bene✠dícis et præs-tas nobis.
Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santi✠ficais, vivi✠ficais, aben✠çoais, e nos concedeis todos estes bens.
Fim do Cânon
Per ip✠sum, et cum ip✠so, et in ip✠so, est tibi Deo Patri ✠ omnipoténti, in unitáte Spíritus ✠ Sancti, omnis honor, et glória.
Por E✠le, com E✠le e Ne✠le, a Vós, Deus Pai ✠ onipotente, na unidade do Espírito ✠ Santo, toda a honra e toda a glória.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(de pé)
Preparação para a Comunhão
Pai Nosso
V. Orémus: Præcéptis salutáribus móniti, et divína institutione formati audemus dicere:
V. Oremos. Instruídos pelos ensinamentos salutares e formados pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in caelis, Sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in coelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem:
Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo.
R. Mas livrai-nos do mal.
V. Amen.
V. Amém.
Embolismo:
Líbera nos, quǽsumus, Dómine, ab ómnibus malis, prætéritis, præséntibus et futúris: et intercedénte beáta et gloriósa semper Vírgine Dei Genetríce María, cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo, atque Andréa, et ómnibus Sanctis, da propítius pacem in diébus nostris: ut, ope misericórdiæ tuæ adiúti, et a peccáto simus semper líberi et ab omni perturbatióne secúri. Per eúndem Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus.
Ó Senhor, livrai-nos de todos os males passados, presentes e futuros, e pela intercessão da Bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos Vossos Bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Pax Domini sit semper vobiscum.
V. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
União do Corpo e do Sangue:
Hæc commíxtio, et consecrátio Córporis et Sánguinis Dómini nostri Iesu Christi, fiat accipiéntibus nobis in vitam ætérnam. Amen.
Esta união e consagração do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amem.
Agnus Dei:
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
(de joelhos)
Orações da Comunhão:
Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis, pacem meam do vobis: ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiæ tuæ; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a Minha paz”: não olheis os meus pecados, mas a fé da Vossa Igreja; dai-lhe, segundo a Vossa Vontade, a paz e a unidade. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spíritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificásti: líbera me per hoc sacrosánctum Corpus et Sánguinem tuum ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis: et fac me tuis semper inhærére mandátis, et a te numquam separári permíttas: Qui cum eódem Deo Patre et Spíritu Sancto vivis et regnas Deus in sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que com a cooperação do Espírito Santo, por vontade do Pai, destes a vida ao mundo por Vossa morte. Livrai-me, por este Vosso sacrossanto Corpo e por Vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os Vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Percéptio Córporis tui, Dómine Iesu Christe, quod ego indígnus súmere præsúmo, non mihi provéniat in iudícium et condemnatiónem: sed pro tua pietáte prosit mihi ad tutaméntum mentis et córporis, et ad medélam percipiéndam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por Vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Comunhão do sacerdote:
Panem cæléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo.
Receberei o Pão do Céu e invocarei o nome do Senhor.
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Corpus Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amem.
Quid retríbuam Dómino pro ómnibus, quæ retríbuit mihi? Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo. Laudans invocábo Dóminum, et ab inimícis meis salvus ero.
Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Sanguis Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Comunhão dos fiéis
(onde for costume, reza-se o Confiteor e recebe-se a absolvição, como nas orações ao pé do altar):
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
Depois o Padre, apresentando a Hóstia, diz:
V. Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccata mundi.
V. Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira o pecado do mundo!
R. Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
R. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Depois administra a sagrada Comunhão, dizendo a cada um:
V. Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen.
V. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.
O fiel nada responde.
Para comungar o fiel fica de joelhos no genuflexório da mesa de Comunhão, abre a boca e coloca a ponta da língua sobre o lábio inferior. Não é necessário abrir muito a boca, nem levantar a cabeça, apenas deixa-la reta. Não se responde nada e não se leva a boca ao encontro da mão do Padre, permanece-se parado. Recebida a Comunhão não se benze nem beija a mão do Padre, apenas volta para o seu lugar e reza algumas orações em ação de graças.
Durante todo o rito da distribuição da sagrada Comunhão todos ficam de joelhos (ou em pé), pois o Santíssimo Sacramento está exposto.
Abluções:
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
Quod ore súmpsimus, Dómine, pura mente capiámus: et de múnere temporáli fiat nobis remédium sempitérnum.
Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha salvação eterna.
Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhǽreat viscéribus meis: et præsta; ut in me non remáneat scélerum mácula, quem pura et sancta refecérunt sacraménta: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. Amen.
Concedei, Senhor, que Vosso Corpo e Vosso Sangue que recebi, penetrem meu interior, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amem.
Communio (Sl 7,2)
É o oitavo texto próprio de cada Missa. Com ele a Igreja reafirma seus desejos e intenções diante dos benefícios de Deus.
DÓMINE, Deus meus, in te sperávi: líbera me ab ómnibus persequéntibus me, et éripe me.
SENHOR, meu Deus, em Vós espero. Livrai-me de todos os que me perseguem e salvai-me.
(de joelhos)
Postcommunio
É o nono texto próprio de cada Missa. Aqui a Igreja agradece a Deus o Sacramento recebido e pede a graça de fazer frutificar o Dom recebido.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
SANCTIFICATIÓNIBUS tuis, omnípotens Deus, et vítia nostra curéntur, et remédia nobis ætérna provéniant. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS onipotente, concedei que os nossos vícios sejam curados pelos vossos santos Mistérios, e sirvam-nos estes de remédio para a salvação eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Oratio super populum
Orémus.
Oremos.
Humiliáte cápita vestra Deo.
Humilhai a vossa cabeça diante de Deus.
Todos, de joelhos, inclinam a cabeça e o Padre diz a oração sobre o povo:
FIDÉLES tuos, Deus, benedíctio desideráta confírmet: quæ eos et a tua voluntáte numquam fáciat discrepáre, et tuis semper indúlgeat benefíciis gratulári. Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
Ó DEUS, fortalecei os vossos fiéis com a bênção que desejam; por efeito dela nunca se desviem de vossa vontade e sempre se alegrem com os vossos benefícios. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Conclusão
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Depois diz-se:
V. Ite, Missa est.
V. Ide, estais despedidos.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
E acrescenta a oração à Santíssima Trindade, em voz baixa:
Pláceat tibi, sancta Trínitas, obséquium servitútis meæ: et præsta; ut sacrifícium, quod óculis tuæ maiestátis indígnus óbtuli, tibi sit acceptábile, mihíque et ómnibus, pro quibus illud óbtuli, sit, te miseránte, propitiábile. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de Vossa Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e por Vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amem.
Bênção final
Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius, ✠ et Spíritus Sanctus.
Abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, e Filho, ✠ e Espírito Santo.
R. Amen.
R. Amém.
Último Evangelho (Jo 1, 1-14)
V. Dominus vobiscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Initium ✠ sancti Evangélii secúndum Ioánnem.
V. Início ✠ do santo Evangelho segundo São João.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós Senhor.
In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Ioánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem rece-pérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine eius: qui non ex sangue-nibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt.
A Luz verdadeira era a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.
Aqui todos genufletem:
ET VERBUM CARO FACTUM EST,
E O VERBO SE FEZ CARNE,
et habitávit in nobis: et vídimus glóriam eius, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritatis.
e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
Orações Finais de Leão XIII
Estas orações finais são recitadas somente nas Missas Rezadas, e podem ser omitidas em algumas ocasiões, como aos domingos e quando a Missa é seguida de algum exercício piedoso.
V. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.
V. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor e convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen. (3x)
Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. (3x)
V. Salve Regina,
V. Salve Rainha,
Todos: Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules filii Evæ. Ad te suspiramus gementes et fientes in hac lacrymarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis, post hoc exilium, ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Todos: Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremus.
Oremos.
Deus, refugium nostrum et virtus, populum ad te clamantem propitius respice; et intercedente gloriosa, et immaculata Virgine Dei Genitrice Maria, cum beato Joseph, ejus Sponso, ac beatis Apóstolis tuis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quas pro conversione peccatorum, pro libertate et exal-tatione sanctæ Matris Ecclesiæ, preces effundimus, misericors et benignus exaudi. Per eundum Christum Dominum nostrum.
Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propício os clamores de Vosso povo; e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho, de São José, casto Esposo de Maria, dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos pela conversão dos pecadores, liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
R. Amém.
V. Cor Jesu sacratíssimum. (ter)
V. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3x)
R. Miserére nobis. (ter)
R. Tende piedade de nós. (3x)
Acessar a Liturgia Anual 2025 [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
De acordo com o Martirológio Romano, “Fotina, a samaritana, seus filhos, José e Vítor, o oficial do exército, Sebastião, Anatólio, Fócio , as irmãs Fotis, Parasceve e Ciríaca, todos confessaram a Cristo e alcançaram o martírio”.
A história, preservada pelos gregos e puramente lendária, afirma que Fotina era a mulher samaritana com quem Nosso Senhor falou junto ao poço. Depois de pregar o Evangelho em vários lugares, chegou a Cartago, onde morreu depois de sofrer três anos de prisão por sua fé.
São Vítor, oficial do exército imperial, foi nomeado governador da Gália e converteu São Sebastião. Os mártires foram levados para Roma, onde alguns foram esfolados e queimados em fogo lento, enquanto os outros foram decapitados após serem submetidos a tortura.
Uma lenda espanhola afirma que Santa Fotina converteu e batizou Domnina (que era filha de Nero) com cem de seus servos.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. I, ano 1965, p. 605) [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
Segundo o Martirológio Romano, o dia 19 de março é a festa do “nascimento (para o céu) de São José, esposo da Santíssima Virgem Maria e Confessor, a quem o Sumo Pontífice Pio IX, segundo os desejos e orações de todo o mundo católico, proclamou Patrono da Igreja Universal”.
A história de sua vida, diz Butler, não foi escrita pelos homens, mas suas principais ações são relatadas pelo próprio Espírito Santo através dos evangelistas inspirados. O que é dito sobre ele nos Evangelhos é tão conhecido que dispensa comentários.
São José era de ascendência real e sua genealogia nos é dada tanto por São Mateus quanto por São Lucas. Era o guardião do bom nome de Nossa Senhora e, por isso, necessariamente um confidente dos segredos celestiais; ele foi o pai adotivo de Jesus, o encarregado de orientar e sustentar a Sagrada Família e o responsável, em certo sentido, pela educação daquele que, sendo Deus, teve o prazer de se chamar “filho do homem”.
Foi o ofício de José que Jesus aprendeu, o seu modo de falar que o Menino imitou; foi a José que a própria Virgem parecia ter investido plenos direitos paternos, quando disse sem qualquer restrição: “Teu pai e eu, entristecidos, Te procurávamos”. Não é de surpreender que o evangelista tenha tornado sua esta frase e nos dito, referindo-se aos incidentes ocorridos durante a apresentação do Menino no Templo, que “seu pai e sua mãe ficaram maravilhados com as coisas que se diziam sobre Ele”.
De qualquer forma, o nosso conhecimento positivo sobre a vida de São José é muito limitado; a “tradição”, preservada nos evangelhos apócrifos, deve ser considerada completamente inútil. Podemos supor que ele se casou com Maria, sua noiva, de acordo com as cerimônias prescritas pelo ritual judaico, mas a natureza desta cerimônia não é claramente conhecida, principalmente quando se trata de pessoas humildes e que José e Maria eram dessa condição, e é comprovado pelo fato de que durante a purificação de Maria no templo, só puderam fazer a oferenda de duas rolinhas. Esta mesma pobreza mostra que a história da rivalidade dos doze pretendentes à mão de Maria, aqueles que depositaram os seus cajados diante do Sumo Sacerdote e os portentos que distinguiram dos demais o cajado de José, que foi o único que floresceu.
Os detalhes fornecidos pelo chamado “Protoevangelho”, pelo “Evangelho do Pseudo-Mateus”, pela “História de José, o Carpinteiro”, etc., são, em muitos aspectos, extravagantes e contraditórios entre si.
Devemos contentar-nos com os simples fatos relatados nos Evangelhos: depois da Anunciação, quando a gravidez de Maria entristeceu o seu marido, os seus temores foram dissipados por uma visão angélica; que recebeu outras advertências do mesmo Anjo, primeiro para buscar refúgio no Egito e depois para retornar à Palestina; que esteve presente em Belém quando Nosso Senhor foi deitado na manjedoura e quando os pastores vieram adorá-lo; que também acompanhou Maria quando ela colocou o Menino nos braços de Santo Simeão e, finalmente, que compartilhou a dor da sua esposa pela perda do seu Filho em Jerusalém e a sua alegria quando o encontraram discutindo com os doutores no Templo. O mérito de São José está resumido na frase evangélica: “ele era um homem justo”. Este é o louvor que a Sagrada Escritura lhe dá.
Embora São José seja agora especialmente venerado com orações oferecidas para obter a graça de uma boa morte, este aspecto da devoção popular ao santo demorou a ser reconhecido. O Rituale Romanum, publicado com permissão em 1614, embora inclua extensos e antigos formulários para ajudar os enfermos e moribundos, não menciona em nenhum lugar, inclusive nas litanias, o nome de São José. Muitos exemplos são citados do Antigo Testamento; a Santíssima Virgem é invocada, claro, e são feitas referências a São Miguel, São Pedro e São Paulo e até a Santa Tecla, mas São José é esquecido e só recentemente esta omissão foi reparada.
O que torna este silêncio mais notável é o fato de o relato da morte de São José na apócrifa “História de José, o Carpinteiro” parecer ter sido muito popular na Igreja Oriental e que, essa história foi o verdadeiro ponto de partida ponto de interesse no santo. Além disso, é aí que encontramos o primeiro indício de algo relacionado com uma celebração litúrgica.
O reconhecimento agora dado a São José no Ocidente, segundo a opinião geral, derivou de fontes orientais, mas o assunto é muito obscuro. Em qualquer caso, deve-se notar que a história de José “o Carpinteiro” foi originalmente escrita em grego, embora agora só a conheçamos através de traduções coptas e árabes.
Este documento dá um relato muito completo da última enfermidade de São José, do seu medo dos julgamentos de Deus, das suas auto-recriminações e dos esforços que Nosso Senhor e sua Mãe fizeram para consolá-lo e facilitar a sua passagem para a vida após a morte, bem como as promessas que Jesus fez para proteger, na vida e na morte, aqueles que fazem o bem em nome de José. É fácil compreender que estas supostas promessas devem ter causado profunda impressão nas pessoas simples; a maioria, sem dúvida, acreditava que incluíam uma garantia divina de seu cumprimento. Em todos os períodos da história mundial encontramos extravagâncias semelhantes, que se desenvolvem paralelamente aos grandes movimentos de devoção popular.
O maravilhoso é que, em quase mil anos, ao que parece, não encontramos sinais reconhecíveis, nem no Oriente nem no Ocidente, de que tais promessas tenham despertado muito interesse. L. Stern, uma pessoa de grande autoridade que teve grande interesse neste documento, acreditava que o original grego da “História de José, o Carpinteiro” poderia datar do século IV, mas esta estimativa de sua antiguidade, na opinião do Padre Paul Peeters, é talvez excessiva.
Em relação ao Ocidente e a certas referências irlandesas, o Padre Paul Grosjean conclui que a menção explícita mais antiga que temos de São José, relativa ao dia 19 de março, está num manuscrito preservado em Zurique (Rh. 30, 3); este martirológio, de Rheinau, é do século VIII e teve origem no norte da França ou na Bélgica. O Padre Grosjean escreve que as referências no Martirológio de Tallaght e no Félire de Oengus são testemunhos concordantes da tradição continental que se preserva na cópia ou resumo do Martirológio de Jerônimo usado pelos escritores; e esta tradição é ainda verificada por dois compêndios do Hieronymianum de Richenau e outro de Reims, que apareceram pouco depois. A ideia de que o “culdee” irlandês celebrasse uma festa de São José em 19 de março é um erro.
O Félire é certamente obra de um “culdee”, mas não é um calendário: é um poema devocional em homenagem a certos santos, cujos nomes são tirados arbitrariamente, dia a dia, de um martirológio abreviado de origem continental, com suplemento para Irlanda. O testemunho de Oengus é muito valioso, pois verifica a presença dos nomes dos santos que menciona no documento que utilizou; mas um martirológio não é um calendário litúrgico e não nos permite concluir que este ou aquele santo foi celebrado nesta ou naquela data em Tallaght ou em algum outro mosteiro irlandês. Essas alusões primitivas foram um ponto de partida para eventos futuros, embora tenham se desenvolvido lentamente.
No primeiro Missal Romano impresso (1474), não se encontra nenhuma comemoração de São José, nem seu nome aparece no calendário. Em Roma encontramos pela primeira vez, em 1505, uma Missa em homenagem a São José, embora um breviário romano de 1482 lhe dedique uma festa com nove lições. Mas em certas localidades e sob a influência de mestres individuais, um culto notável começou, muito antes disso. Provavelmente as representações de autos sacramentais, nos quais São José frequentemente ocupava um papel de destaque, contribuíram em parte para esse resultado.
O Beato Herman, um premonstratense que viveu na segunda metade do século XII, adotou o nome de José e acreditou ter-lhe sido concedida a segurança de obter a sua proteção especial. Parece que Santa Margarida de Cortona, a Beata Margarida de Cittá di Castello, Santa Brígida da Suécia e São Vicente Ferrer homenagearam particularmente São José nas suas devoções privadas.
No início do século XV alguns escritores influentes como o Cardeal Peter D’Ailly John Gerson e São Bernardino de Sena defenderam calorosamente a sua causa e sem dúvida devido principalmente à sua influência antes do final do mesmo século a festa de São José começou a ser celebrada liturgicamente em muitas partes da Europa Ocidental.
A alegação de que os Carmelitas introduziram a devoção do Oriente é completamente infundada; o nome de São José não é mencionado em nenhum lugar do Ordinário de Siberto de Beka e, embora o primeiro Breviário Carmelita impresso (1480) reconheça a sua festa, isso parece ser resultado de um costume, já aceito na Bélgica, onde foi impresso o referido Breviário. O capítulo carmelita realizado em Nimes em 1498 foi o primeiro a autorizar formalmente esta adição ao calendário da ordem.
Mas a partir de então a devoção se espalhou rapidamente e não há dúvida de que o zelo e o entusiasmo demonstrados pela grande Santa Teresa pela causa de São José causaram profunda impressão na Igreja. Em 1621, o Papa Gregório declarou a celebração de São José como festa de preceito e, embora esta obrigação tenha sido posteriormente anulada na Inglaterra e outras partes, não diminuiu, mesmo nos nossos dias, o fervor e a confiança de seus inúmeros devotos. Testemunho eloquente deste fato é o grande número de igrejas dedicadas em sua honra e as numerosas congregações religiosas, tanto masculinas como femininas, que levam o seu nome.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. I, ano 1965, pp. 599-602) [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
Foi uma bênção que São Cirilo de Jerusalém, um homem de disposição gentil e conciliadora, tenha vivido numa época de feroz controvérsia religiosa. O duque de Broglie o considera o representante “da extrema direita do semi-arianismo, que beirava a ortodoxia, ou da extrema esquerda da ortodoxia, que se aproximava do semi-arianismo, mas não há nada de herético em seus ensinamentos”.
Newman descreve-o mais precisamente, quando diz: “parecia que ele tinha medo da palavra ‘Homousios’ (consubstancial); de antagonizar os amigos de Atanásio e dos Arianos; de ter permitido a tirania destes últimos; de ter participado em reconciliação geral, e de ter recebido da Igreja honras que, tanto em sua vida como depois de sua morte, apesar de todas as objeções que possam ser levantadas, se sua história for examinada cuidadosamente, não foram imerecidas” (Prefácio à tradução de o Catecismo de Cirilo p. I I).
Se não nasceu em Jerusalém (315), foi levado para lá e recebeu uma excelente educação de seus pais, que provavelmente eram cristãos. Adquiriu um vasto conhecimento das Sagradas Escrituras, que citava frequentemente nas suas instruções, entrelaçando algumas passagens bíblicas com outras. Parece que foi ordenado sacerdote pelo bispo de Jerusalém, São Máximo, que apreciou tanto os seus dons que lhe confiou a difícil tarefa de instruir os catecúmenos. Ocupou a cátedra de catequese durante vários anos; na Basílica da Santa Cruz de Constança, comumente chamada de Martyrion, para os illuminandi, ou candidatos ao batismo, e na Anástasis ou igreja da Ressurreição, para aqueles que foram batizados na semana da Páscoa.
Estas conferências foram proferidas sem livro e os dezenove discursos catequéticos que chegaram até nós são talvez os únicos que foram escritos. São de grande valor, pois contêm uma exposição dos ensinamentos e ritos da Igreja de meados do século IV e formam “o sistema teológico primitivo”. Neles encontramos também interessantes alusões à descoberta da cruz, à descrição da rocha que fechava o Santo Sepulcro e ao cansaço dos ouvintes que praticaram longos jejuns.
Não sabemos em que circunstâncias Cirilo sucedeu Máximo na sé de Jerusalém. Temos duas versões de seus adversários, mas elas não combinam entre si. São Jerônimo, que nos deixou uma delas, parece ter preconceito contra ele. Sabemos com certeza que São Cirilo foi legalmente consagrado pelos bispos de sua província e se Ário Acácio, que era um deles, esperava poder lidar com ele facilmente, estava completamente errado. No primeiro ano de seu episcopado ocorreu um fenômeno físico que causou grande impressão na cidade.
Ele enviou a notícia desse fenômeno ao imperador Constantino em uma carta que ainda está preservada. A sua autenticidade tem sido questionada, mas o estilo é sem dúvida dele e embora interpolado, resistiu às críticas adversas. A carta diz:
“Nos primeiros dias de maio, perto da hora terceira, uma grande cruz iluminada apareceu nos céus, acima do Gólgota, chegando ao sagrado monte das Oliveiras: foi vista não por uma ou duas pessoas, mas evidente e claramente por toda a cidade. Isto não foi, como se poderia acreditar, uma fantasia ou aparição momentânea, pois permaneceu durante várias horas visível aos nossos olhos e mais brilhante que o sol. A cidade inteira estava cheia de medo e alegria ao mesmo tempo, enfrentando tal presságio e imediatamente correu para a igreja louvando a Cristo Jesus, o único Filho de Deus.”
Não muito depois da posse de Cirilo, começaram a surgir discussões entre ele e Acácio, principalmente sobre a proveniência e jurisdição das respectivas sedes, mas também sobre questões de fé, uma vez que Acácio já estava então imbuído da heresia ariana. Cirilo manteve a prioridade de sua sé, como se possuísse um “trono apostólico”; enquanto Acácio, como metropolita de Cesaréia, exigia jurisdição sobre ela, lembrando um cânone do Concílio de Nicéia que diz: “Visto que por costume ou tradição antiga, o bispo de Élia (Jerusalém) deve receber honras, deixemos o metropolita (de Cesaréia) em sua própria dignidade para manter o segundo lugar.”
A divergência chegou a uma disputa aberta e finalmente Acácio convocou um Concílio de bispos que o apoiavam, para o qual Cirilo foi convocado, mas recusou-se a comparecer. Foi acusado de contumácia e de ter vendido propriedades da Igreja, durante a fome, para ajudar os necessitados. Ele fez o último, assim como Santo Ambrósio e Santo Agostinho e muitos outros grandes prelados que foram amplamente compreendidos. De qualquer forma, o concílio fraudulento condenou-o e ele foi banido de Jerusalém.
Partiu para Tarso, onde foi recebido hospitaleiramente por Silvano, bispo semi-ariano, e onde permaneceu enquanto aguardava o recurso que havia interposto para um tribunal superior. Dois anos depois de seu depoimento, seu apelo chegou ao Concílio de Selêucia, que era composto por semi-arianos, arianos e pouquíssimos membros do partido ortodoxo, todos eles do Egito, Cirilo tomou assento entre os semi-arianos que o tinham ajudado durante seu exílio. Acácio opôs-se violentamente à sua presença e abandonou a reunião, embora logo tenha regressado para participar nos debates subsequentes. Seu partido tinha minoria, então ele foi deposto, enquanto Cirilo foi inocentado.
Acácio foi a Constantinopla e convenceu o imperador Constantino a convocar outro concílio. Acrescentou novas acusações às antigas e o que realmente irritou o imperador foi saber que as vestes que ele havia dado a Macário para administrar o batismo foram vendidas e depois vistas numa representação teatral. Acácio triunfou e obteve um segundo decreto de exílio contra Cirilo, um ano depois de ter sido restaurado à sua sé.
Com a morte de Constantino em 361, seu sucessor Juliano convocou todos os bispos que Constantino havia banido, e Cirilo, junto com os outros, retornou à sua sé. Em comparação com outros reinados, houve poucos martírios durante a administração de Juliano, o Apóstata, que percebeu que o sangue dos mártires era a semente da igreja, e procurou por outros meios mais refinados desacreditar a religião que ele próprio havia abandonado.
Um dos planos que traçou foi a reconstrução do templo de Jerusalém, a fim de mostrar a falsidade da profecia da sua ruína permanente. Os historiadores da Igreja Sócrates e Teodoreto, bem como outros, falam longamente sobre esta tentativa de Juliano de reconstruir o templo e apelar aos sentimentos nacionais dos judeus.
Gibbon e outros agnósticos modernos zombam dos acontecimentos sobrenaturais, terremotos, esferas de fogo, desabamentos de paredes, etc… que o fizeram abandonar o projeto, mas mesmo Gibbon é forçado a admitir que estes prodígios são confirmados não apenas por escritores cristãos, como São João Crisóstomo e Santo Ambrósio, mas também “por mais estranho que pareça, pelo testemunho incontestável de Amiano Marcelino, o soldado-filósofo”, que era pagão. São Cirilo contemplou com calma os grandes preparativos para a reconstrução do templo, profetizando que seria um fracasso.
Em 367, São Cirilo foi banido pela terceira vez. Valente decretou a expulsão de todos os prelados chamados por Juliano, mas quando Teodoro subiu ao trono, foi reintegrado em sua sé, onde permaneceu durante os últimos anos de sua vida. Ele ficou muito angustiado ao encontrar Jerusalém dilacerada por cismas e conflitos, infestada de heresia e manchada por crimes hediondos. Ele recorreu ao Concílio de Antioquia, e foi-lhe enviado São Gregório de Nissa, que não se considerou capaz de remediar e logo abandonou Jerusalém, deixando para a posteridade suas “Advertências contra Peregrinações”, uma descrição colorida e vívida da moralidade da cidade santa naquela época.
Em 381, Cirilo e São Gregório estiveram presentes no grande Concílio de Constantinopla (segundo Concílio Ecumênico). Nesta ocasião, o bispo de Jerusalém assumiu o seu lugar como metropolita junto aos patriarcas de Alexandria e Antioquia. Este Concílio promulgou o Símbolo Niceno, na sua forma corrigida. Cirilo, que o subscreveu junto com os demais, aceitou o termo “Homousios”, que passou a ser considerado a palavra-chave da Ortodoxia. Sócrates e Sozomen interpretam esta atitude como um ato de arrependimento.
Por outro lado, na carta escrita pelos bispos ao Papa São Dâmaso, Cirilo é exaltado como um dos defensores da verdade ortodoxa contra os arianos. A Igreja Católica, ao nomeá-lo entre os seus doutores (1882), confirma a teoria de que ele sempre foi um daqueles que Atanásio chama de: “irmãos que querem dizer a mesma coisa que nós, mas que diferem na maneira de dizê-la.”
Acredita-se que tenha morrido em 386, aos setenta anos, tendo sido bispo durante trinta e cinco, dos quais passou dezasseis no exílio. Os únicos escritos de São Cirilo que sobreviveram até nós são as palestras catequéticas, um sermão da piscina de Betseda, a carta ao imperador Constantino e outros pequenos fragmentos.
(BUTLER Alban de, Vida de los Santos: vol. I, ano 1965, pp. 592-594) [...]
Leia mais...
12 de março de 20250:00
A QUARTA-FEIRA DAS TÊMPORAS DA QUARESMA
Ano Litúrgico – Dom Próspero Gueranger
Essa raça má e adúltera busca um milagre: e não será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas.
O jejum quaresmal está associado hoje às Têmporas. Na sexta-feira e no próximo sábado, também teremos um duplo motivo para fazer penitência. É o tempo da primavera, e se trata de consagrar a Deus, oferecendo-lhe as primícias com jejum e oração; também temos em vista a ordenação dos sacerdotes e ministros sagrados, sobre a qual é necessário coletar as bênçãos do alto. Portanto, tenhamos respeito soberano por esses três dias.
Até o século XI o jejum das Têmporas da primavera era fixo na primeira semana de março e o do verão na segunda semana de junho. Um decreto de São Gregório VII os definia nas datas que mantemos hoje; as Têmporas da primavera na primeira semana da Quaresma e as do verão na semana de Pentecostes.
A Estação é comemorada hoje em Santa Maria Maior. Honremos a Mãe de Deus, refúgio dos pecadores, e supliquemos que ela ofereça ao nosso juiz o humilde tributo de nossas satisfações.
COLETA – Oremos. Ajoelhemo-nos. Levantemo-nos. – NÓS Vos rogamos, Senhor, dignai-Vos ouvir, Clemente, as nossas preces e contra tudo que nos aflige estendei a Destra de vossa Majestade. Por Nosso Senhor.
A Igreja, que às quartas-feiras das Têmporas, apresenta sempre duas lições da Sagrada Escritura no lugar da Epístola da Missa, juntou hoje dois grandes tipos da Quaresma no Antigo Testamento, Moisés e Elias, com o objetivo de revalorizar diante de nossos olhos a dignidade do jejum quaresmal ao qual o próprio Cristo conferiu um caráter ainda mais sagrado, percebendo em sua própria pessoa o que a Lei e os Profetas haviam executado apenas em figura.
PRIMEIRA LEITURA – Leitura do Livro do Êxodo – NAQUELES dias, disse o Senhor a Moisés: Vem ter comigo no monte, e deixa-te ficar aí e te darei as tábuas de pedra em que escrevi a lei e os mandamentos, para que os ensines aos filhos de Israel. Moisés e Josué, seu ministro, levantaram-se. E Moisés subiu ao monte de Deus e disse aos anciãos: Esperai aqui, até que voltemos a vós. Tendes convosco Aarão e Hur; se sobrevier alguma questão, recorrei a eles. E tendo Moisés subido, a nuvem cobriu o monte e a glória do Senhor pousou sobre o Sinai, envolvendo-O com a nuvem durante seis dias. Ao sétimo dia, porém, Deus chamou Moisés do meio da escuridão . Ora, a glória do Senhor manifestou-se aos filhos de Israel, como um fogo ardente sobre o cimo do monte. E entrando Moisés pelo meio da nuvem, subiu ao monte e ali se demorou quarenta dias e quarenta noites.
EPÍSTOLA – Leitura do livro dos Reis. – NAQUELES dias, chegou Elias a Bersabéia de Judá e ali despediu o seu criado. E andou pelo deserto um dia de caminho. Tendo chegado ali, sentou-se debaixo de um junipero e pediu para si a morte. E disse: Basta-me de vida, Senhor, tomai a minha alma, porque não sou melhor do que meus pais. E deitou-se em terra, e adormeceu à sombra do junípero. E eis que o Anjo do Senhor tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come. Elias olhou, e viu, junto à sua cabeça, um pão cozido debaixo da cinza, e um vaso com água; comeu, pois, bebeu e tornou a adormecer. Voltou pela segunda vez o Anjo do Senhor, tocou-o e lhe disse: Levanta-te e come, porque te resta um longo caminho a fazer. Tendo-se ele levantado, comeu e bebeu, e, na força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites, até o monte de Deus, chamado Horeb.
EUCARISTIA – Moisés e Elias jejuam quarenta dias e quarenta noites porque vão se aproximar de Deus. É necessário ao homem se purificar, desapegar-se do peso do corpo, se ele quiser falar com o espírito. No entanto, a visão de Deus com a qual esses dois personagens sagrados foram distinguidos era muito imperfeita; eles sentiram que o Senhor manifestava-Se a eles, mas não viram sua glória. Então o Senhor se manifestou em carne e o homem o viu, ouviu e tocou-o com as mãos (Jo 1,1). Não somos do número daqueles mortais felizes que falaram com o Verbo da vida; mas na Eucaristia divina ele faz mais do que se deixar ver; Ele entra em nós e se torna nossa substância. Os mais humildes fiéis da Igreja possuem Deus mais plenamente do que Moisés no Sinai e Elias no Horebe. Não se surpreenda, então, se a Igreja, para preparar-nos para tamanho favor na festa da Páscoa, quer que passemos pela prova dos quarenta dias, prova muito menos rigorosa que a que exigiu de Moisés e Elias a concessão da graça que Deus se dignou outorgar-los.
EVANGELHO – Continuação do santo Evangelho segundo São Mateus. – NAQUELE tempo, dirigiram-se a Jesus alguns dos escribas e fariseus, dizendo: Mestre, nós gostaríamos muito de ver algum prodígio vosso. Ele, porém, lhes respondeu: Esta geração má e adúltera pede um prodígio, mas não lhe será dado outro, senão o prodígio do profeta Jonas. Porque assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra: Os homens de Nínive se levantarão, no dia do juízo contra esta geração e a condenarão, pois estes fizeram penitência com a pregação de Jonas. E aqui está quem é mais do que Jonas. A rainha do meio-dia levantar-se-á no dia do juízo contra esta geração e a condenará; pois veio da extremidade da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E eis, aqui está quem é mais do que Salomão. Quando o espírito imundo sai de um homem, anda por lugares secos, procurando repouso, e não o encontrando, diz: Voltarei para minha casa, de onde saí. E quando vem, encontra-a desocupada, varrida e enfeitada. Então vai, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele, e entrando, habitam ali; e o último estado daquele homem torna-se pior que o primeiro. Assim acontecerá também a esta geração perversa. Estando Ele ainda a falar ao povo, eis que sua Mãe e seus irmãos apareceram fora, desejando falar-Lhe. E alguém Lhe disse: Vossa Mãe e vossos irmãos estão ali fora, e Vos procuram. Ele, porém, respondendo ao que Lhe falava, disse-lhe: Quem é minha Mãe e quem são meus irmãos? E estendendo a mão para seus discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos. Porque todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
CASTIGO DA INCREDULIDADE – O Salvador denuncia a Israel os castigos que o aguardam por sua cegueira voluntária e dureza de coração. Israel exige maravilhas para acreditar; elas o cercam em todos os lugares e não as vê; é assim que os homens são hoje. Para reconhecer como divino o cristianismo serão necessárias provas. Porém, isso já é conhecido na história, e de modo claro diante de nossos olhos. Os acontecimentos do dia dão seu testemunho; mas nada os sacode e tira de sua sonolência. Aferram-se desiludidos a seus próprios sistemas e não conseguem chegar a compreender que Igreja Católica é o fundamento da sociedade até o dia em que a sociedade por eles isolada da Igreja se afunda no abismo aberto por suas mãos. “Geração perversa e adúltera”, disse o Senhor, contra a qual se levantarão os povos infiéis, desconhecedores das instituições e que, por ventura, tivessem chegado a amá-las e guardá-las. Temamos a espantável sorte dos judeus a quem o lugar de Jerusalém e sua própria ruina não logrou abrir os olhos e permanecem fiéis, entretanto, às ilusões de seu orgulho, depois de uma escravidão de dezenove séculos.
O BOM EXEMPLO – Em meio aos perigos da sociedade os filhos da Igreja devem dar contas de sua responsabilidade. Indaguem por que os sábios do mundo, os políticos do mundo, deixam de contar com eles. Por que, entretanto, hoje esses homens acham tão difícil dar em algum até o menor sinal de católico. É porque os católicos têm desertado da Igreja e de suas práticas santas. Por dias se vão notando que o vazio vai tomando mais e mais tomando conta de nossas igrejas, não se frequentam mais os sacramentos, a Quaresma não é mais que uma mera palavra no calendário. Voltemos, não só à fé de nossos pais, mas também à observância das leis cristãs; então, sim, o Senhor se apiedará de seu povo infiel em atenção aos justos presentes em seu seio. O apostolado do exemplo produzirá seus frutos; um pequeno grupo de fiéis foi para os povos do Império Romano aquela levedura de que nos fala o Salvador que fermentou toda a massa; em meio a uma sociedade que, todavia, conserva mais elementos católicos do que ela mesma suspeita, nosso zelo por confessar e praticar os deveres da milícia cristã não ficará sem um resultado feliz.
ORAÇÃO – Oremos. Humilhai as vossas cabeças diante de Deus.
NÓS Vos rogamos, Senhor, iluminai as nossas almas com a Luz de vossa Claridade, para que possamos ver o que devemos praticar e cumprir o que é justo. Por Nosso Senhor.
[...]
Leia mais...
11 de março de 20250:00
Santa Missa Diária (14/03/25)
Sexta-feira das Têmporas da Quaresma
II classe, paramentos roxos
Estação nos Doze Apóstolos
O Intróito extrai sérios acentos de penitência do Salmo 24: “Olhai para a minha miséria e para o meu sofrimento, perdoai todos os meus pecados.” Ouvimos os enfermos (que estamos) clamando ao Senhor. Na lição, nosso pregador quaresmal, Ezequiel, escreve em nossos corações duas palavras contundentes, uma palavra de consolo e uma palavra de advertência: “Deus perdoará todos os seus pecados se você se converter seriamente; Deus rejeita o justo quando ele se afasta do bem.” Nenhuma certeza hipócrita de salvação, nenhum orgulho em méritos passados. O Gradual faz a ligação entre a lição e o Evangelho: é uma oração pela cura e pela vida verdadeira. O Evangelho é o modelo clássico da ação dramática, é um “mistério”. O enfermo é cada um de nós: o sábado da cura é o grande sábado da noite pascal que hoje antecipamos no Santo Sacrifício. No Evangelho entendemos claramente que os dois sacramentos, o Batismo e a Eucaristia, se complementam, que são os dois sacramentos da Páscoa que, de um homem pecador, tornam um novo homem livre dos pecados. No Batismo o homem recebe a graça em germe; na Eucaristia, ele a recebe na sua conclusão. Quer nos aproximemos da pia batismal ou da mesa sagrada, é sempre a mesma graça da redenção que nos é concedida. Esta observação é importante para compreender adequadamente as Missas quaresmais. No Ofertório agradecemos a Deus, com emoção, pela graça do Batismo e da vocação. No sacrifício recebemos, como no Batismo, “jovens novos e prósperos”. Os versículos, com a repetição: “Tua juventude se renovará como a águia”, são de grande beleza. Na Comunhão ressoa o Salmo 6, que é um salmo de penitência, mas cuja tristeza é aliviada pela consciência da cura e do perdão. Carregamos Cristo dentro de nós; ele confundirá, com sua presença, todos os inimigos da salvação. É também a impressão de cura dos enfermos que o salmo expressa perfeitamente. “Estou doente, curai-me… Banhei minha cama com lágrimas…”
(Procissão de Entrada: de pé)
ORAÇÕES AO PÉ DO ALTAR OU PREPARAÇÃO PÚBLICA
(Preparamos nossa alma pelo desejo e arrependimento)
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
V. In nómine Patris, ✠ et Fílii, et Spíritus Sancti. Amen.
Introíbo ad altáre Dei.
V. Em nome ✠ do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Salmo 42, 1-5
O salmo Judica, em razão de seu caráter alegre, omite-se nas Missas de defunto e no tempo da Paixão.
V. Iúdica me, Deus, et discérne causam meam de gente non sancta: ab hómine iníquo et dolóso érue me.
V. Julgai, ó Deus e separai minha causa da gente ímpia; livrai-me do homem injusto e enganador.
R. Quia tu es, Deus, fortitúdo mea: quare me repulísti, et quare tristis incédo, dum afflígit me inimícus?
R. Pois vós, ó meu Deus, sois a minha fortaleza, por que me repelis? Por que ando eu triste, quando me aflige o inimigo?
V. Emítte lucem tuam et veritátem tuam: ipsa me deduxérunt, et adduxérunt in montem sanctum tuum et in tabernácula tua.
V. Enviai-me a Vossa luz e a Vossa verdade. Elas me guiarão e hão de conduzir-me a Vossa montanha santa, ao lugar onde habitais.
R. Et introíbo ad altáre Dei: ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Subirei ao altar de Deus, do Deus que é a alegria da minha juventude.
V. Confitébor tibi in cíthara, Deus, Deus meus: quare tristis es, ánima mea, et quare contúrbas me?
V. A Vós louvarei ó Deus, meu Deus, ao som da harpa. Por que estais triste, ó minha alma? E por que me inquietas?
R. Spera in Deo, quóniam adhuc confitébor illi: salutáre vultus mei, et Deus meus.
R. Espera em Deus, porque ainda o louvarei como meu Salvador e meu Deus.
V. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.
V. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper: et in saecula sæculórum. Amen.
R. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
V. Introíbo ad altáre Dei.
V. Subirei ao altar de Deus.
R. Ad Deum, qui lætíficat iuventútem meam.
R. Do Deus que é a alegria da minha juventude.
Confissão
V. Adiutórium nostrum ✠ in nómine Dómini.
V. O nosso ✠ auxílio está no nome do Senhor.
R. Qui fecit coelum et terram.
R. Que fez o Céu e a Terra.
V. Confíteor Deo…
V. Eu pecador…
R. Misereátur tui omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis tuis, perdúcat te ad vitam ætérnam.
R. Que Deus onipotente Se compadeça de ti, perdoe os teus pecados e te conduza à vida eterna.
V. Amen.
V. Amém.
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
V. Deus, tu convérsus vivificábis nos.
V. Ó Deus, voltando-vos para nós nos dareis a vida.
R. Et plebs tua lætábitur in te.
R. E o Vosso povo se alegrará em Vós.
V. Osténde nobis, Dómine, misericórdiam tuam.
V. Mostrai-nos, Senhor, a Vossa misericórdia.
R. Et salutáre tuum da nobis.
R. E dai-nos a Vossa salvação.
V. Dómine, exáudi oratiónem meam.
V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
R. Et clamor meus ad te véniat.
R. E chegue até Vós o meu clamor.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
(de pé)
Este convite “Oremus” do sacerdote ao subir ao altar, é um convite para que o povo o acompanhe em orações. Deste modo, ao mesmo tempo em que vemos no altar o representante de Deus, temos no mesmo sacerdote o representante do povo fiel.
O sacerdote sobe ao altar, rezando em voz baixa:
Aufer a nobis, quǽsumus, Dómine, iniquitátes nostras: ut ad Sancta sanctórum puris mereámur méntibus introíre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Pedimos-Vos, Senhor, afasteis de nós as nossas iniquidades, para que, com almas puras, mereçamos entrar no Santo dos Santos. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
E beija o altar, dizendo:
Orámus te, Dómine, per mérita Sanctórum tuórum, quorum relíquiæ hic sunt, et ómnium Sanctórum: ut indulgére dignéris ómnia peccáta mea. Amen.
Nós Vos suplicamos, Senhor, pelos méritos de Vossos Santos, cujas relíquias aqui se encontram, e de todos os demais Santos, Vos digneis perdoar todos os nossos pecados. Amém.
Saudar o altar com um beijo é reparar Jesus daquele beijo traidor de Judas, e representa a intimidade e proximidade do sacerdote ao saudar o povo.
Primeira parte: Instrução ou Liturgia da Palavra
MISSA DOS CATECÚMENOS
Nesta primeira parte da Missa falamos a Deus por Jesus Cristo com o Introito, Kyrie, Glória e Coleta; e Deus nos fala pelas Leituras (Epístola e Evangelho) e pela homilia.
Introitus (Sl 24,17-18,1-2)
O Introito é um dos textos próprios para cada Missa. Como o nome já indica, aqui é que antigamente começava a Missa depois da procissão feita por todos os fiéis reunidos com o Papa. O introito é geralmente uma oração composta dum versículo de salmo, o qual se cantava antigamente inteiro com o Gloria Patri. Chama-se Introito porque era cantado durante a entrada do sacerdote. Com o introito inicia-se a Missa de fato, pois antes era apenas a preparação imediata.
Às primeiras palavras do Introito todos se benzem juntamente com o celebrante.
DE necessitátibus meis éripe me, Dómine: vide humilitátem meam et labórem meum, et dimítte ómnia peccáta mea. PS. Ad te, Dómine, levávi ánimam meam: Deus meus, in te confído, non erubéscam. Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen. DE necessitátibus meis éripe me, Dómine: vide humilitátem meam et labórem meum, et dimítte ómnia peccáta mea.
Ó SENHOR, livrai-me de minhas angústias; vede a minha miséria_ e o meu sofrimento, e perdoai todos os meus pecados. SL. A Vós, Senhor, elevo a minha alma. Ó meu Deus, em Vós confio: não serei envergonhado. Glória ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém. Ó SENHOR, livrai-me de minhas angústias; vede a minha miséria_ e o meu sofrimento, e perdoai todos os meus pecados.
Kyrie
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Christe, eléison.
V. Cristo, tende piedade de nós.
R. Christe, eléison.
R. Cristo, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
R. Kýrie, eléison.
R. Senhor, tende piedade de nós.
V. Kýrie, eléison.
V. Senhor, tende piedade de nós.
(de joelhos)
Colecta
A Colecta (Oração) é o segundo texto próprio de cada Missa. chama-se assim porque com essa oração o celebrante reúne todas as intenções dos fiéis presente com a oração da Igreja. Os pedidos da Coleta são sugeridos pela festa ou mistério do dia. Pode haver até três Coletas na Missa.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
ESTO, Dómine, propítius plebi tuæ: et, quam tibi facis esse devótam, benígno réfove miserátus auxílio. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
SEDE propício, Senhor, ao vosso povo e tendo-lhe concedido a graça da submissão à vossa vontade, favorecei-o com o vosso benigno auxílio. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, pelos séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(sentado)
Epístola (Ez 18,20-28)
Cada Missa possui sua leitura própria e, em algumas ocasiões, até várias leituras.
Léctio Ezechiélis prophétæ.
HÆC dicit Dóminus Deus: «Anima, quae peccáverit, ipsa moriétur: fílius non portábit iniquitátem patris, et pater non portábit iniquitátem fílii: justítia justi super eum erit, et impíetas ímpii erit super eum. Si autem ímpius égerit pæniténtiam ab ómnibus peccátis suis, quæ operátus est, et custodíerit ómnia præcépta mea, et fécerit judícium et justítiam: vita vivet, et non moriétur. Omnium iniquitátum ejus, quas operátus est, non recordábor: in justítia sua, quam operátus est,vivet. Numquid voluntátis meæ est mors ímpii, dicit Dóminus Deus, et non ut convertátur a viis suis, et vivat? Si autem avértent se justus a justítia sua, et fécerit iniquitátem secúndum omnes abominatiónes, quas operári solet ímpius, numquid vivet? omnes justítiæ ejus, quas fécerat, non recordabúntur: in prævarica-tióne, qua prævaricátus est, et in peccáto suo, quod peccávit, in ipsis moriétur. Et dixístis: Non est æqua via Dómini. Audíte ergo, domus Israël: Numquid via mea non est æqua, et non magis viæ vestræ pravæ sunt? Cum enim avértent se justus a justítia sua, et fecerit iniquitátem, mori-étur in eis: in injustítia, quam operátus est, moriétur. Et cum avértent se ímpius ab impietáte sua, quam operátus est, et fécerit judícium et justítiam: ipse ánimam suam vivificábit. Consíderans enim, et avértens se ab ómnibus iniquitátibus suis, quas operátus est, vita vivet, et non moriétur, ait Dóminus omnípotens.»
Leitura do Profeta Ezequiel
EIS o que diz o Senhor Deus: A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, e o pai não levará a iniquidade do filho; a justiça do justo virá sobre ele, e a impiedade do ímpio sobre ele recairá. Mas se o ímpio fizer penitência de todos os pecados que cometeu, se guardar todos os meus preceitos e proceder conforme a equidade e a justiça, certamente viverá e não morrerá. Eu não me lembrarei mais de nenhuma das iniquidades que fez e ele viverá por causa da justiça que praticou. Porventura é de minha vontade a morte do ímpio? diz o Senhor Deus. E não quero, antes, que ele se retire de seus maus caminhos e viva? Mas se o justo se apartar de sua justiça e vier a cometer a iniquidade, seguindo todas as abominações que o ímpio costuma praticar, porventura viverá ele? Serão esquecidas todas as obras de justiça que houver praticado; por causa da prevaricação em que caiu e do pecado que cometeu, por causa disto morrerá. E vós dissestes: O caminho do Senhor não é justo! Ouvi, pois, ó casa de Israel: Porventura não é justo o meu caminho, e não são antes os vossos, que estão corrompidos? Porque, quando o justo se apartar de sua justiça, e cometer a iniquidade, morrerá nesse estado; morrerá nas obras injustas que cometeu. E quando o ímpio se apartar da impiedade que cometeu e proceder segundo a equidade e a justiça, fará viver a sua alma, porque, considerando o estado em que, se acha, e apartando-se de todas as iniquidades que praticou, viverá certamente e não morrerá, assim diz o Senhor todo poderoso.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus!
O Gradual é o quarto texto próprio de cada Missa. De acordo com o tempo litúrgico pode-se acrescentar ou substituir o Gradual com o Tracto ou duplo Aleluia. São tipos de salmos com que a Igreja manifesta seus sentimentos. No Tempo da Septuagésima, o Alleluia é substituído pelo Tracto. No Tempo Pascal, omite-se o Gradual, e dizem-se duplo Alleluia.
Graduale (Sl 85,2,6)
SALVUM fac servum tuum. Deus meus, sperántem in te. V. Auribus pércipe, Dómine, oratiónem meam.
SALVAI, ó Deus meu, o vosso servo, que em Vos espera. V. Ouvi, Senhor, a minha oração.
Tractus (Sl 102,10; 70,8-9)
DÓMINE, non secúndum peccáta nostra, quæ fécimus nos: neque secúndum iniquitátes nostras retribuas nobis. V. Dómine, ne memíneris iniquitátum nostrárum antiquárum: cito antícipent nos misericórdiæ tuæ, quia páuperes facti sumus nimis.
SENHOR, não nos trateis segundo os pecados que cometemos, nem nos castigueis como merecem as nossas iniquidades. V. Senhor, não Vos recordeis de nossos antigos delitos. Venham depressa ao nosso encontro vossas misericórdias, porque fomos reduzidos à extrema miséria.
Aqui todos se ajoelham:
V. Adjuva nos, Deus salutáris noster: et propter glóriam nóminis tui, Dómine, líbera nos: et propítius esto peccátis nostris, propter nomen tuum.
V. Ajudai-nos, ó Deus, salvação nossa, e para glória de vosso Nome, livrai-me, Senhor; e perdoai-nos os nossos pecados, para honra de vosso Nome.
(de pé)
Evangelho (Jo 5,1-15)
O Evangelho da Missa, ao contrário do Último Evangelho, é próprio em cada Missa.
O celebrante, ao meio do altar, profundamente inclinado, reza em voz baixa:
Munda cor meum ac lábia mea, omnípotens Deus, qui lábia Isaíæ Prophétæ cálculo mundásti igníto: ita me tua grata miseratióne dignáre mundáre, ut sanctum Evangélium tuum digne váleam nuntiáre. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Purificai-me o coração e os lábios, ó Deus todo poderoso, Vós que purificastes os lábios do profeta Isaías com um carvão em brasa; pela Vossa misericordiosa bondade, dignai-Vos purificar-me, para que possa anunciar dignamente o Vosso santo Evangelho. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Iube, Dómine, benedícere. Dóminus sit in corde meo et in lábiis meis: ut digne et competénter annúntiem Evangélium suum. Amen.
Dignai-Vos, Senhor, abençoar-me. Esteja o Senhor no meu coração e nos meus lábios, para digna e competentemente anuncie o Seu Evangelho. Amém.
Depois diz em voz alta:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Sequéntia ✠ sancti Evangélii secúndum Joánnem.
V. Continuação ✠ do santo Evangelho segundo João.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós, Senhor.
IN illo témpore: Erat dies festus Judæórum, et ascéndit Jesus Jerosólymam. Est autem Jerosólymis Probática piscína, quæ cognominátur hebráice Bethsáida, quinque pórticus habens. In his jacébat multitúdo magna languéntium, cæcórum, claudórum, aridórum exspectántium aquæ motum. Angelus autem Dómini descendébat secúndum tempus in piscínam, et movebátur aqua. Et, qui prior descendísset in piscínam post motiónem aquæ, sanus fiébat, a quacúmque detinebátur infirmitáte. Erat autem quidam homo ibi, trigínta et octo annos habens in infirmitáte sua. Hunc cum vidísset Jesus jacéntem, et cognovisset, quia jam multum tempus habéret, dicit ei: «Vis sanus fíeri?» Respóndit ei lánguidus: «Dómine, hóminem non hábeo, ut, cum turbáta fúerit aqua, mittat me in piscínam: dum vénio enim ego, álius ante me descéndit.» Dicit ei Jesus: «Surge, tolle grabátum tuum, et ámbula.» Et statim sanus factus est homo ille: et sústulit grabátum suum, et ambulábat. Erat autem sábbatum in die illo. Dicébant ergo Judǽi illi, qui sanátus fúerat: «Sábbatum est, non licet tibi tóllere grabátum tuum.» Respóndit eis: «Qui me sanum fecit, ille mihi dixit: “Tolle grabátum tuum,et ámbula.”» Interrogavérunt ergo eum: «Quis est ille homo, qui dixit tibi: Tolle grabátum tuum et ámbula?» Is autem, qui sanus fúerat efféctus, nesciébat, quis esset. Jesus enim declinávit a turba constitúta in loco. Póstea invénit eum Jesus in templo, et dixit illi: «Ecce, sanus factus es: jam noli peccáre, ne detérius tibi áliquid contíngat.» Abiit ille homo, et nuntiávit Judǽis, quia Jesus esset, qui fecit eum sanum.
NAQUELE tempo, realizava-se uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, há em Jerusalém uma piscina Probática, que, em hebraico, se chama Bethsaida, a qual tem cinco pórticos. Neles jazia uma grande multidão de enfermos, de cegos, de coxos e de paralíticos, os quais esperavam o movimento da água. Porque um Anjo do Senhor descia em certo tempo à piscina, e a água era agitada. E o primeiro que descesse à piscina depois do movimento da água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Ora, estava ali um homem, que havia trinta e oito anos se encontrava enfermo. Jesus, vendo-o deitado, e sabendo que estava assim havia longo tempo, disse-lhe:. Queres ficar são? O enfermo respondeu-Lhe: Senhor, não tenho ninguém que me ajude a descer à piscina, quando a água é agitada; enquanto vou, desce outro primeiro do que eu. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda. E no mesmo instante ficou são aquele homem, e tomou o seu leito, e começou a andar. Ora, aquele dia era um sábado. Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado. Hoje é sábado, e não te é lícito levar o teu leito. Ele lhes respondeu: Àquele que me curou, disse-me: Toma o teu leito e anda. Perguntaram-lhe então: Quem é esse homem que te disse: Toma o teu leito e anda? Àquele que tinha sido curado, não sabia quem Ele era. Porque Jesus havia evitado a multidão que estava naquele lugar. Depois disto, Jesus encontrou-o no templo, e disse-lhe: Eis que estás curado: não peques mais, para não que te suceda alguma coisa pior. Foi aquele homem anunciar aos judeus que era Jesus quem o havia curado.
R. Laus tibi, Christe.
R. Louvor a vós, ó Cristo.
E o celebrante diz, em voz baixa:
V. Per Evangélica dicta, deleántur nostra delícta.
V. Pelas palavras do Evangelho sejam perdoados os nossos pecados.
Segunda parte: Sacrifício ou Liturgia Eucarística
MISSA DOS FIÉIS
(sentado)
Ofertório (Sl 102,2,5)
Preparação para o Sacrifício
O celebrante volta-se ao povo e diz:
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Orémus.
V. Oremos.
O celebrante reza a Antífona do Ofertório, sexto texto próprio de cada Missa.
BÉNEDIC, anima mea, Dómino, et noli oblivísci omnes retributiónes ejus: et renovábitur, sicut áquilæ, juvéntus tua.
BENDIZ, ó minha alma, ao Senhor, e não esqueças nenhum de seus benefícios; e Ele renovará como a da águia, a tua mocidade.
Oferecimento da hóstia:
Suscipe, sancte Pater, omnipotens ætérne Deus, hanc immaculátam hóstiam, quam ego indígnus fámulus tuus óffero tibi Deo meo vivo et vero, pro innumerabílibus peccátis, et offensiónibus, et neglegéntiis meis, et pro ómnibus circumstántibus, sed et pro ómnibus fidélibus christiánis vivis atque defúnctis: ut mihi, et illis profíciat ad salútem in vitam ætérnam. Amen.
Recebei, Pai Santo, onipotente e eterno Deus, esta hóstia imaculada, que eu, Vosso indigno servo, Vos ofereço, ó meu Deus, vivo e verdadeiro, por meus inumeráveis pecados, ofensas, e negligências, por todos os que circundam este altar, e por todos os fiéis vivos e falecidos, a fim de que, a mim e a eles, este sacrifício aproveite para a salvação na vida eterna. Amem.
Preparação da água e vinho no cálice:
Deus, qui humánæ substántiæ dignitátem mirabíliter condidísti, et mirabílius reformásti: da nobis per huius aquæ et vini mystérium, eius divinitátis esse consórtes, qui humanitátis nostræ fíeri dignátus est párticeps, Iesus Christus, Fílius tuus, Dóminus noster: Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus: per ómnia saecula sæculórum. Amen.
Ó Deus, que maravilhosamente criastes em sua dignidade a natureza humana e mais prodigiosamente ainda a restaurastes, concedei-nos, que pelo mistério desta água e deste vinho, sejamos participantes da divindade Daquele que Se dignou revestir-Se de nossa humanidade, Jesus Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, que sendo Deus convosco vive e reina na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento do cálice:
Offérimus tibi, Dómine, cálicem salutáris, tuam deprecántes cleméntiam: ut in conspéctu divínæ maiestátis tuæ, pro nostra et totíus mundi salute, cum odóre suavitátis ascéndat. Amen.
Nós Vos oferecemos Senhor, o cálice da salvação, suplicando a Vossa clemência. Que ele suba qual suave incenso à presença de Vossa divina majestade, para nossa salvação e de todo o mundo. Amem.
In spíritu humilitátis et in ánimo contríto suscipiámur a te, Dómine: et sic fiat sacrifícium nostrum in conspéctu tuo hódie, ut pláceat tibi, Dómine Deus.
Em espírito de humildade e coração contrito, sejamos por Vós acolhidos, ó Senhor. E assim se faça hoje este nosso sacrifício em Vossa presença, de modo que Vos seja agradável, ó Senhor Nosso Deus.
Invocação do Espírito Santo:
Veni, sanctificátor omnípotens ætérne Deus: et benedic hoc sacrifícium, tuo sancto nómini præparátum.
Vinde, ó Santificador, onipotente e eterno Deus e, abençoai este sacrifício preparado para glorificar o Vosso santo Nome.
QUANDO HÁ INCENSAÇÃO
Segue-se, nas Missas Cantadas e Solenes, o rito da incensação. São incensadas as oblatas (pão e vinho), a cruz, o altar, celebrante, os ministros e os fiéis.
Bênção do incenso
Per intercessionem beati Michaelis archangeli, stantis a dextris altaris incensi, et omnium electorum suorum, incensum istud dignetur Dominus benedicere, et in odorem suavitatis accipere. Per Christum Dominum nostrum. Amen.
Pela intercessão do Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, que está à direita do altar do incenso, e de todos os seus eleitos, digne-Se o Senhor abençoar este incenso, e recebê-lo como suave perfume. Por Cristo, Nosso Senhor. Amem.
O celebrante incensa primeiro o pão e o vinho sobre o altar, dizendo:
Incensum istud, a te benedictum, ascendat ad te, Domine, et descendat super nos misericordia tua.
Que este incenso, por Vós abençoado, se eleve até Vós, ó Senhor, e desça sobre nós a Vossa misericórdia.
Em seguida incensa a cruz e o altar, dizendo (Salmo 140):
Dirigatur, Domine, oratio mea, sicut incensum in conspectu tuo: elevatio manuum mearum sacrificium vespertinum. Pone, Domine, custodiam ori meo, et ostium circumstantia labiis meis: ut non declinet cor meum in verba malitiae, ad excusandas excusationes in peccatis.
Suba como incenso até Vós, Senhor, a minha oração; e como o sacrifício vespertino seja a elevação das minhas mãos. Colocai, Senhor, um guarda à minha boca, e uma sentinela a porta de meus lábios, para que meu coração não se deixe arrastar por palavras de maldade, procurando pretextos para pecar.
Entregando o turíbulo ao diácono:
Accéndat in nobis Dóminus ignem sui amóris, et flammam ætérne caritatis. Amen.
O Senhor acenda em nós o fogo do Seu amor e a chama de Sua eterna caridade. Amém.
Enquanto lava as mãos Salmo 25 (6-12):
Lavábo inter innocéntes manus meas: et circúmdabo altare tuum, Dómine: Ut áudiam vocem laudis, et enárrem univérsa mirabília tua. Dómine, diléxi decórem domus tuæ et locum habitatiónis glóriæ tuæ. Ne perdas cum ímpiis, Deus, ánimam meam, et cum viris sánguinum vitam meam: In quorum mánibus iniquitátes sunt: déxtera eórum repléta est munéribus. Ego autem in innocéntia mea ingréssus sum: rédime me et miserére mei. Pes meus stetit in dirécto: in ecclésiis benedícam te, Dómine.
Lavarei as minhas mãos entre os inocentes, e me aproximarei do Vosso altar, ó Senhor, para ouvir o cântico dos Vossos louvores, e proclamar todas as Vossas maravilhas. Eu amo, Senhor, a beleza da Vossa casa, e o lugar onde reside a Vossa glória. Não me deixeis, ó Deus, perder a minha alma com os ímpios, nem a minha vida com os sanguinários. Em suas mãos se encontram iniquidades, sua direita está cheia de dádivas. Eu, porém, tenho andado na inocência. Livrai-me, pois, e tende piedade de mim. Meus pés estão firmes no caminho reto. Eu Vos bendigo, Senhor, nas assembleias dos justos.
Nas Missas de defuntos e do Tempo da Paixão omite-se o Gloria Patri.
Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto. Sicut erat in princípio, et nunc, et semper, et in sǽcula sæculórum. Amen.
Gloria ao Pai, e ao Filho, e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Amém.
Oferecimento à Santíssima Trindade:
Súscipe, sancta Trínitas, hanc oblatiónem, quam tibi offérimus ob memóriam passiónis, resurrectiónis, et ascensiónis Iesu Christi, Dómini nostri: et in honórem beátæ Maríæ semper Vírginis, et beáti Ioannis Baptistæ, et sanctórum Apóstolórum Petri et Pauli, et istorum et ómnium Sanctórum: ut illis profíciat ad honórem, nobis autem ad salútem: et illi pro nobis intercédere dignéntur in cælis, quorum memóriam ágimus in terris. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Recebei, ó Trindade Santíssima, esta oblação, que Vos oferecemos em memória da Paixão, Ressurreição e Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e em honra da Bem-aventurada e sempre Virgem Maria, de São João Batista, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e de todos os Santos; para que a eles sirva de honra e a nós de salvação, e eles se dignem interceder no Céu por nós que na terra celebramos sua memória. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Orate, fratres:
V. Oráte, fratres: continua em voz baixa ut meum ac vestrum sacrifícium acceptábile fiat apud Deum Patrem em voz alta omnipoténtem.
V. Orai irmãos, continua em voz baixa para que este meu sacrifício, que também é vosso, seja aceito e agradável a Deus Pai todo em voz alta poderoso.
R. Suscípiat Dóminus sacrifícium de mánibus tuis ad laudem et glóriam nominis sui, ad utilitátem quoque nostram, totiúsque Ecclésiæ suæ sanctæ.
R. Receba, o Senhor, de tuas mãos este sacrifício, para louvor e glória de Seu nome, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja.
V. Amen.
V. Amém.
Secreta
É o sétimo texto próprio de cada Missa. Trata-se de uma oração dita sobre as oferendas. Seu nome é devido ao fato de ser dita em segredo (voz baixa). À secreta podem, em certas Missas, ajuntar-se outras, em número igual e segundo as mesmas regras da Colecta.
SÚSCIPE, quǽsumus, Dómine, múnera nostris obláta servítiis: et tua propítius dona sanctífica. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus,
NÓS Vos suplicamos, Senhor, aceitai os dons que Vos oferecemos em nosso sacrifício, e, propício, santificai essas vossas dádivas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus,
Praefatio
O Prefácio é a abertura solene do Cânon, a parte central da Missa. Vária de acordo com o tempo e festas litúrgicas.
V. Per ómnia sǽcula sæculórum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor seja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Sursum corda.
V. Corações ao alto.
R. Habémus ad Dóminum.
R. Já os temos no Senhor.
V. Grátias agámus Dómino, Deo nostro.
V. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. Dignum et iustum est.
R. É digno e justo.
De Quadragesima
VERE dignum justum est, aequum et salutare, nos tibi semper et ubique gratias agere: Domine Sancte, Pater omnipotens aeterne Deus: Qui corporali ieiunio vitia comprimis, mentem elevas, virtutem largiris et praemia: per Christum Dominum nostrum. Per quem maiestatem tuam laudant Angeli, adorant Dominationes, tremunt Potestates. Caeli caelorumque Virtutes, ac beata Seraphim, socia exsultatione concelebrant. Cum quibus et nostras voces ut admitti iubeas, deprecamur, supplici confessione dicentes:
VERDADEIRAMENTE é digno e justo, e igualmente salutar, que, sempre e em todo o lugar, Vos demos graças, ó Senhor, Pai Santo, onipotente e eterno Deus: que pelo jejum corporal reprimis os vícios, elevais a inteligência, concedeis a virtude e o prêmio dela, por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Por Ele louvam os Anjos a vossa Majestade, as Dominações a adoram, tremem as Potestades. Os Céus, as Virtudes dos Céus e os Bem-aventurados Serafins a celebram com recíproca alegria. Às suas vozes, nós Vos rogamos, fazei que se unam as nossas, quando, em humilde confissão, Vos dizemos:
Todos: Sanctus, Sanctus, Sanctus Dóminus, Deus Sábaoth. Pleni sunt coeli et terra glória tua. Hosánna in excélsis. Bened✠íctus, qui venit in nómine Dómini. Hosánna in excélsis.
Todos: Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos. Os Céus e a Terra proclamam a Vossa glória. Hosana nas alturas. Ben✠dito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!
(de joelhos)
Canon
O Cânon é a parte central da Santa Missa e envolve o Sacrifício do altar em mistério por ser dito praticamente todo em voz baixa. Com o Prefácio, começou a grande prece eucarística da Igreja e oblação propriamente dita do Sacrifício.
A Igreja Militante
Te ígitur, clementíssime Pater, per Iesum Christum, Fílium tuum, Dóminum nostrum, súpplices rogamus, ac pétimus, uti accépta hábeas et benedícas, hæc ✠ dona, hæc ✠ múnera, hæc ✠ sancta sacrifícia illibáta, in primis, quæ tibi offérimus pro Ecclésia tua sancta cathólica: quam pacificáre, custodíre, adunáre et régere dignéris toto orbe terrárum: una cum fámulo tuo Papa nostro N. et Antístite nostro N. et ómnibus orthodóxis, atque cathólicæ et apostólicæ fídei cultóribus.
A Vós, ó Pai clementíssimo, por Jesus Cristo Vosso Filho e Senhor nosso, humildemente rogamos e pedimos que aceiteis e abençoeis estes ✠ dons, estas ✠ dádivas, estas santas ✠ oferendas imaculadas. Nós Vo-los oferecemos, em primeiro lugar, pela Vossa santa Igreja Católica, para que Vos digneis dar-lhe a paz, protegê-la, conservá-la na unidade e governá-la, em toda a terra, e também pelo Vosso servo o nosso Papa N., pelo nosso Bispo N., e por todos os [bispos] ortodoxos, aos quais incumbe a guarda da fé católica e apostólica.
Recomendação dos vivos
Meménto, Dómine, famulórum famularúmque tuarum N. et N. et ómnium circumstántium, quorum tibi fides cógnita est et nota devótio, pro quibus tibi offérimus: vel qui tibi ófferunt hoc sacrifícium laudis, pro se suísque ómnibus: pro redemptióne animárum suárum, pro spe salútis et incolumitátis suæ: tibíque reddunt vota sua ætérno Deo, vivo et vero.
Lembrai-Vos, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., e de todos os que aqui estão presentes, cuja fé e devoção conheceis, e pelos quais Vos oferecemos, ou eles Vos oferecem, este Sacrifício de louvor, por si e por todos os seus, pela redenção de suas almas, pela esperança de sua salvação e de sua conservação, e consagram suas dádivas a Vós, ó Deus eterno, vivo e verdadeiro.
A Igreja triunfante
Communicántes, et memóriam venerántes, in primis gloriósæ semper Vírginis Maríæ, Genetrícis Dei et Dómini nostri Iesu Christi: sed et beáti Ioseph, eiúsdem Vírginis Sponsi, et beatórum Apostolórum ac Mártyrum tuórum, Petri et Pauli, Andréæ, Iacóbi, Ioánnis, Thomæ, Iacóbi, Philíppi, Bartholomǽi, Matthǽi, Simónis et Thaddǽi: Lini, Cleti, Cleméntis, Xysti, Cornélii, Cypriáni, Lauréntii, Chrysógoni, Ioánnis et Pauli, Cosmæ et Damiáni: et ómnium Sanctórum tuórum; quorum méritis precibúsque concédas, ut in ómnibus protectiónis tuæ muniámur auxílio. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Unidos na mesma comunhão, veneramos primeiramente a memória da gloriosa e sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e Senhor Nosso Jesus Cristo, e também de São José, esposo da mesma Virgem, e dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos e Mártires: Pedro e Paulo, André, Tiago, João e Tomé, Tiago, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Simão e Tadeu, Lino, Cleto, Clemente, Xisto, Cornélio, Cipriano, Lourenço, Crisógono, João e Paulo, Cosme e Damião, e a de todos os Vossos Santos. Por seus méritos e preces, concedei-nos, sejamos sempre fortalecidos com o socorro de Vossa proteção. Pelo mesmo Cristo, Senhor Nosso. Amem.
A sineta nos avisa o momento da Consagração
Hanc ígitur oblatiónem servitútis nostræ, sed et cunctæ famíliæ tuæ, quǽsumus, Dómine, ut placátus accípias: diésque nostros in tua pace dispónas, atque ab ætérna damnatióne nos éripi, et in electórum tuórum iúbeas grege numerári. Per Christum, Dómi-num nostrum. Amen.
Por isso, Vos rogamos, Senhor, aceiteis favoravelmente a homenagem de servidão que nós e toda a Vossa Igreja Vos prestamos, firmai os nossos dias em Vossa paz, arrancai-nos da condenação eterna, e colocai-nos no número dos Vossos eleitos. Por Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amem.
Quam oblatiónem tu, Deus, in ómnibus, quǽsumus, bene✠díctam, adscrí✠ptam, ra✠tam, rationábilem, acceptabilémque fácere dignéris: ut nobis Cor✠pus, et San✠guis fiat dilectíssimi Fílii tui, Dómini nostri Iesu Christi.
Nós Vos pedimos, ó Deus, que esta oferta seja por Vós em tudo, aben✠çoada, apro✠vada, ratifi✠cada, digna e aceitável aos Vossos olhos, a fim de que se torne para nós o Cor✠po e o San✠gue de Jesus Cristo, Vosso diletíssimo Filho e Senhor Nosso.
Consagração da Hóstia:
Qui prídie quam paterétur, accépit panem in sanctas ac venerábiles manus suas, elevátis óculis in cælum ad te Deum, Patrem suum omnipoténtem, tibi grátias agens, bene✠díxit, fregit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et manducáte ex hoc omnes.
Na véspera de Sua Paixão, Ele tomou o pão em Suas santas e veneráveis mãos, e elevando os olhos ao Céu para Vós, ó Deus, Seu Pai onipotente, dando-Vos graças, ben✠zeu-o, partiu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e comei Dele, todos.
HOC EST ENIM CORPUS MEUM.
ISTO É O MEU CORPO.
Consagração do Cálice:
Símili modo postquam cenatum est, accípiens et hunc præclárum Cálicem in sanctas ac venerábiles manus suas: item tibi grátias agens, bene✠díxit, dedítque discípulis suis, dicens: Accípite, et bíbite ex eo omnes.
De igual modo, depois da ceia, tomando também este precioso cálice em Suas santas e veneráveis mãos, e novamente dando-Vos graças, ben✠zeu-o e deu-o aos Seus discípulos, dizendo: Tomai e bebei Dele todos.
HIC EST ENIM CALIX SANGUINIS MEI, NOVI ET AETERNI TESTAMENTI: MYSTERIUM FIDEI: QUI PRO VOBIS ET PRO MULTIS EFFUNDETUR IN REMISSIONEM PECCATORUM.
ESTE E O CÁLICE DO MEU SANGUE, DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA: (MISTÉRIO DA FÉ!) O QUAL SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR MUITOS, PARA A REMISSÃO DOS PECADOS.
Hæc quotiescúmque fecéritis, in mei memóriam faciétis.
Todas as vezes que isto fizerdes, fazei-o em memória de mim.
Continuação do Cânon
Unde et mémores, Dómine, nos servi tui, sed et plebs tua sancta, eiúsdem Christi Fílii tui, Dómini nostri, tam beátæ passiónis, nec non et ab ínferis resurrectiónis, sed et in cælos gloriósæ ascensiónis: offérimus præcláræ maiestáti tuæ de tuis donis ac datis, hóstiam ✠ puram, hóstiam ✠ sanctam, hóstiam ✠ immaculátam, Panem ✠ sanctum vitæ ætérnæ, et Cálicem ✠ salútis perpétuæ.
Por esta razão, ó Senhor, nós, Vossos servos, com o Vosso povo santo, em comemoração da bem-aventurada Paixão do mesmo Cristo, Vosso Filho e Senhor Nosso, assim como de Sua Ressurreição, saindo vitorioso do sepulcro, e de Sua gloriosa Ascensão aos Céus, oferecemos à Vossa augusta Majestade, de Vossos dons e dádivas, a Hóstia ✠ pura, a Hóstia ✠ santa, a Hóstia ✠ imaculada, o Pão ✠ santo da vida eterna, e o Cálice ✠ da salvação perpétua.
Supra quæ propítio ac seréno vultu respícere dignéris: et accépta habére, sicúti accépta habére dignátus es múnera púeri tui iusti Abel, et sacrifícium Patriárchæ nostri Abrahæ: et quod tibi óbtulit summus sacérdos tuus Melchísedech, sanctum sacrifícium, immaculátam hóstiam.
Sobre estes dons, Vos pedimos digneis lançar um olhar favorável, e recebê-los benignamente, assim como recebestes as ofertas do justo Abel, Vosso servo, o sacrifício de Abraão, nosso pai na fé, e o que Vos ofereceu Vosso sumo sacerdote Melquisedeque, sacrifício santo, imaculada hóstia.
Súpplices te rogámus, omnípotens Deus: iube hæc perférri per manus sancti Angeli tui in sublíme altáre tuum, in conspéctu divínæ maiestátis tuæ: ut, quotquot ex hac altáris participatióne sacrosánctum Fílii tui Cor✠pus, et Sáng✠uinem sumpsérimus, omni benedictióne cælésti et grátia repleámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Suplicantes Vos rogamos, ó Deus onipotente, que, pelas mãos de Vosso Santo Anjo, mandeis levar estas ofertas ao Vosso sublime Altar, à presença de Vossa divina Majestade, para que, todos os que, participando deste altar, recebermos o sacrossanto Cor✠po, e San✠gue de Vosso Filho, sejamos repletos de toda a bênção celeste e da graça. Pelo mesmo Cristo, Nosso Senhor. Amem.
Recomendação dos mortos:
Meménto étiam, Dómine, famulórum famularúmque tuárum N. et N., qui nos præcessérunt cum signo fídei, et dormiunt in somno pacis. Ipsis, Dómine, et ómnibus in Christo quiescéntibus locum refrigérii, lucis, et pacis, ut indúlgeas, deprecámur. Per eúndem Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Lembrai-Vos, também, Senhor, de Vossos servos e servas N. e N., que nos precederam, marcados com o sinal da fé, e agora descansam no sono da paz. A estes, Senhor, e a todos os que repousam em Jesus Cristo, nós Vos pedimos, concedei o lugar do descanso, da luz e da paz. Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.
Nobis quoque peccatóribus fámulis tuis, de multitúdine miseratiónum tuárum sperántibus, partem áliquam et societátem donáre dignéris, cum tuis sanctis Apóstolis et Martýribus: cum Ioánne, Stéphano, Matthía, Bárnaba, Ignátio, Alexándro, Marcellíno, Petro, Felicitáte, Perpétua, Agatha, Lúcia, Agnéte, Cæcília, Anastásia, et ómnibus Sanctis tuis: intra quorum nos consórtium, non æstimátor mériti, sed véniæ, quǽsumus, largítor admítte. Per Christum, Dóminum nostrum.
Também a nós, pecadores, Vossos servos, que esperamos na Vossa infinita misericórdia, dignai-Vos conceder um lugar na sociedade de Vossos Santos Apóstolos e Mártires: João, Estevão, Matias, Barnabé, Inácio, Alexandre, Marcelino, Pedro, Felicidade, Perpétua, Águeda, Luzia, Inês, Cecília, Anastácia, e com todos os Vossos Santos. Unidos a eles pedimos, Vos digneis receber-nos, não conforme nossos méritos, mas segundo a Vossa misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
Per quem hæc ómnia, Dómine, semper bona creas, sanctí✠ficas, viví✠ficas, bene✠dícis et præs-tas nobis.
Por Ele, ó Senhor, sempre criais, santi✠ficais, vivi✠ficais, aben✠çoais, e nos concedeis todos estes bens.
Fim do Cânon
Per ip✠sum, et cum ip✠so, et in ip✠so, est tibi Deo Patri ✠ omnipoténti, in unitáte Spíritus ✠ Sancti, omnis honor, et glória.
Por E✠le, com E✠le e Ne✠le, a Vós, Deus Pai ✠ onipotente, na unidade do Espírito ✠ Santo, toda a honra e toda a glória.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
(de pé)
Preparação para a Comunhão
Pai Nosso
V. Orémus: Præcéptis salutáribus móniti, et divína institutione formati audemus dicere:
V. Oremos. Instruídos pelos ensinamentos salutares e formados pelos divinos ensinamentos, ousamos dizer:
Pater noster, qui es in caelis, Sanctificetur nomen tuum. Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in coelo et in terra. Panem nostrum quotidianum da nobis hodie. Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem:
Pai nosso, que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje, e perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a que nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação,
R. Sed libera nos a malo.
R. Mas livrai-nos do mal.
V. Amen.
V. Amém.
Embolismo:
Líbera nos, quǽsumus, Dómine, ab ómnibus malis, prætéritis, præséntibus et futúris: et intercedénte beáta et gloriósa semper Vírgine Dei Genetríce María, cum beátis Apóstolis tuis Petro et Paulo, atque Andréa, et ómnibus Sanctis, da propítius pacem in diébus nostris: ut, ope misericórdiæ tuæ adiúti, et a peccáto simus semper líberi et ab omni perturbatióne secúri. Per eúndem Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum. Qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus.
Ó Senhor, livrai-nos de todos os males passados, presentes e futuros, e pela intercessão da Bem-aventurada e gloriosa sempre Virgem Maria, dos Vossos Bem-aventurados apóstolos, Pedro, Paulo, André e todos os Santos, dai-nos propício a paz em nossos dias, para que, por Vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado, e preservados de toda a perturbação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que, sendo Deus, convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo.
V. Per omnia saecula saeculorum.
V. Por todos os séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
V. Pax Domini sit semper vobiscum.
V. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
União do Corpo e do Sangue:
Hæc commíxtio, et consecrátio Córporis et Sánguinis Dómini nostri Iesu Christi, fiat accipiéntibus nobis in vitam ætérnam. Amen.
Esta união e consagração do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, seja para nós que os vamos receber, penhor da vida eterna. Amem.
Agnus Dei:
Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: miserére nobis. Agnus Dei, qui tollis peccáta mundi: dona nobis pacem.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
(de joelhos)
Orações da Comunhão:
Dómine Iesu Christe, qui dixísti Apóstolis tuis: Pacem relínquo vobis, pacem meam do vobis: ne respícias peccáta mea, sed fidem Ecclésiæ tuæ; eámque secúndum voluntátem tuam pacificáre et coadunáre dignéris: Qui vivis et regnas Deus per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, que dissestes aos Vossos Apóstolos: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a Minha paz”: não olheis os meus pecados, mas a fé da Vossa Igreja; dai-lhe, segundo a Vossa Vontade, a paz e a unidade. Vós que sendo Deus, viveis e reinais, na unidade com o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Dómine Iesu Christe, Fili Dei vivi, qui ex voluntáte Patris, cooperánte Spíritu Sancto, per mortem tuam mundum vivificásti: líbera me per hoc sacrosánctum Corpus et Sánguinem tuum ab ómnibus iniquitátibus meis, et univérsis malis: et fac me tuis semper inhærére mandátis, et a te numquam separári permíttas: Qui cum eódem Deo Patre et Spíritu Sancto vivis et regnas Deus in sǽcula sæculórum. Amen.
Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo, que com a cooperação do Espírito Santo, por vontade do Pai, destes a vida ao mundo por Vossa morte. Livrai-me, por este Vosso sacrossanto Corpo e por Vosso Sangue, de todos os meus pecados e de todos os males. E, fazei que eu observe sempre os Vossos preceitos, e nunca me afaste de Vós, que, sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Percéptio Córporis tui, Dómine Iesu Christe, quod ego indígnus súmere præsúmo, non mihi provéniat in iudícium et condemnatiónem: sed pro tua pietáte prosit mihi ad tutaméntum mentis et córporis, et ad medélam percipiéndam: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum. Amen.
Este Vosso Corpo, Senhor Jesus Cristo, que eu, que sou indigno, ouso receber, não seja para mim causa de juízo e condenação, mas por Vossa misericórdia, sirva de proteção e defesa à minha alma e ao meu corpo, e de remédio aos meus males. Vós, que sendo Deus, viveis e reinais com Deus Pai na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amem.
Comunhão do sacerdote:
Panem cæléstem accípiam, et nomen Dómini invocábo.
Receberei o Pão do Céu e invocarei o nome do Senhor.
Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
Senhor, eu não sou digno, de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Corpus Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amem.
Quid retríbuam Dómino pro ómnibus, quæ retríbuit mihi? Cálicem salutáris accípiam, et nomen Dómini invocábo. Laudans invocábo Dóminum, et ab inimícis meis salvus ero.
Que retribuirei ao Senhor por tudo o que me tem concedido? Tomarei o Cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Invocarei o Senhor louvando-O, e ficarei livre de meus inimigos.
Sanguis Dómini nostri Iesu Christi custódiat ánimam meam in vitam ætérnam. Amen.
O Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna. Amém.
Comunhão dos fiéis
(onde for costume, reza-se o Confiteor e recebe-se a absolvição, como nas orações ao pé do altar):
R. Confíteor Deo omnipoténti, beátæ Maríæ semper Vírgini, beáto Michaéli Archángelo, beáto Ioánni Baptístæ, sanctis Apóstolis Petro et Paulo, ómnibus Sanctis, et tibi, pater: quia peccávi nimis cogitatióne, verbo et opere: (batendo três vezes no peito): mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa.
R. Eu, pecador, me confesso a Deus todo-poderoso, à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que pequei muitas vezes, por pensamentos, palavras e obras, (batendo três vezes no peito): por minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa.
Ideo precor beátam Maríam semper Vírginem, beátum Michaélem Archángelum, beátum Ioánnem Baptístam, sanctos Apóstolos Petrum et Paulum, omnes Sanctos, et te, pater, orare pro me ad Dóminum, Deum nostrum.
Portanto, peço e rogo à Bem-aventurada sempre Virgem Maria, ao Bem-aventurado São Miguel Arcanjo, ao Bem-aventurado São João Batista, aos Santos Apóstolos São Pedro e São Paulo, a todos os Santos, e a vós padre, que rogueis por mim a Deus Nosso Senhor.
V. Misereátur vestri omnípotens Deus, et, dimíssis peccátis vestris, perdúcat vos ad vitam ætérnam.
V. Deus todo poderoso tenha compaixão de vós, perdoe os vossos pecados, e vos conduza a vida eterna.
R. Amen.
R. Amém.
V. Indul✠géntiam, absolutionem et remissiónem peccatórum nostrórum tríbuat nobis omnípotens et miséricors Dóminus.
V. Indul✠gência, absolvição, e remissão dos nossos pecados, conceda-nos o Senhor onipotente e misericordioso.
R. Amen.
R. Amém.
Depois o Padre, apresentando a Hóstia, diz:
V. Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccata mundi.
V. Eis o Cordeiro de Deus! Eis Aquele que tira o pecado do mundo!
R. Dómine, non sum dignus, ut intres sub tectum meum: sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea (ter).
R. Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma só palavra e a minha alma será salva (3x).
Depois administra a sagrada Comunhão, dizendo a cada um:
V. Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam tuam in vitam ætérnam. Amen.
V. O Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo guarde tua alma para a vida eterna. Amém.
O fiel nada responde.
Para comungar o fiel fica de joelhos no genuflexório da mesa de Comunhão, abre a boca e coloca a ponta da língua sobre o lábio inferior. Não é necessário abrir muito a boca, nem levantar a cabeça, apenas deixa-la reta. Não se responde nada e não se leva a boca ao encontro da mão do Padre, permanece-se parado. Recebida a Comunhão não se benze nem beija a mão do Padre, apenas volta para o seu lugar e reza algumas orações em ação de graças.
Durante todo o rito da distribuição da sagrada Comunhão todos ficam de joelhos (ou em pé), pois o Santíssimo Sacramento está exposto.
Abluções:
(Missa Rezada: de joelhos; Missa Cantada: de pé)
Quod ore súmpsimus, Dómine, pura mente capiámus: et de múnere temporáli fiat nobis remédium sempitérnum.
Fazei Senhor, que com o espírito puro, conservemos o que a nossa boca recebeu. E, que desta dádiva temporal, nos venha salvação eterna.
Corpus tuum, Dómine, quod sumpsi, et Sanguis, quem potávi, adhǽreat viscéribus meis: et præsta; ut in me non remáneat scélerum mácula, quem pura et sancta refecérunt sacraménta: Qui vivis et regnas in sǽcula sæculórum. Amen.
Concedei, Senhor, que Vosso Corpo e Vosso Sangue que recebi, penetrem meu interior, e fazei que, restabelecido por estes puros e santos Sacramentos, não fique em mim mancha alguma de culpa. Vós, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Amem.
Communio (Sl 6,11)
É o oitavo texto próprio de cada Missa. Com ele a Igreja reafirma seus desejos e intenções diante dos benefícios de Deus.
ERUBÉSCANT et conturbéntur omnes inimíci mei: avertántur retrórsum, et erubéscant valde velóciter.
ENVERGONHEM-SE e fiquem perturbados todos os meus inimigos: retirem-se e sejam num momento confundidos.
(de joelhos)
Postcommunio
É o nono texto próprio de cada Missa. Aqui a Igreja agradece a Deus o Sacramento recebido e pede a graça de fazer frutificar o Dom recebido.
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Orémus.
Oremos.
PER hujus, Dómine, operatiónem mystérii, et vítia nostra purgéntur, et justa desidéria compleántur. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
FAZEI, Senhor, que pela ação deste Mistério, sejam purificados os nossos vícios e satisfeitos os nossos justos desejos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, pelos séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Oratio super populum
Orémus.
Oremos.
Humiliáte cápita vestra Deo.
Humilhai a vossa cabeça diante de Deus.
Todos, de joelhos, inclinam a cabeça e o Padre diz a oração sobre o povo:
EXÁUDI nos, miséricors Deus: et méntibus nostris grátiæ tuæ lumen osténde. Per Dóminum nostrum Iesum Christum, Fílium tuum: qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti Deus, per ómnia sǽcula sæculórum.
OUVI-NOS, ó Deus misericordioso, e manifestai às nossas almas a luz da vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo, Deus, pelos séculos dos séculos.
R. Amen.
R. Amém.
Conclusão
V. Dóminus vobíscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spíritu tuo.
R. E com o teu espírito.
Depois diz-se:
V. Ite, Missa est.
V. Ide, estais despedidos.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
E acrescenta a oração à Santíssima Trindade, em voz baixa:
Pláceat tibi, sancta Trínitas, obséquium servitútis meæ: et præsta; ut sacrifícium, quod óculis tuæ maiestátis indígnus óbtuli, tibi sit acceptábile, mihíque et ómnibus, pro quibus illud óbtuli, sit, te miseránte, propitiábile. Per Christum, Dóminum nostrum. Amen.
Seja-Vos agradável, ó Trindade Santa, a oferta de minha servidão, a fim de que este sacrifício que, embora indigno aos olhos de Vossa Majestade, Vos ofereci, seja aceito por Vós, e por Vossa misericórdia, seja propiciatório para mim e para todos aqueles por quem ofereci. Por Cristo Jesus Nosso Senhor. Amem.
Bênção final
Benedícat vos omnípotens Deus, Pater, et Fílius, ✠ et Spíritus Sanctus.
Abençoe-vos o Deus todo poderoso, Pai, e Filho, ✠ e Espírito Santo.
R. Amen.
R. Amém.
Último Evangelho (Jo 1, 1-14)
V. Dominus vobiscum.
V. O Senhor esteja convosco.
R. Et cum spiritu tuo.
R. E com o teu espírito.
V. Initium ✠ sancti Evangélii secúndum Ioánnem.
V. Início ✠ do santo Evangelho segundo São João.
R. Glória tibi, Dómine.
R. Glória a Vós Senhor.
In princípio erat Verbum, et Verbum erat apud Deum, et Deus erat Verbum. Hoc erat in princípio apud Deum. Omnia per ipsum facta sunt: et sine ipso factum est nihil, quod factum est: in ipso vita erat, et vita erat lux hóminum: et lux in ténebris lucet, et ténebræ eam non comprehendérunt. Fuit homo missus a Deo, cui nomen erat Ioánnes. Hic venit in testimónium, ut testimónium perhibéret de lúmine, ut omnes créderent per illum. Non erat ille lux, sed ut testimónium perhibéret de lúmine.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio como Testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era Ele a luz, mas veio para dar testemunho da luz.
Erat lux vera, quæ illúminat omnem hóminem veniéntem in hunc mundum. In mundo erat, et mundus per ipsum factus est, et mundus eum non cognóvit. In própria venit, et sui eum non recepérunt. Quotquot autem rece-pérunt eum, dedit eis potestátem fílios Dei fíeri, his, qui credunt in nómine eius: qui non ex sangue-nibus, neque ex voluntáte carnis, neque ex voluntáte viri, sed ex Deo nati sunt.
A Luz verdadeira era a que ilumina a todo o homem que vem a este mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por Ele, e o mundo não O reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu Nome; os quais não nasceram do sangue, nem do desejo da carne, nem da vontade do homem, mas nasceram de Deus.
Aqui todos genufletem:
ET VERBUM CARO FACTUM EST,
E O VERBO SE FEZ CARNE,
et habitávit in nobis: et vídimus glóriam eius, glóriam quasi Unigéniti a Patre, plenum grátiæ et veritatis.
e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, glória própria do Filho Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
R. Deo grátias.
R. Graças a Deus.
Orações Finais de Leão XIII
Estas orações finais são recitadas somente nas Missas Rezadas, e podem ser omitidas em algumas ocasiões, como aos domingos e quando a Missa é seguida de algum exercício piedoso.
V. Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum, benedicta tu in mulieribus et benedictus fructis ventris tui, Jesus.
V. Ave Maria, cheia de graça, o Senhor e convosco; bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Todos: Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc et in hora mortis nostræ. Amen. (3x)
Todos: Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. (3x)
V. Salve Regina,
V. Salve Rainha,
Todos: Mater misericordiæ, vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules filii Evæ. Ad te suspiramus gementes et fientes in hac lacrymarum valle. Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. Et Jesum, benedictum fructum ventris tui, nobis, post hoc exilium, ostende. O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Todos: Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve! A vós bradamos, os degradados filhos de Eva. A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa, esses Vossos olhos misericordiosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do Vosso ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria!
V. Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix.
V. Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
R. Ut digni efficiamur promissionibus Christi.
R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremus.
Oremos.
Deus, refugium nostrum et virtus, populum ad te clamantem propitius respice; et intercedente gloriosa, et immaculata Virgine Dei Genitrice Maria, cum beato Joseph, ejus Sponso, ac beatis Apóstolis tuis Petro et Paulo, et omnibus Sanctis, quas pro conversione peccatorum, pro libertate et exal-tatione sanctæ Matris Ecclesiæ, preces effundimus, misericors et benignus exaudi. Per eundum Christum Dominum nostrum.
Deus, refúgio e fortaleza nossa, atendei propício os clamores de Vosso povo; e, pela intercessão da gloriosa e Imaculada sempre Virgem Maria, Mãe de Vosso Filho, de São José, casto Esposo de Maria, dos Vossos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e de todos os Santos, ouvi misericordioso e benigno as súplicas que do fundo da alma Vos dirigimos pela conversão dos pecadores, liberdade e exaltação da Santa Madre Igreja. Por Cristo Nosso Senhor.
R. Amen.
R. Amém.
V. Cor Jesu sacratíssimum. (ter)
V. Sacratíssimo Coração de Jesus. (3x)
R. Miserére nobis. (ter)
R. Tende piedade de nós. (3x)
Acessar a Liturgia Anual 2025 [...]
Leia mais...
Nosso canal no Youtube
Sermão | Não há bem neste mundo que valha o Reino dos Céus - Pe. Jorge Luís
- 09 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica ...São João Maria Vianney em Minas Gerais)
__________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
__________________________________________________________________________
Nosso site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
__________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
__________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
__________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS 4, 1-11
NAQUELE tempo, foi Jesus levado pelo Espírito [Santo] ao deserto para ser tentado pelo demônio. Depois de haver jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se, o tentador disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães. Ao que Jesus respondeu, dizendo: Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o demônio O levou à cidade santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Porque está escrito: Aos seus Anjos ordenou acerca de ti, e nas mãos te tomarão, para que com teu pé jamais tropeces em alguma pedra. E Jesus disse-lhe: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. De novo, levou-O o demônio, a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com seu esplendor, dizendo-Lhe: Tudo isto Te darei, se, prostado me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, satanás, porque está escrito: Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás. Então O deixou o demônio; e eis que os Anjos se chegaram e O serviram.[+] Mostrar Mais

Reproduzindo Agora
Sermão | Não há bem neste mundo que valha o Reino dos Céus - Pe. Jorge Luís
Sermão do I Domingo da Quaresma
- 09 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica ...São João Maria Vianney em Minas Gerais)
__________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
__________________________________________________________________________
Nosso site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
__________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
__________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
__________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS 4, 1-11
NAQUELE tempo, foi Jesus levado pelo Espírito [Santo] ao deserto para ser tentado pelo demônio. Depois de haver jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se, o tentador disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães. Ao que Jesus respondeu, dizendo: Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o demônio O levou à cidade santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Porque está escrito: Aos seus Anjos ordenou acerca de ti, e nas mãos te tomarão, para que com teu pé jamais tropeces em alguma pedra. E Jesus disse-lhe: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. De novo, levou-O o demônio, a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com seu esplendor, dizendo-Lhe: Tudo isto Te darei, se, prostado me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, satanás, porque está escrito: Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás. Então O deixou o demônio; e eis que os Anjos se chegaram e O serviram.[+] Mostrar Mais
- 09 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica ...São João Maria Vianney em Minas Gerais)
__________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
__________________________________________________________________________
Nosso site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
__________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
__________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
__________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS 4, 1-11
NAQUELE tempo, foi Jesus levado pelo Espírito [Santo] ao deserto para ser tentado pelo demônio. Depois de haver jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome. E chegando-se, o tentador disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães. Ao que Jesus respondeu, dizendo: Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus. Então o demônio O levou à cidade santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Porque está escrito: Aos seus Anjos ordenou acerca de ti, e nas mãos te tomarão, para que com teu pé jamais tropeces em alguma pedra. E Jesus disse-lhe: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. De novo, levou-O o demônio, a um monte muito alto e mostrou-Lhe todos os reinos do mundo com seu esplendor, dizendo-Lhe: Tudo isto Te darei, se, prostado me adorares. Então disse-lhe Jesus: Vai-te, satanás, porque está escrito: Adorarás ao Senhor, teu Deus, e só a Ele servirás. Então O deixou o demônio; e eis que os Anjos se chegaram e O serviram.[+] Mostrar Mais

Reproduzindo Agora
Sermão | Seja no fim da vida, seja no fim do mundo, tudo se transformará em cinzas - Pe. Jorge Luís
Sermão da Quarta-feira de Cinzas
- 05 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica São ...João Maria Vianney em Minas Gerais)
________________________________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
________________________________________________________________________________________________
Nosso site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
________________________________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
________________________________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
________________________________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS 6, 16-21
NAQUELE tempo, disse Jesus a seus discípulos: Quando jejuardes, não tomeis um ar tristonho, como o fazem os hipócritas, que desfiguram suas faces, para que os homens vejam como jejuam. Em verdade, eu vos digo: já receberam a recompensa. Mas, quando tu jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, para que não mostres aos homens que estás jejuando, mas só a teu Dai, que está presente ao que há de mais secreto; e teu Dai, que vê no oculto, te dará a recompensa. Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça consomem e onde os ladrões desenterram e roubam. Ajuntai, porém, tesouros no céu, onde não há ferrugem nem traça que consomem, nem ladrões que desenterram e roubam. Porque onde está o teu tesouro, esta também aí o teu coração.[+] Mostrar Mais
- 05 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica São ...João Maria Vianney em Minas Gerais)
________________________________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
________________________________________________________________________________________________
Nosso site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
________________________________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
________________________________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
________________________________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS 6, 16-21
NAQUELE tempo, disse Jesus a seus discípulos: Quando jejuardes, não tomeis um ar tristonho, como o fazem os hipócritas, que desfiguram suas faces, para que os homens vejam como jejuam. Em verdade, eu vos digo: já receberam a recompensa. Mas, quando tu jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, para que não mostres aos homens que estás jejuando, mas só a teu Dai, que está presente ao que há de mais secreto; e teu Dai, que vê no oculto, te dará a recompensa. Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e a traça consomem e onde os ladrões desenterram e roubam. Ajuntai, porém, tesouros no céu, onde não há ferrugem nem traça que consomem, nem ladrões que desenterram e roubam. Porque onde está o teu tesouro, esta também aí o teu coração.[+] Mostrar Mais

Reproduzindo Agora
Sermão | O caminho da Cruz é o caminho do Céu - Pe. Jorge Luís
Sermão do Domingo da Quinquagésima
- 02 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica São ...João Maria Vianney em Minas Gerais)
__________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
__________________________________________________________________________
Nosso Site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
__________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
__________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
__________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS 18, 31-43
NAQUELE tempo, tomou Jesus consigo os doze, e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e cumprir-se-á tudo o que os Profetas escreveram acerca do Filho do homem. Porque aos gentios há de ser entregue, e será escarnecido, açoitado, e cuspido; e havendo-O açoitado, matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. Eles nada entenderam, pois esse discurso era para eles obscuro; e não penetravam o que lhes dizia. E aconteceu que, chegando Ele perto de Jericó, estava um cego sentado junto ao caminho, a mendigar. E ouvindo muita gente passar, perguntou que era aquilo. Disseram-lhe que passava Jesus Nazareno. Ele clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tende piedade de mim. E os que iam adiante o repreendiam, para que se calasse. Ele porém, cada vez mais clamava: Filho de Davi, tende piedade de mim. Jesus parou e mandou que o levassem a sua presença. E quando ele se aproximou, interrogou-o com estas palavras: Que queres que te faça? Ele respondeu: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê, a tua fé te salvou. E logo o cego viu, e O foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, rendeu louvores a Deus.[+] Mostrar Mais
- 02 de março de 2025
- Capela Nossa Senhora do Líbano, Belo Horizonte/MG
- Pe. Jorge Luís, do Oratório São José (apostolado externo da Administração Apostólica São ...João Maria Vianney em Minas Gerais)
__________________________________________________________________________
O ORATÓRIO PRECISA DA SUA AJUDA!
1.º - Com orações, para que Deus abençoe esta obra!
2.º - Com ajuda material, para aquisição de um terreno para o apostolado: https://www.vakinha.com.br/5358162
3.º - Na divulgação desta campanha!
__________________________________________________________________________
Nosso Site está de cara nova!
Acesse → https://oratoriosaojosebh.org/
__________________________________________________________________________
Siga nossas redes sociais:
Instagram → https://www.instagram.com/oratoriosaojosebh/
Facebook → https://facebook.com/oratoriosaojosebh
__________________________________________________________________________
🔔 Inscreva-se no canal e ative o sino para ser notificado dos próximos vídeos
__________________________________________________________________________
EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS 18, 31-43
NAQUELE tempo, tomou Jesus consigo os doze, e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e cumprir-se-á tudo o que os Profetas escreveram acerca do Filho do homem. Porque aos gentios há de ser entregue, e será escarnecido, açoitado, e cuspido; e havendo-O açoitado, matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. Eles nada entenderam, pois esse discurso era para eles obscuro; e não penetravam o que lhes dizia. E aconteceu que, chegando Ele perto de Jericó, estava um cego sentado junto ao caminho, a mendigar. E ouvindo muita gente passar, perguntou que era aquilo. Disseram-lhe que passava Jesus Nazareno. Ele clamou, dizendo: Jesus, Filho de Davi, tende piedade de mim. E os que iam adiante o repreendiam, para que se calasse. Ele porém, cada vez mais clamava: Filho de Davi, tende piedade de mim. Jesus parou e mandou que o levassem a sua presença. E quando ele se aproximou, interrogou-o com estas palavras: Que queres que te faça? Ele respondeu: Senhor, que eu veja. E Jesus lhe disse: Vê, a tua fé te salvou. E logo o cego viu, e O foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, rendeu louvores a Deus.[+] Mostrar Mais